"Assalto" das Máscaras Ibéricas animou baixa de Lisboa

A baixa de Lisboa foi hoje "assaltada" por caretos, carantonhas, chocalheiros, "mummers" e outras criaturas estranhas, vindas do princípio dos tempos, no desfile de Marchas Ibéricas para fazer barulho, assustar e divertir.
A marcha das Máscaras Ibéricas foi o ponto alto de um festival que está no Rossio desde quinta feira, dia 20, trazendo aos citadinos tradições que vêm, segundo o organizador Helder Rui, "desde que o Homem é Homem". "São dos rituais mais antigos que se conhece", acrescentou, explicando que assinalam festas religiosas e pagãs, como os solstícios. Celebrar a fertilidade da terra e da humanidade, servir de rito de passagem da adolescência à idade adulta são alguns dos objectivos que cumprem. Bombos, gaitas de foles e chocalhos ribombaram pela rua Augusta, com centenas de pessoas a verem e a deixarem-se "incomodar" pelos mascarados.
As mulheres foram alvos preferenciais para o "assédio" dos caretos e de outras criaturas, que, apesar do colorido e do barulho, conseguiram apanhar muita gente de surpresa, aparecendo por trás e pregando alguns valentes sustos.
Apesar do calor oa participantes garantem que vale a pena para ter "a liberdade de se poder fazer tudo por trás de uma máscara", que um careto "nunca tira, nunca revela a sua identidade".
Entre a praça do Município e o Rossio, desfilaram grupos de Ourense, Zamora (Espanha) e da Irlanda, a par de máscaras portuguesas como os Caretos de Podence ou o Belho de vale do Porco.
Ao todo, 400 marchantes, de 21 grupos da Península Ibérica e um da Irlanda, fizeram a festa.

via DN


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