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Terminouo ciclo de entrevistas do 'Jornal da Noite' da Globo aos quatro presidenciáveis

Marina Silva em entrevista, esta terça-feira, a William Bonner e Fátima Bernardes do Jornal Nacional da Globo.

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Dilma Rousseff inaugurara na véspera o ciclo de debates do JN com os três principais candidatos às Presidenciais de Outubro, no Brasil: para ver aqui. José Serra  foi entrevistado na quarta-feira: para ver aqui. Por fim, no dia seguinte, contrariamente ao que estava previsto, seguiu-se Plínio Arruda, embora com regras diferentes e direito a menos tempo de emissão: para ver aqui






Mal terminou a entrevista com Dilma, o 'casal global' William Bonner e Fátima Bernardes tornou-se alvo imediato da fúria dos internatutas partidários da petista, que consideraram a dupla dura demais com a candidata.
Bonner perdeu alguns pontos, mostrando-se mais nervoso que Dilma e interrompendo demasiado.Mas a linha de entrevistas duras provou ser para manter, com uma opção clara pelo confronto dos entrevistados com os temas mais sensíveis das suas candidaturas.Marina saiu-se melhor do que Dilma, conseguindo impor-se e ser mais firme.
Na entrevista a Serra,  os melhores momentos foram quando William Bonner questionou José Serra sobre os pedágios em São Paulo e sobre o apoio de Roberto Jéferson – o homem do mensalão - ao PSDB. O tom da dupla da Globo foi, todavia, mais amena do que com Dilma e Marina e Serra desenvencilhou-se bem. Nos momentos mais constrangedores denotou uma calma que a experiência ajuda a explicar: vai na 10ª disputa eleitoral e é o único candidato repetente numa corrida presidencial.
Plínio Arruda Sampaio, candidato pelo PSOL, voltou a revelar-se o happening da ronda da Globo, à semelhança e na sequência do êxito da sua participação no debate da semana passada na TV Band da Rede Bandeirantes, ganhando um espaço no "Jornal Nacional" que não estava  sequer agendado. A sua entrevista foi a última e não segui o modelo adotado com Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). Em vez dos 12 minutos ao vivo na bancada do telejornal, Plínio teve apenas três, gravados com um repórter à margem de um evento na Academia Brasileira de Letras e indo para o ar em diferido na quinta-feira. Não terá dado para muito espaço de palanque, mas pelo menos a sua queixa contra o tratamento diferenciado dos candidatos foi ao ar em prime time. Acresce ainda aos dividendos o facto de a Globo também o ter convidado para participar em entrevistas no Jornal da Globo, Bom Dia Brasil e no Jornal das Dez da Globonews.
De um modo geral, as quatro entrevistas conservaram o clima morno de pré-campanha que já tinha dado o mote no primeiro debate colectivo da TV Band. Nenhum arriscou ser mais ousado e os principais temas só muito superficialmente foram aflorados, quando não mesmo evitados.






Leio no Portal Comunique-se:

Antes desconhecido, o candidato à presidência pelo PSOL, Plínio Arruda Sampaio, agora ganha espaço na mídia e cumprimentos da população. Após sua participação no debate da TV Bandeirantes, na semana passada, a campanha do socialista mudou.
"Sou reconhecido na rua, as pessoas me vêem e dizem que sou candidato. Isso não acontecia antes", diz Plínio.
Segundo o candidato, sua participação no debate também impulsionou sua presença no mundo virtual. “Meus seguidores no Twitter subiram de 10 mil para 20 mil”, conta.

Debate da Globo

Porém, Plínio ainda considera “lamentável” que alguns veículos de comunicação o tratem como excluído da disputa eleitoral. Em sua opinião, o espaço de apenas três minutos concedido a ele pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, se trata de “preconceito”. Os outros três principais candidatos tiveram direito a 12 minutos.
Sobre o debate que será realizado pela Rede Globo no dia 30/09, Plínio conta que a direção da emissora lhe propôs abrir mão da participação no programa em troca de duas aparições semanais no Jornal Nacional.
“Não aceito abrir mão do debate. Para mim é altamente necessário que eu participe desses encontros”, afirma.

Leio no Portal IMPRENSA:

A gravação da entrevista do candidato à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), ao "Jornal Nacional", teria sido interrompida, após o político fazer um protesto sobre o tempo que lhe foi oferecido de participação, segundo a Folha de S.Paulo.
Plínio Sampaio teria reclamado do tempo de três minutos dado a ele, enquanto Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB) tiveram 12 minutos, durante a resposta da primeira pergunta.
De acordo com a Folha, o presidenciável contou que "sempre viajou de classe econômica e nunca viu problema nisso", mas não aceitava que a emissora "criasse uma classe executiva para os candidatos chapa branca".
Após este relato, a TV Globo teria parado a entrevista e proposto a Plínio, que gravasse novamente. Depois de negociar, o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) teria aconselhado Plínio a gravar uma crítica mais branda.
O Portal IMPRENSA tentou contato com a TV Globo para falar sobre o assunto, mas, até o momento, não obteve retorno. A entrevista foi gravada pela manhã no Rio de Janeiro (RJ) e deve ir ao ar na noite desta quinta-feira (12).




[ENTREVISTA]

Fátima Bernardes: O Jornal Nacional dá continuidade hoje à série de entrevistas com os principais candidatos à Presidência em que nós abordamos questões polêmicas das candidaturas e o desempenho do candidato em cargos públicos que já tenha ocupado. Também o Bom Dia Brasil e o Jornal da Globo realizarão entrevistas nas próximas semanas. O sorteio, acompanhado por assessores dos partidos, determinou para hoje a presença da candidata do PV, Marina Silva. Boa noite, candidata. Muito obrigada pela presença.
Marina Silva: Boa noite, Fátima.
Fátima Bernardes: Bom. E o nosso tempo de 12 minutos dessa entrevista começa a ser contado a partir de agora. Candidata, a sua atuação na vida pública, como ministra, como senadora, foi especificamente voltada para a área do meio ambiente. A senhora não tem uma experiência administrativa em nenhuma outra área, em nenhum outro setor. Como é que a senhora pretende convencer o eleitor de que a sua candidatura é para valer e que ela não é apenas uma candidatura para marcar posição nessa questão do meio ambiente?
Marina Silva: Em primeiro lugar, Fátima, chamando a atenção da sociedade brasileira para a relevância das coisas que a gente está vivendo hoje, e eu sempre penso da seguinte forma: até 2014, qual será a temperatura da Terra? Até 2014, quantas crianças ainda continuarão sem ter a chance de chegar sequer à oitava série? Até 2014, quantas pessoas serão soterradas pelas enchentes por falta de cuidado? E, até 2014, quantos produtos nós não perderemos em função da falta de infraestrutura? Quantas oportunidades nós não perderemos em função da falta de educação de qualidade? E então...
Fátima Bernardes: Quer dizer que a senhora acha que essa questão do meio ambiente passa por todos esses outros setores?
Marina Silva: Com certeza. A minha candidatura é para agora porque o Brasil não pode esperar. Todas essas questões que eu coloquei agora para você, Fátima, elas são uma emergência, uma emergência para o cidadão que fica na fila esperando horas e horas para poder fazer um exame, uma emergência para a mãe que quer ter dias melhores para o seu filho porque ela já não aguenta mais a vida dura que tem e uma emergência para o Brasil, que tem imensas oportunidades de se desenvolver com justiça social, de melhorar a vida das pessoas.
William Bonner: Agora, candidata, perdoe, a senhora é candidata do Partido Verde e, até este momento, apresenta-se na eleição sem o apoio de nenhum outro partido. Se a senhora não conseguiu apoio para formar uma aliança agora antes da eleição, como é que a senhora vai formar uma base de sustentação para governar o Brasil depois, dentro do Congresso Nacional?
Marina Silva: Olha só, Bonner, eu acho que para mim é até mais fácil, sabe? É mais fácil, pelo seguinte: porque eu fico olhando para a ministra Dilma e para o governador Serra e eles já estão tão comprometidos com as alianças que fizeram que eles só podem repetir mais do mesmo, do mesmo quando foi o governo do presidente Fernando Henrique, que ficou refém do fisiologismo dos Democratas. E o presidente Lula, mesmo com toda a popularidade, acabou ficando refém do fisiologismo do PMDB.
William Bonner: Mas veja o raciocínio, o raciocínio que eu proponho...
Marina Silva: Deixe só eu completar meu raciocínio, por favor...
William Bonner: É que tem a ver com isso...
Marina Silva: Não, eu sei, eu sei, só para que a gente possa concluir. É, então, como eu estou dizendo que, se ganhar, eu quero governar com os melhores e já estou dizendo que é fundamental um diálogo entre o PT e o PSDB, estou dizendo que eu quero governar com a ajuda deles. Então eu vou compor uma base de sustentação já respaldada pela sociedade com essa ideia de que nós temos que acabar com a situação pela situação e com a oposição pela oposição e trabalhando a favor do Brasil. É assim que eu quero trabalhar. É isso o que eu estou dizendo e, pode ter certeza, quem pode estabelecer um ponto de união entre essas forças que não conversam e que nos seus oito anos de oposição ou de situação se confrontaram se chama Marina Silva.
William Bonner: A questão que eu ia colocar é a seguinte: se a senhora não conseguiu formar essa base de apoio agora, depois da eleição, uma base de apoio que se forme depois da eleição, não tem uma tendência maior ao tal fisiologismo que a senhora mesmo está criticando?
Marina Silva: Não tem, não tem...
William Bonner: Uma barganha de cargos federais...
Marina Silva: Não tem, Bonner, não tem. Sabe por quê? Porque existe muita gente boa em todos os partidos.
Fátima Bernardes: A senhora olhando para o seu partido, a senhora considera que o PV, ele tem quadros, olhando para os seus colegas, para governar o Brasil?
Marina Silva: Ele tem alguns quadros. Mas quem foi que disse que para governar você tem que governar apenas com os quadros de seu partido?
Fátima Bernardes: Não, eu estou perguntando porque ainda não há um acordo estabelecendo outras alianças.
Marina Silva: O presidente Lula teve de governar, inclusive, com quadros do PSDB. O PSDB trouxe quadros da socidade, da academia. Eu, quando estava no ministério do Meio Ambiente, por exemplo, eu peguei as melhores pessoas que estavam na academia, que já estavam na gestão pública, que estavam dentro, enfim, de ONGs, sim, mas as pessoas mais competentes. E quando precisei, toda vez que precisei, Bonner, de aprovar leis no Congresso, a Lei de Gestão de Florestas Públicas, por exemplo, fundamental para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, eu consegui aprovar os meus projetos com o apoio de todos os partidos, conversando com todos os partidos. É isso que o Brasil precisa. O Brasil precisa de um olhar que coloque em primeiro lugar as necesssidades dos brasileiros, da saúde, da educação, da segurança pública, da infraestrutura.
William Bonner: Ok.
Marina Silva: O nosso país não pode mais esperar e perder tempo com essa briga que não nos leva a lugar nenhum.
William Bonner: Candidata, vamos falar então... A senhora mencionou a questão, o papel do partido político. A senhora declarou já em algumas entrevistas que deixou o governo Lula e deixou o PT porque discordava da maneira como era conduzida a política ambiental no governo. No entanto, se nós voltarmos no tempo até aquele período do escândalo do mensalão, a senhora não veio a público para fazer uma condenação veemente daquele desvio moral de alguns integrantes do PT. A pergunta que eu lhe faço é a seguinte: o seu silêncio naquela ocasião não pode ser interpretado de uma certa maneira como uma conivência com aqueles desmandos?
Marina Silva: Não, Bonner, não foi conivência, e também não foi silêncio. É que, lamentavelmente, todas as vezes em que eu me pronunciava eu não tinha ninguém para me dar audiência e potencializar a minha voz. Mas eu falava.
William Bonner: A senhora diz dentro do governo?
Marina Silva: Dentro, fora.
William Bonner: Dentro do partido?
Marina Silva: Publicamente, nas palestras que eu dava, eu sempre dizia que aquilo era condenável, que deveria ser investigado, e que deveriam ser punidos todos os que praticaram irregularidades.
William Bonner: Mas, ministra...
Marina Silva: Agora, o que eu dizia sempre, Bonner, era uma coisa, é o seguinte: é que nem todos praticaram erros. E eu não pratiquei. Conheço milhares de pessoas que não praticaram o mesmo erro. E dentro do PT tinha muita gente que combatia junto comigo. Agora, para combater contra a falta de prioridade para as questões ambientais, aí eu era uma minoria. E foi por isso que eu saí. Eu saí porque não encontrava o apoio necessário para as políticas de meio ambiente que façam esse encontro entre desenvolver e proteger as riquezas naturais.
William Bonner: No entanto, o seu desconforto, vamos dizer assim, o seu desconforto ético com o mensalão não foi suficientemente forte para levá-la a deixar o cargo de ministra.
Marina Silva: Foi forte, sim, mas eu sabia que eu estava combatendo por dentro. E que conseguiria ser vitoriosa. Primeiro porque eu não tinha praticado nenhuma irregularidade. Agora, para continuar lutando pelas ideias que eu defendia, isso eu achava que não tinha mais tempo.
William Bonner: E como a senhora analisou...
Marina Silva: Sabe por quê? Porque é possível, Bonner, sabe, juntar as duas coisas. Existe uma ideia dentro do governo, dos demais partidos, na sociedade, que meio ambiente e desenvolvimento são incompatíveis. E eu conheço muitas empresas que já estão fazendo da defesa do meio ambiente uma grande oportunidade para gerar emprego, para gerar melhoria de vida das pessoas. E posso te dizer uma coisa: toda a vez que as pessoas me dizem ‘mas Marina, as pessoas não entendem isso que você está falando’, eu digo: elas entendem sim, entendem, Fátima. Aqui no Rio de Janeiro...
William Bonner: Só uma coisa, candidata.
Marina Silva: ...quando as casas foram...
William Bonner: Candidata, me permita só uma coisa.
Marina Silva: Não, só concluindo Bonner.
William Bonner: Eu peço para interromper porque em nome do público...
Marina Silva: Isso, tá bom, tá bom.
William Bonner: Porque a pergunta que eu lhe dirigia era sobre um momento muito especifico da história e eu queria que a senhora tratasse dessa questão polêmica e não fosse para outro assunto. Eu estou consumindo 30 segundos da entrevista para fazer esse esclarecimento e eu lhe devolverei para a entrevista. Eu só queria que a senhora esclarecesse para mim qual foi e de que maneira a senhora viu a saída de alguns colegas seus então de PT, alguns, inclusive, fundadores do partido, que deixaram o partido indignados na época do mensalão, chorando. Como a senhora viu a ação deles, que não foi a ação que a senhora teve naquela ocasião?
Marina Silva: Bem, eu permaneci no partido e fiquei igualmente indignada. Fiz o combate a minha vida inteira contra a corrupção e acho que a corrupção, Bonner, é o pior câncer da sociedade. E ninguém pode se vangloriar de ser honesto. Para mim, ser honesto é uma condição do indivíduo. Qualquer pessoa, onde quer que ela esteja, ela tem que ser uma pessoa honesta, seja como político, como professor, como dona de casa, como empregada doméstica. A pessoa tem que ser honesta. Agora, naquele momento em que saíram pessoas do Partido dos Trabalhadores, eu permaneci para dar a contribuição que eu achava que ainda poderia dar dentro do governo, mas não por ser conivente. Agora, tem uma coisa que a gente precisa entender: combater a corrupção é uma luta constante. Como é que a gente combate a corrupção? Com transparência, permitindo que as instituições funcionem, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, criando ferramentas de controle dentro do próprio governo, não permitindo que as coisas vão primeiro se consolidando antes de você fazer o combate necessário. Você tem que identificar durante o processo e fechar a torneira da corrupção quando ela está acontecendo. É isso que precisa ser feito.
Fátima Bernardes: Candidata, vamos abordar, então, um outro tema. Muita gente do governo e fora dele se queixava de que, durante a sua gestão à frente do Ministério do Meio Ambiente, a liberação de licenças ambientais, elas estavam muito lentas, e que isso, licenças ambientais para obras de infraestrutura, e que isso atrapalhava o desenvolvimento. Como é que a senhora enxergava essas críticas de que essa demora possa ter atrasado essas obras?
Marina Silva: Olha, naquela época até com uma certa naturalidade. Sabe por quê? Porque o ministério estava todo desestruturado e eu tinha que fazer concurso, e eu tive que criar várias diretorias e coordenadorias. Só que, quando nós começamos a arrumar a casa, aumentaram significativamente as licenças. No governo anterior, era uma média de 145 licenças por ano. Na minha gestão, foi de 265 licenças por ano. Agora, uma coisa eu posso te dizer: é possível aperfeiçoar o licenciamento? É possível aperfeiçoar. E com esse aperfeiçoamento você vai viabilizar com mais agilidade, sem perda de qualidade, a infraestrutura do Brasil, que hoje, de fato, está colapsando. Nós temos problemas com os aeroportos, nós temos problemas em relação a estradas, nós temos problemas em relação a energia, tudo isso pode ser oferecido para a sociedade compatibilizando duas coisas: meio ambiente, melhoria da vida das pessoas e o desenvolvimento que o Brasil precisa.
Fátima Bernardes: Quer dizer, nesse caso, a senhora está dizendo que no caso da senhora estando no governo, essa lentidão, ela, por exemplo, não vai provocar esse atraso ainda mais ou agravar ainda mais esses gargalos que a senhora citou, econômicos, e provocar, por exemplo, no setor energético, um risco de um novo apagão por demora na liberação dessas licenças?
Marina Silva: De jeito nenhum. Nós vamos trabalhar com o sentido de urgência que esse país tem para a sua infraestrutura, tanto em aeroportos como na questão da energia, das estradas, tudo o que o Brasil precisa para se desenvolver, Fátima. E vamos fazer isso sem negligenciar os cuidados com o meio ambiente, mas tendo a clareza de que o desenvolvimento do nosso país melhora a vida das pessoas. Sabe como melhora a vida das pessoas? Quando aquela família, que muitas vezes não tem como conseguir um emprego, começa a conseguir um emprego. Quando aquela mãe que não teve uma chance na vida, que é uma mulher pobre, não teve uma chance na vida, ela sabe que, se tiver uma escola melhor, o seu filho pode ter dias melhores. Eu sei o que significa educação, porque foi com a educação que eu consegui entrar pela porta da frente no Brasil.
William Bonner: Candidata, a senhora tem 30 segundos para se dirigir ao eleitor e pedir a ele o seu voto, dando a ele a última mensagem. Por favor.
Marina Silva: Bem, primeiro eu quero agradecer a Deus por estar aqui, porque eu sei que esse país é um país maravilhoso. Só num país como o Brasil, com a democracia que temos, é possível uma pessoa que nasceu lá na Floresta Amazônica, que foi analfabeta até os 16 anos, que teve que passar por várias dificuldades de saúde, pode chegar aqui na condição de se colocar como a primeira mulher de origem humilde para ser presidente da República. Esse Brasil já conseguiu restaurar sua democracia, teve um sociólogo que fez as transformações econômicas, um operário que fez as transformações sociais e eu para fazer as grandes transformações na educação.
William Bonner: Obrigado, candidata. Muito obrigado pela sua participação aqui, ao vivo, no Jornal Nacional.
Marina Silva: Eu é que agradeço.
William Bonner: Quero lembrar que, amanhã, o entrevistado aqui no JN será o candidato do PSDB, José Serra

Posted by por AMC on 19:09. Filed under , , , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response

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