Ferramenta permite que o eleitor cobre ao próximo Governo os compromissos assumidos com temas ambientais
por Alana Gandra
Os candidatos às eleições deste ano e os eleitores brasileiros contarão, a partir do próximo dia 17, com uma ferramenta especial com a qual poderão apontar as causas ambientais que deverão ser prioridade no próximo governo. Trata-se da Plataforma Ambiental para o Brasil, que a Fundação SOS Mata Atlântica lançou no dia 4, previamente, na Câmara Federal, em Brasília, para os deputados que compõem a Frente Parlamentar Ambientalista.
A plataforma estabelece como fundamental que não haja retrocesso na legislação ambiental do Brasil. O país é, atualmente, signatário de quase todos os compromissos internacionais sobre preservação da natureza, como as convenções do Clima e da Biodiversidade. “Não podemos ter um retrocesso e deixar de ser signatário por conta da legislação”, afirmou Mantovani. Outro ponto prioritário visa a garantir a participação do cidadão na gestão das águas, por meio de processos transparentes nos comitês de bacias.
O Brasil precisa também garantir o cumprimento da agenda de mudanças climáticas, reduzindo as emissões de gases causadores de efeito estufa na atmosfera até 2020, assinalou o ambientalista. Com esse objetivo, deve proceder à efetivação da economia de baixo carbono no país.
O documento sinaliza para a necessidade de garantia dos orçamentos de estados e municípios para a questão dos efeitos das mudanças climáticas. “E quando se fala de mudanças climáticas, tem que ter uma visão de mundo”, disse Mantovani. A medição da quantidade de carbono contida nas florestas, lembrou ele, poderá ser usada em programas de conservação em que o país recebe dinheiro para manter suas florestas em pé, utilizando o sistema de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd ). “É importante criarmos esse mecanismo para manter florestas em pé, com essa redução de emissões por desmatamento”.
O diretor da SOS Mata Atlântica salientou a necessidade de consolidação no Brasil do sistema nacional de unidades de conservação, inclusive pelo setor privado, a partir de uma agenda de incentivos econômicos e fiscais. “[Devemos] aprovar o Imposto de Renda (IR) Ecológico, como uma lei de incentivos ao meio ambiente”. Segundo Mantovani, o país “está muito mal” em termos de unidades de conservação, porque “em sua maioria, elas existem no papel”. A plataforma traz uma versão específica, voltada para os 17 estados que compõem a Mata Atlântica, propondo iniciativas nas agendas ambientais estaduais.
A plataforma não pretende, asseguro Mantovani, “salvar o mundo em poucas legislações”. O objetivo é dar garantias aos brasileiros de que os problemas ambientais não serão esquecidos no próximo governo, ao mesmo tempo em que estimula nos candidatos a necessidade de dar atenção a esses temas.
Posted by por AMC
on 10:37. Filed under
cadernos da amazónia,
coisas do brasil,
ESPUMAS,
palavras dos outros
.
You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0.
Feel free to leave a response