Duas notícias quentes: a vaga de calor tropical em Portugal e as erupções à superfície do Sol
A propósito do calor:
Julho com duas ondas de calor e temperatura mais alta desde 1931
O mês passado foi o Julho mais quente desde 1931 em Portugal: a média da temperatura máxima foi de 31,75 graus, o valor mais alto dos últimos 79 anos, segundo o relatório mensal do Instituto de Meteorologia (IM).
Aliás, este valor está três graus acima do habitual de 1971-2000. A mínima também registou um valor médio de 16,7, um grau acima do normal.
No Continente, Julho ficou marcado por dois períodos muito quentes: um primeiro, no início do mês, de 5 a 8, e outro no final, de 25 a 29. Em ambos os períodos registaram-se ondas de calor (seis dias seguidos com máximas superiores em 5 graus ao respectivo valor normal).
No início do mês, Ribatejo e Alentejo foram as regiões mais quentes, destacando-se os 43 graus registados em Coruche no dia 6. Mas foi no Norte e em parte do Centro que as temperaturas subiram mais na semana passada.
A sensação de calor foi agravada pelo facto de as temperaturas não descerem muito durante a noite. Quase metade das estações do IM registaram mais de cinco noites tropicais (com mais de 20 graus) em Julho - com realce para o sotavento algarvio, com Faro a registar 22 noites tropicais.
Relativamente à precipitação, Julho passado teve o valor mais baixo dos últimos 24 anos.
Para os próximos dias, o Instituto de Meteorologia prevê a continuação de tempo quente com céu limpo, com as temperaturas a subirem mais no Alentejo Interior, onde podem chegar aos 38 graus. No Litoral vão rondar os 30 graus. link
A propósito do Sol:
Vem aí um pico de actividade solar
Hoje, nas latitudes mais altas do hemisfério norte, deverá ser possível ver o espectáculo colorido das auroras boreais. O motivo vem do Sol. Depois de um período de sonolência um pouco mais longo do que o habitual, ele acordou na segunda-feira com uma enorme erupção na superfície. O resultado poderá ser uma aurora boreal intensa.
O plasma composto de átomos ionizados dessa erupção foi ejectado pelo Sol na direcção da Terra e, à chegada aqui - o que está agora em curso - deverá dar origem a esse espectáculo de luzes verdes e vermelhas no céu.
"Esta erupção vem direita a nós e deve chegar ao início do dia 4", explicou, citado pela Science Daily, o astrónomo Leon Golub, do centro Harvard--Smithsonian de astrofísica, sublinhando que "esta é a primeira grande erupção solar que vem na direcção da Terra desde há bastante tempo".
A erupção foi apanhada no retrato pela sonda da NASA Solar Dynamics Observatory (SDO), lançada em Fevereiro para órbita exactamente para estudar o Sol, a sua estrutura e os seus humores.
"Temos uma imagem linda desta erupção", disse o astrónomo, antecipando que ela pode "dar origem a outras, se desencadear auroras boreais".
O mecanismo que está na origem deste fenómeno tem a ver com estas ejecções de plasma na superfície do Sol. Quando esses gases ionizados vêm direitos à Terra, interagem com o seu campo magnético (que protege o planeta de radiações cósmicas) e podem dar origem a uma tempestade geomagnética. As partículas solares "es- corregam" ao longo desse campo magnético, na direcção dos pólos, e, quando colidem com átomos de nitrogénio e oxigénio da atmosfera, estes brilham em tons de verde e vermelho.
Esta erupção sucede a um período de sonolência do Sol, que em 2001 registou mínimos de actividade. Os ciclos de actividade solar duram em média 11 anos, e esta erupção mostra que ele está a entrar num novo pico máximo. link
Posted by por AMC
on 10:23. Filed under
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