Sugestão sonora: Banda Eddie... bárbaro!!

Na sequência do último post, e já que estamos na sintonia do melhor da música que se anda a fazer por Pernambuco, não resisto a voltar a falar deles: Banda Eddie, com raízes na cidade-jóia de Olinda. Na estrada faz tempo e quatro álbuns depois, a mistura explosiva que desce aos ritmos tradicionais do frevo e lhe junta um interessantíssimo aditivo de punk-rock, continua desconhecida em Portugal.
Então, Pessoas, aqui estou eu usando o modestíssimo préstimo do Conexão Lx para compensar o pecado. É um som virtuoso demais para esbarrar na parede de água do Atlântico. São boas as letras, sem medo de abocanhar as palavras, mesmo as mais ácidas. São ardidas e azedas na percepção, inteligentes a mexer com a métrica e a plasticina da língua.
A banda está na origem da invenção do Manguebit, que tanto 'esquenta' a margem de lá do oceano, mas não se fechou na fórmula e o resultado é o que se escuta, por exemplo nessa faixa retirada do Carnaval no Inferno. Do reggae ao fanfare, passando pelos requebros afro da velha África-Mãe, cabe tudo na alquimia com um groove de eletrónica que é quase uma assinatura incendiária, especialmente se calham a pisar um palco ao ar livre e a multidão é grande. Só estando lá para sentir ao vivo o alcance que o som dos Eddie incorpora, uma vez sacado ao círculo do laser.

Seria uma óptima aposta para o palco principal do Festival Delta Tejo, ao rasgar do lusco-fusco, quando o crepúsculo começa a cair lá para as bandas do Alto da Ajuda. Ou para o Sagres SurfFest, se for para entrar no óbvio do espírito e da 'ginga' da coisa.
Allô, allô, Luís... Joanna...! :)

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