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São Paulo recebe o 5º encontro dos "Seminários Diversidade Cultural – Entendendo a Convenção"

Diversidade Cultural 
Ao longo do ano de 2009, o Ministério da Cultura brasileiro promoveu, através da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural, uma série de cinco seminários com o tema Diversidade Cultural – Entendendo a Convenção.
Esses seminários tiveram como objectivo principal divulgar e debater o conteúdo e os desafios colocados pela Convenção Sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, adoptada pela Assembleia Geral da Unesco em Outubro de 2005 e promulgada no Brasil pelo Decreto-Lei nº 6.177, de 1º de Agosto de 2007.
A iniciativa elegeu como público principal os gestores públicos e privados de cultura das respectivas regiões. Foram realizados seminários em Belo Horizonte (MG), Souza (PB), Boa Vista (Roraima) e Campo Grande (MS), numa ronda que se completará agora em São Paulo (SP), nos dias 17 e 18 de Novembro,  sede do último encontro do ano.
Neste blog estão reunidas todas as informações sobre a programação, os conferencistas e conteúdos apresentados.


Seminários Diversidade Cultural – Entendendo a Convenção


O evento reunirá, mais uma vez, gestores públicos e privados para discutir os conceitos, objetivos e princípios diretores da Convenção, adotada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2005 e ratificada pelo Brasil em 2007.
Promovido pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/MinC), o Seminário conta, nesta edição, com a parceria do Instituto Itaú Cultural, local da realização do evento, e do Observatório da Diversidade Cultural.
A Convenção da Unesco, já adotada em 103 países, tem como principal objetivo proteger e promover a diversidade das expressões culturais, materializadas e transmitidas principalmente pelas atividades, bens, serviços culturais, línguas e costumes de cada comunidade. Além de reafirmar o direito soberano dos Estados de formular e implementar suas políticas culturais, a Convenção disponibiliza uma série de medidas que as Partes podem adotar para proteger e promover a diversidade das expressões culturais em seu território.
“A Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais foi criada exatamente porque a diversidade cultural no mundo corre perigo. A globalização econômica e financeira e o progresso das tecnologias de informação e comunicação facilitaram a circulação dos bens e serviços, o que resultou em uma maior interação cultural. O problema é que essa interação tem acontecido de maneira profundamente desigual, com um fluxo de bens e serviços culturais direcionado principalmente dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento”, alerta Giselle Dupin, coordenadora de Articulação, Formulação e Conteúdo da SID/MinC e membro da delegação brasileira no Comitê Intergovernamental da Convenção.
“O exemplo mais visível desse desequilíbrio é a oferta de filmes no mundo. As grandes produtoras cinematográficas são norte-americanas e detêm cerca de 90% do mercado mundial de audiovisual, incluindo filmes e programas para a televisão”, cita Giselle, que fará palestra no Seminário sobre os princípios básicos da Convenção e do andamento das negociações com o Comitê Intergovernamental.
O secretário da Identidade e da Diversidade Cultural do MinC, Américo Córdula, participa da solenidade de abertura do evento, pela manhã, e na parte da tarde fala sobre as ações que estão sendo desenvolvidas para a proteção e a promoção das expressões representativas da diversidade cultural do país e como as políticas públicas de Cultura no Brasil estão respondendo aos desafios da Convenção. Participam da mesa de abertura, como convidados, o secretário municipal de Cultura de São Paulo, Carlos Augusto Calil, e a presidente do Itaú Cultural, Milú Villela.
Ainda no dia 17, o evento também terá como palestrantes Hirton Fernandes, coordenador de Culturas Populares da Secretaria de Cultura da Bahia, e André Sturm, coordenador da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. No dia 18, proferem palestras sobre a Diversidade Cultural e a participação da Sociedade Civil José Márcio Barros, do Observatório da Diversidade Cultural; Azelene Inácio Kaingang, socióloga indígena do Mato Grosso; João Batista da Luz, representante da Comunidade Quilombola dos Arturos de Minas Gerais; e Renata Katsue Yuba, representante da Comunidade Japonesa Yuba de São Paulo. A programação completa está no site blogs.cultura.gov.br/diversidadecultural.
Esse é o quinto e último encontro de uma série realizada ao longo deste ano, e que terá continuidade em 2010, pela Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura para divulgar a Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais. O primeiro, voltado para os gestores da região Sudeste, aconteceu no mês de junho, em Belo Horizonte. O segundo foi realizado em Sousa, na Paraíba, reunindo gestores públicos e privados de Cultura de todo o semiárido nordestino. Em agosto, em Boa Vista, foi a vez dos gestores da região Norte. O quarto encontro reuniu gestores do Centro-Oeste, em Campo Grande, nos dias 6 e 7 deste mês. Outras informações sobre o Seminário: (61) 2024-2383, com Júlia Tolentino.

fonte: Ministério da Cultura


Palestrantes do Seminário da Diversidade em São Paulo – SP

americo-3 AMÉRICO CÓRDULA Ator e pesquisador em culturas populares, formado em Ciências da Computação pela Universidade Mackenzie de São Paulo. Foi coordenador do Fórum Permanente das Culturas Populares, que idealizou junto com o Ministério da Cultura o 1º Seminário Nacional de Políticas Públicas das Culturas Populares, realizado em Brasília em fevereiro de 2005. Atualmente, é o Secretário da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultural, órgão responsável pela condução das políticas públicas para os eixos da diversidade cultural tais como: Culturas Populares, Culturas Indígenas, Cultura LGBT, Culturas Ciganas, Diversidade Etária, Saúde e Cultura (Deficientes, Transtorno Mental e Saúde do Trabalhador), Rede Cultural da Terra, e Pescadores Tradicionais. Faz parte da delegação brasileira no Comitê Intergovernamental da Convenção da Diversidade Cultural da UNESCO.
André Sturm ANDRÉ STURM Começou no cinema em 1984, aos 18 anos, como programador de cineclube. Desenvolve simultaneamente as atividades de direção, produção, exibição e, principalmente, distribuição de filmes de arte e clássicos do cinema, à frente da Pandora Filmes, que criou em 1989. Cineasta, já fez vários curtas metragens e os longas: Sonhos Tropicais, inspirado na vida do cientista Oswaldo Cruz, e Bodas de Papel. Por este conjunto de atividades, vem participando também da formatação de uma política cinematográfica para o cinema brasileiro. Já chefiou o departamento de programação da Cinemateca Brasileira, e presidiu o programa de exportação de filmes brasileiros criado pelo Sindicado da Indústria do Audiovisual do Estado de São Paulo. Atualmente, é coordenador da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural da Secretaria da Cultura de SP.
Azelene Kaingang AZELENE INÁCIO KAINGANG Socióloga Indígena, graduada pela PUC do Paraná, é Diretora do Warã Instituto Indígena Brasileiro, membro do Comitê Internacional para a implementação da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, membro do Comitê de Líderes Indígenas das Américas, Presidente do Caucus dos Povos Indígenas das Américas, representando a América do Sul, e Articuladora Indígena Brasileira junto ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Azelene é também a representante indígena brasileira no Grupo de Trabalho para a elaboração da Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas no âmbito da Organização dos Estados Americanos – OEA. Recebeu o Prêmio Nacional de Direitos Humanos em 2006, na Categoria Promoção dos Direitos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais, e o Prêmio Antonieta de Barros de Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres Indígenas, concedido pela Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina.
giselle-dupin GISELLE DUPIN Graduada em Comunicação Social pela UFMG, com Especialização em Relações Internacionais (PUC/MG) e Master em Gestão Cultural (Paris Dauphine), é Coordenadora da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, e membro da delegação brasileira no Comitê Intergovernamental da Convenção.
fotoHamiltonFaria HAMILTON FARIA (Relator) Mestrado em sociologia. Atuou intensamente em pesquisas de movimentos sociais. Escritor e poeta, possui seis livros publicados.
Trabalhou na fundação do Instituto Pólis, organização especializada em trabalhos voltados para as políticas públicas e para o fortalecimento da sociedade civil.
Desde 1995, participa do Fórum Intermunicipal de Cultura.
Hirton Fernandes HIRTON FERNANDES Mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia, desde 1979 trabalhou como ator e em diversas companhias. Idealizou e coordena na Bahia, desde 2001, o Laboratório de Investigação e Formação do Ator. Representante da Bahia na Câmara Setorial de Teatro, vinculada ao Ministério da Cultura, coordenou o Fórum Itinerante de Cultura que deu início, no âmbito da sociedade civil, à mobilização para a realização da 2ª Conferência Estadual de Cultura da Bahia. Já na gestão Jaques Wagner, como Diretor de Integração Regional, participou da coordenação e da consolidação do processo que culminou na IIª Conferência, após a mobilização dos 26 Territórios de Identidade da Bahia. Atualmente, é o Coordenador de Culturas Populares e Identitárias da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, que atende as comunidades indígenas e quilombolas. Coordenou o E-14, Encontro das Culturas dos Povos Indígenas da Bahia, o Encontro Baiano de Artesanato, Encontros de Culturas Populares em Territórios de Identidade da Bahia, e as Pré-Conferências Setoriais das Culturas Populares e das Culturas Indígenas.
JORGE ANTÔNIO DOS SANTOS JORGE ANTÔNIO DOS SANTOS Diretor de Eventos da Comunidade dos Arturos de Contagem, Minas Gerais. Jorge exerce o ofício de operador de máquinas pesadas, e na comunidade é Capitão da Guarda de Moçambique da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, coordenador do Grupo Arturos – Filhos de Zambi, e o responsável pela preparação para as apresentações das guardas em festas da Comunidade e de convidados. É responsável pelo agendamento e atendimento de visitas à comunidade, dos alunos de escolas públicas e particulares de Contagem e da Região Metropolitana de Belo Horizonte, além de outras cidades. Responde, também, pela organização da participação de membros da Comunidade em documentários para cinema e televisão, e ensaios fotográficos produzidos por diretores, fotógrafos e orientadores de teses. Jorge também é mestre-oficineiro de Percussão e confecção de tambores no Festival de Inverno nas cidades de Congonhas, Ouro Preto, Mariana, Bocaiúva, Ouro Fino, Igarapé e Belo Horizonte etc.
jose-marcio-pinto-de-moura-barros JOSÉ MÁRCIO PINTO DE MOURA BARROS Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais, é Mestre em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas e Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor do Programa de Pós Graduação em Comunicação da PUC Minas, e do Curso de Ciências Sociais e Comunicação Social da PUC Minas. É professor e coordenador pedagógico dos cursos de especialização de Ensino e Pesquisa no campo da Arte, Cultura e Educação da Escola Guignard da Universidade do Estado de Minas Gerais, e do curso de especialização em Gestão Cultural na Universidade de Cuiabá. É autor do livro “Comunicação e Cultura nas avenidas de contorno”, publicado pela Editora PUC Minas, e organizador da obra “Diversidade Cultural da proteção à promoção”, publicado pela Editora Autêntica. É o Coordenador do Observatório da Diversidade Cultural, entidade parceira do MinC na realização deste Seminário.
João Baptista Pimentel Neto JOÃO BAPTISTA PIMENTEL Jornalista e produtor cultural, foi Secretário Municipal de Cultura e Diretor de Difusão Cultural de Rio Claro (SP), e Presidente da Federação de Cineclubes do Estado de São Paulo. Atualmente, é o Diretor de Articulação e Comunicações do Congresso Brasileiro de Cinema, e Secretário Geral do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros, além de Membro do Conselho Consultivo da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Coordenador do Difusão Cineclube, é membro atuante de várias redes, com destaque para a Coalizão Brasileira pela Diversidade Cultural e a Rede Mundial de Artistas em Aliança.

JULIANA FLORY GONÇALVES DA MOTTA Atriz formada pelo curso técnico do SENAC, coordenado por Lino Rojas, é membro do Instituto Pombas Urbanas desde 1994, tendo sido assistente de Coordenação de todos os projetos ali desenvolvidos, tais como o 1º Encontro Comunitário de Teatro Jovem da Cidade de São Paulo, e os projetos Arte em Construção: Semeando Asas na Comunidade (2008/09), Mapeamento e Diagnóstico Cultural para o Programa Fábricas de Cultura (2004/09), 5 Zonas de Grafitti, ganhador do Concurso de Apoio à Produção de Espetáculos Inéditos de Teatro promovido pelo Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, e Canto das Letras, ganhador do prêmio Itaú-Unicef de Educação.

ALINE CÁCERES Formada em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina, atua junto à Administração Pública desde 2003, quando ingressou como servidora da Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto. Em 2005, tornou-se assistente administrativa da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”. Em 2008, deu início a uma temporada de estudos na Universidade de Aveiro, em Portugal, na área de Teoria da Literatura. De volta ao Brasil, passou a integrar a equipe do Centro Cultural da Espanha em São Paulo e da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento – AECID, cumprindo o papel de apoio administrativo e assistente de Direção.

RENATA KATSUE YUBA Filha caçula de Issamu Yuba, fundador da Comunidade agrícola Yuba, localizada em Mirandópolis, interior de São Paulo, e formada por cerca de sessenta nipo-brasileiros oriundos de vinte famílias. A filosofia da comunidade foi elaborada por Isamu Yuba (1906-1976), imigrante japonês que fundou a colônia em 1935. Na fazenda Yuba as crianças aprendem que cultivar a arte é tão importante quanto o trabalho na roça. Quando não estão cultivando a terra, os 70 moradores desta comunidade dedicam-se à dança, à música, ao teatro, à literatura e à pintura. Renata é escritora, autora do livro “Katsue e seus Contos”, e também Cantora Lírica e Artista Plástica.

ROSA ACEVEDO MARIN Graduada em Sociologia pela Universidade Central de Venezuela, é Doutora em História e Civilização pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, na França. Especialista em desenvolvimento de áreas amazônicas, atualmente é professora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará e participa do Projeto Nova Cartografia Social dos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil. Executou por 15 anos um projeto de mapeamento de comunidades negras rurais no Pará, em parceria com a Coordenadora do NAEA, Edna Castro.



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