|

40 graus afastam público do 14.º aniversário da CPLP

Os 40 graus que se faziam sentir em Lisboa afastaram as pessoas da festa do 14.º aniversário da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que começou hoje pelas 17h30 na praça da Figueira.
Coube aos timorenses Bei Gua abrir a festa e ao DJ Fiúza fazer a animação entre cada um dos artistas. «Isto até pode estar muito bem, mas este calor afasta o pessoal, e muita gente nem sabia, ou preferiu a praia», disse Manuel Bento, um dos cerca de mil espectadores que assistiam à festa.
Tal como Manuel Bento, a maioria das pessoas procurava a sombra da estátua de D. João I, ali erguida, para fugir ao sol.
Pelo palco provisoriamente instalado irão passar até às 23:00 representantes de cada um dos Estados membros da CPLP, estando ainda previsto a presença do secretário executivo da organização, Domingos Simões Pereira, pelas 23h, que lerá uma mensagem especial.
Alguns restaurantes daquela zona da capital, em sintonia com os sons da Lusofonia que se fazem ouvir, decidiram incluir nas ementas pratos e especialidades gastronómicas característicos dos diferentes países como muamba, cachupa, pastel de nata ou chamuça.
O espectáculo é apresentado pela actriz e locutora da televisão de Moçambique Vânia Oliveira (ex-elemento das Delírio) que, desde o início procurou animar o público.
«Vamos lá mexer esse rabiosque», disse entusiasmada Vânia Oliveira que, no início do espectáculo, enunciou os princípios da CPLP e as suas áreas de intervenção.
Pelo palco, instalado na praça da Figueira, passarão Bonga, Toque de Classe, Eddu, Super Mama Djombo, Ancha, e Akunamatata.
Bonga que ainda não cantou foi já apresentado como o rei da música angolana e a sua actuação é das mais esperadas.«Ouvir e ver o Bonga com seu ritmo foi o que me trouxe aqui e à minha família, até a minha sogra veio», disse Ermilinda Souza. Natural de Angola, Ermilinda Souza, de 25 anos, vive há 20 anos nos arredores de Lisboa mas projecta regressar.«Quando os meus filhos estiverem seguindo a sua vida, o seu caminho estiver definido, penso voltar ao Huambo, ter uma casa com quintal e viver ainda uns anos bons», disse.
A CPLP foi constituída a 17 de Julho de 1996, em Lisboa, por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, tendo, em 2002, passado a incluir também Timor-Leste.
O Português, língua oficial comum aos oito Estados, é actualmente falada por cerca de 240 milhões de pessoas, sendo a quinta mais falada no mundo.
«A vitalidade da CPLP reflecte-se na defesa da democracia e no elevado número de medidas conjuntas que os Estados membros têm adoptado para harmonizar politicas», segundo uma nota enviada à imprensa. A CPLP, lê-se na mesma nota, tem cooperado «em domínios como a Justiça, a Educação, as Forças Armadas, Ambiente e Migrações» e na área cultural.
A festa de hoje inscreve-se também na campanha da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) «um milhão contra a fome», que convida todas as pessoas a utilizarem um apito para «expressar o repúdio» pela existência, em pleno século XXI, de mais de mil milhões de seres humanos famintos no mundo.
Na praça da Figueira, vários voluntários recolhiam assinaturas, usando um apito amarelo, para a mesma campanha

publicado no jornal Sol

Posted by por AMC on 22:36. Filed under , , , , , , , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response

0 comentários for "40 graus afastam público do 14.º aniversário da CPLP"

Leave a reply