2º Fórum Social Mundial em Manaus
Arnold Schwarzenegger participará de Fórum Mundial, em Manaus
‘Defensores do verde’ retornam a Manaus Evento reunirá 600 participantes, entre empresários e pesquisadores
O 2º Fórum Mundial de Sustentabilidade, que acontece em Manaus, entre 24 e 26 de março, no Tropical Resort & Conventions Center, dobrou de tamanho em relação ao versão de 2010 e terá mais espaço para a troca de experiências e debates entre os participantes.
“A primeira mudança é o terceiro dia, um a mais que no ano passado; depois cresceu o número de empresas participantes e de parceiros, em suma é um evento de dimensões bem maiores”, afirma o presidente da Maior Entretenimento e Conteúdo, Sérgio Waib, destacando ainda a visibilidade que o debate ganhará com a participação de palestrantes do primeiro time mundial.
Para o executivo da Seminars, Marcelo Politi, além de crescer um dia, o Fórum de Manaus ficou mais rico no conteúdo, tanto que as empresas envolvidas na realização já estimam que ele se transformará em algo do mesmo porte e importância do Fórum Econômico Mundial de Davos (Suiça) quando o assunto for sustentabilidade.
“Davos está em cartaz há 41 anos, queremos que Manaus seja isso: um referencial para sustentabilidade assim como Davos é para a economia mundial”, diz Politi. Neste trabalho, investir no conteúdo das discussões é fundamental e ai reside uma das atrações da edição deste ano.
As estrelas serão o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, o ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger e o presidente do grupo inglês Virgin, Richard Branson.
“Estes são os convidados mais midiáticos, digamos assim, mas traremos também personalidades, cientistas, políticos, cuja atuação técnica, de bastidor, deve ter o mesmo peso”, diz Sérgio Waib.
Neste time estão o ativista ambiental Adam Werbach, que aos 23 anos foi presidente da maior Organização Não-Governamental Ambientalista dos Estados Unidos. “Ele é superprecoce, escreveu um dos cinco livros mais importantes do tema conforme avaliação de Bill Clinton”, destaca Politi.
Outra “fera” é Dan Epstein, apontado como o responsável pela revolução urbana de Londres após abrigar os Jogos Olímpicos de 2012. Ele estuda há anos como tornar sustentáveis as iniciativas que os ingleses tomam para sediar os jogos.
“Como Manaus será uma das sedes da Copa de 2014, penso que a fala dele será importante localmente”, analisa o executivo da Seminars. O time de técnicos se completa com Paul Hawken, um dos mais antigos empresários dedicados a causas ambientais e sustentáveis. Outro grupo importante de debatedores do Fórum são os políticos e ativistas ambientais com atuação no Amazonas.
Dentre estes figuram o governador Omar Aziz (PMN), o senador Eduardo Braga (PMDB), a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, Rubens Gomes, do Grupo de Trabalho Amazônico, Virgílio Viana e Mauro Mantovani, da Fundação Amazônia Sustentável (FAS).
RCC no Fórum
A Rede Calderaro de Comunicação é parceira na promoção do Fórum Mundial de Sustentabilidade, que em 2011 reunirá 600 participantes, entre empresários, que virão de olho nas possibilidades de novos negócios; estudantes e pesquisadores universitários e ambientalistas. Há vagas para todos estes públicos, garante a Seminars.
Manaus, 13 de Fevereiro de 2011
Grupo LIDE fará de Manaus referência ambiental no planeta
Evento contará com participação de Bill Clinton, Arnold Schwarzenegger e Richard Branson, do grupo Virgin.
Tornar Manaus referência mundial na discussão sobre sustentabilidade, como acontece com o fórum econômico de Davos, na Suíça. Essa é a ideia do II Fórum Mundial de Sustentabilidade, que ocorre nos dias 24, 25 e 26 de março, no Tropical Hotel. O evento contará com a participação de grandes personalidades, como o ex-presidente norte-americano Bill Clinton; o ex-governador da Califórnia, e ator, Arnold Schwarzenegger; e o fundador do Grupo Virgin, o britânico Richard Branson.
Este ano o tema central do evento será a Sustentabilidade Econômica, Ambiental e Social da Amazônia e do Planeta.
Na última edição, o fórum trouxe as presenças do ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, do cineasta James Cameron e do ecólogo Thomas Lovejoy.
O presidente da Maior Entretenimento, Sergio Waib, um dos organizadores do evento, explica que a intenção é preservar Manaus como sede do fórum por ter a maior floresta tropical do mundo e por ser conhecida mundialmente. “Queremos trazer os olhos do mundo para a floresta, expor seu valor econômico e ambiental ao planeta”.
O evento é organizado pela Seminars, de Nizan Guanaes e João Doria, e o grupo LIDE.
“O 2º Fórum Mundial de Sustentabilidade é uma oportunidade de inserir a consciência ambiental no meio empresarial”, afirmou João Doria Jr, presidente do LIDE.
Foram convidados para os debates os especialistas Paul Hawken, ambientalista; Adam Werbach, ativista ambiental; e Dan Epstein, chefe de Desenvolvimento Sustentável e de Regeneração das Olimpíadas de Londres 2012, respectivamente.
Política sustentável
O fórum se tornou um espaço da iniciativa privada para debater o assunto e buscar alternativas de dosar o desenvolvimento econômico com o equilíbrio natural do planeta, segundo Sérgio Waib. “O tema sustentabilidade funciona como um selo positivo para as empresas”, disse.
O evento vai contar com 700 convidados, entre eles, empresários, executivos, presidentes de entidades filantrópicas, ONGs, especialista em meio ambiente, ativistas ambientais, cientistas e universitários.
Os interessados podem comprar convite diretamente no site www.seminars.com.br.
Manaus, 23 de Janeiro de 2011
Empresários realizam fórum mundial para discutir sobre sustentabilidade em Manaus
Um evento internacional deve reunir ambientalistas, empresários e jornalistas para abordar, entre outros temas, sobre as cidades sustentáveis e a sustentabilidade nas empresas.
O 2º Fórum Mundial de Sustentabilidade será realizado no mês de março em Manaus, Estado do Amazonas, e contará com a presença do ambientalista Paul Hawken, do ativista Adam Werbach, de Dan Epstein (chefe de Desenvolvimento Sustentável e Regeneração das Olimpíadas de Londres 2012) e ainda do fundador do grupo Virgin, Richard Branson, um dos 300 homens mais ricos o mundo.
O evento é promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE) e tem data marcada para acontecer nos dias 24, 25 e 26 de março deste ano, no Hotel Tropical.
“Mantendo a visão e a motivação para chegar à sustentabilidade”; “Internalizando a sustentabilidade nas empresas” e “Grandes Eventos e Cidades Sustentáveis” são os temas a serem abordados.
O evento é destinado apenas para membros do LIDE e convidados, entre eles empresários, representantes do Pólo Industrial de Manaus, empresários e jornalistas. Os interessados poderão comprar um convite pelo site www.seminars.com.br.
Richard Branson
Entre os participantes do fórum, um chama atenção, não apenas por estar investindo na divulgação de meios para diminuir o aquecimento global, mas por ser um dos mais ricos do planeta. O fundador do grupo Virgin, Richard Branson é detentor de mais de 400 empresas.
Branson possui investimentos em várias áreas, da música aos bio-combustíveis. Em 2009, ele firmou contrato com Ross Brawn, proprietário da equipe de Fórmula 1 Brawn GP, tornando-se seu principal patrocinador com a marca Virgin.
Manaus, 24 de Janeiro de 2011
Participantes do Fórum Social Mundial elogiam maturidade do encontro
O Fórum Social Mundial deveria intensificar a atividade política e aproveitar melhor as informações que estão em circulação, como as que vazam pelo sítio Wikileaks. A opinião é do pensador português Boaventura de Sousa Santos. “A comissão de Comunicação tem que ter um papel muito mais ativo, mais interveniente”, diz ele. “Precisamos de mais análise e organização profissional, produzindo anualmente um relatório econômico mundial, sobre o mundo que queremos e o mundo que não queremos, que não pode ser igual ao do Fórum Econômico Mundial ou o da ONU [Nações Unidas].”
Para Boaventura, o encontro, que já está na décima primeira edição, não pode perder suas características, mas deve se transformar. “É um ano de grande reflexão sobre as mudanças que têm que ocorrer dentro do próprio fórum. Penso que já há um consenso de que ele tem que ser esse espaço maravilhoso, aberto, de face à face, de encontros a cada dois anos, mas também tem que ser algo mais. Temos que intensificar a atividade política do fórum”.
Autor de mais de 30 livros, entre eles Renovar a Teoria Crítica e Reinventar a Emancipação Social; Refundação do Estado na América Latina; A Ascenção da Esquerda Global: O Fórum Social e Além; e Fórum Social Mundial: Manual de Uso, Boaventura acredita ser esta a hora de “intensificar as formas de educação e comunicação entre os movimentos. Ainda temos muitas dificuldades nessa articulação e na estratégia”. Como algo a ser criado, ele cita a Universidade Popular dos Movimentos Sociais, em termos continentais.
Sobre os temas debatidos este ano, o acadêmico, que é diretor do Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e doutor em sociologia do direito pela Universidade de Yale, destaca a própria África, que recebe o fórum pela segunda vez (a primeira foi em Nairóbi, no Quênia, em 2007).
“Penso que a África vai ter outra centralidade nos negócios do mundo”, afirma Boaventura. “Hoje, é a ainda um continente onde o neoliberalismo – que já esteve muito presente na América Latina e hoje já não é tanto – ainda está muito dominante. Infelizmente, aqui, a União Europeia faz o mesmo papel dos Estados Unidos na América Latina. Mas a resistência contra isso está muito evidente aqui, com os africanos na defesa da sua economia familiar, das suas sementes, sua agricultura, sua terra. O fórum é um enorme sucesso para a África, sobretudo.”
As revoltas sociais vividas no Egito e na Tunísia nos últimos meses são, segundo ele, uma prova de que a África é um “continente movimento”, e que as transformações políticas "provavelmente não serão confinadas a esses países”.
“O fórum é a escola mais rica de cultura política que nós inventamos, mas também é a mais frágil, pois é uma coisa simples”, diz Cândido Grzybowski, diretor-geral do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e do Comitê Internacional do Fórum Social Mundial. Segundo ele, reduzir o número de atividades este ano (de 5 mil para cerca de mil) foi positivo.
“O temário foi o mais avançado de todos os fóruns. É o mais bem concentrado e articulado. Há uma convergência entre os temas. Já não é mais 'contra o FMI', ou 'contra o Banco Mundial', 'G8', ou 'G20'. É uma mudança ligada à crise do neoliberalismo, que ninguém acredita mais que possa se recuperar. Estamos tentando construir alternativas”, afirma Cândido.
Para a peruana Gina Vargas, da Articulação Feminista Marcosul Latinamérica, os obstáculos logísticos foram superados com discussões produtivas.“Estamos abrindo novas perspectivas que me parecem fundamentais para pensar outros mundos que sejam possíveis, libertos, plurais e democráticos”.
Para o empresário Oded Grajew, um dos criadores do Fórum, o eixo central das atividades ligadas ao Brasil foram as articulações em torno da Rio+20, conferência que pretende rever o cumprimento da Agenda 21 de crescimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental estabelecida na Conferência Rio 92.
“É uma grande conferência mundial sobre a economia chamada de verde, modelo de desenvolvimento que faz com que a vida, no decorrer do tempo, seja melhor, e não pior. Aqui se articulam vários movimentos para que a Rio+20 produza os resultados que a gente espera”, afirma Garjew. Mas, diz ele, o mais importante é o que vem depois. “Todos nós militamos fora do fórum. O fórum dá a oportunidade das pessoas e organizações colocarem para todos as suas causas e se articularem com outros para ter mais força política para fazer as coisas acontecerem”.
publicado na Agência Brasil - 10 de Fevereiro de 2011