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Ministro da Defesa lembra a militares que “ninguém é obrigado a ficar”

Leio no Público:

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, deu nesta quarta-feira um tiro de aviso às associações profissionais de militares. Reagindo às “palavras e aos actos dos movimentos associativos”, o ministro afirmou perante uma plateia recheada de altas patentes castrenses e antigos ministros que “ninguém é obrigado a ficar” nas Forças Armadas.


Acusou algumas das associações de, “na prática, fazer política onde a política não tem lugar”: "Se não sentem vocação, estão no sítio errado. Se não sentem, antes de protestar precisam de mudar de carreira. Sem drama, sem ressentimento. Deixem o que é militar aos militares, o que é das associações às associações, o que é da política à política", afirmou.
Aguiar-Branco deu como exemplo desse “banalizar” do “protesto militar” as críticas feitas há dias pelo presidente da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, a propósito do fim do feriado do 5 de Outubro ou dos salários na Função Pública.
No debate, o ministro traçou ainda o cenário com que se confrontam as Forças Armadas (FA). Perante os apelos de alguns dos intervenientes na discussão – que alertaram para o risco da descaracterização das FA com a actual reestruturação – Aguiar-Branco afirmou que “tal como hoje existem, as Forças Armadas não são sustentáveis”.

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