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Desastre ecológico no Golfo do México (actualização)


O presidente Obama anunciou que vai ao Golfo do México, dado o significado e a repercussão potencial da Maré Negra que já obrigou os estados da Louisiana, Florida e Alabama a decretarem o estado de emergência. O desastre ecológico, provocado pela explosão e afundamento da plataforma petrolífera Deepwater Horizon, explorada pela britânica BP, deixou três fugas a 1500 m de profundidade que, desde dia 20 de Abril, estão a derramar no mar o equivalente a 5 mil barris de petróleo por dia.
Nada parece ser capaz de conter a mancha que alastra em direcção à costa meridional, ameaçando as praias imaculadas da Louisiana, o delta do Mississípi, as suas áreas protegidas e refúgios de vida selvagem.



Ponto da situação:

O pessoal que se dedica a combater este desastre ecológico tem estado a desdobrar quilómetros e quilómetros de barreiras insufláveis, numa esperança quase vã de combater a maré negra. Mas os ventos fortes e os mares alterosos já destruíram algumas dessas barreiras, atirando com elas para terra.



Enquanto isto, começou a anunciar-se que a empresa britânica que operava a plataforma em causa, a BP, não tinha quaisquer planos de emergência para uma situação destas, que ameaça os frágeis habitats de vida selvagem existentes no litoral.
Um relatório encomendado pela própria British Petroleum (BP) chegara à conclusão de que seria improvável qualquer incidente deste género, levando a administração da mesma a entender que um desastre ecológico no Golfo do México era algo praticamente impossível.
Os apelos a uma rápida acção contra a multinacional britânica estão a ser dirigidos pela secretária norte-americana da Segurança Interna, Janet Napolitano, mas o próprio Presidente Barack Obama e o governador do Luisiana, Bobby Jindal, também já criticaram a inconsciência verificada.
Só agora é que o presidente do Conselho de Administração da BP, Tony Haywood, se encontra a caminho do Louisiana, para coordenar pessoalmente as tentativas de se minimizarem os efeitos daquilo que não se conseguiu evitar.
São agora milhares os trabalhadores mobilizados nos três estados afectados para tentarem limpar a maré negra e proteger os bancos de pescas e todos os habitats de vida selvagem. Só o governador do Louisiana foi autorizado a recorrer a pelo menos 6.000 soldados da Guarda Nacional para esta ciclópica tarefa.
A Casa Branca anunciara ontem que não daria luz verde a explorações de petróleo em novas áreas até se finalizar o inquérito ao derrame do Golfo do México, onde a mancha do crude derramado poderá destruir locais de nidificação de algumas espécies.
Este acidente, ocorrido a 20 de Abril, poderá custar no mínimo centenas de milhões de dólares à multinacional BP, nome adoptado em 1954 pela antiga Anglo-Persian Company, fundada em 1904 e que tem a sede em Londres.


Cf. também:

The Gulf Coast BP Oil Spill: A Timeline
Factsheets - download and detailed documents with background and technical information
Images and Videos of the Deepwater Horizon Incident - Site NOAA
SLIDESHOW: Giant Oil Spill Threatens Gulf Coast
Photos: Oil Spill Hits Land, Birds
Pictures: Gulf Oil Spill Hits Land—And Wildlife
The 5 Biggest Oil Spills in History 
Who's Still Spilling Oil in the Seas?
Gulf Oil Spill Fight Turns to Chemicals
FP EXPLAINER: What Happens to the Oil After an Oil Spill? - By Joshua Keating
Click Here: day-by-day look at the growing oil spill
Pour suivre l'évolution de la nappe de pétrole dans le golfe du Mexique -  le site de la NOAA
 
e ainda:

Posted by por AMC on 22:30. Filed under , , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response

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