A propósito do seleccionador nacional Carlos Queiroz
por Fernando Alexandre
Carlos Queirós teve um papel muito importante no futebol português, quer na sua organização interna quer na projecção de uma nova imagem para o exterior. Ficará também sempre no ar a questão de se a geração de outro do futebol português – Figo, Rui Costa, Paulo Sousa, só para referir os mais notáveis – teria existido sem ele. Ter-lhe devolvido o lugar de seleccionador nacional não terá sido uma decisão fácil, e só a excelência do seu trabalho o poderá explicar: nunca ganhou títulos seniores relevantes como treinador principal, o que torna o seu discurso professoral, que às vezes roça o arrogante, mais difícil de aceitar no meio futebolístico e no país. Se ele não tivesse saído da selecção em 1994 acredito que a geração de ouro teria ganho o título internacional que merecia.



