Crise força 3300 alunos a desistirem do ensino superior desde o início deste ano lectivo
A crise económica está a provocar um aumento das desistências de alunos nas universidades portuguesas. Desde o início do ano lectivo, 3300 estudantes cancelaram as inscrições, um aumento de 6% face ao ano passado.
A Universidade da Madeira aparece no primeiro lugar da lista. Só aqui, 300 alunos desistiram do curso, o que representa cerca de 20% das inscrições, de acordo com o Público. O panorama, embora em percentagens inferiores, repete-se em mais seis instituições. As Universidade de Lisboa, a Universidade Clássica e a Universidade do Minho aparecem também nos lugares cimeiros, de acordo com o Público.
Em Coimbra, o número de desistências é semelhante ao ano passado, no ISCTE e em Aveiro houve ligeiras quebras, e no Algarve há, até esta altura, perto de duzentas inscrições canceladas.
Os dados recolhidos pelo jornal indicam que, no total, 3300 alunos abandonaram o ensino superior desde o início do ano lectivo, ou seja, mais seis por cento em comparação com os dados do ano anterior.
Para os responsáveis de algumas destas universidades, o principal motivo por trás deste movimento de fuga é óbvio : a crise económica. Isso mesmo é revelado num inquérito realizado na Universidade do Algarve, onde esta foi a resposta mais votada pelos alunos desistentes.
Ouvidos pelo jornal, os líderes de algumas associações académicas acrescentam outras duas razões - a dificuldade de acesso às bolsas de estudo e o aumento das propinas que, em alguns casos, ultrapassa os mil euros.
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