"Jovem suicida-se após 200 entrevistas de emprego mal sucedidas"
Leio no Sol:
Vicky Harrison suicidou-se aos 21 anos depois de ser recusada em mais de 200 entrevistas de trabalho. A jovem britânica morreu devido à toma de muitos comprimidos depois de procurar emprego ao longo de dois anos. A jovem deixou apenas uma nota dizendo que não queria continuar a viver sendo como era. Porém, segundo o namorado Nathan, que ainda não acredita que a jovem desapareceu, «Vicky era uma rapariga que sobressaía, divertida e bonita». A mãe da jovem, Louise, de 43 anos, afirma que Vicky era «uma menina brilhante e inteligente, mas que se deixou deprimir ao não encontrar emprego. Estar parada tanto tempo era para ela humilhante e não aguentava mais».
Em Portugal, notícias como esta atordoam. Por parecerem tão pouco prováveis e, no entanto, se revelarem demasiado reais. Por soarem absolutamente inacreditáveis e, todavia, serem – a cada dia que passa – cada vez mais plausíveis.
E é por isso que não consigo deixar de me repugnar com a facilidade que a ala liberal tem de olhar para quem está desempregado e, como muito bem aponta o João Galamba, erguer um dedo acusador e sentenciar: «a culpa é toda tua; todo o desemprego é voluntário».


