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Oscar Niemeyer disposto a visitar Lisboa para terminar único projeto em Portugal

O arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, 102 anos, continua esperançado em ver terminada a sede da Fundação Luso-Brasileira, em Lisboa, o seu único projeto em Portugal continental, e está disponível para se deslocar à capital portuguesa para falar com as autoridades locais.
No final do ano, Niemeyer tenciona ir a Espanha para a inauguração do Centro Cultural de Avilés, nas Astúrias, disse o arquiteto carioca num encontro que manteve com o conselheiro de imprensa da Embaixada de Portugal em Brasília, e admite seguir depois para Lisboa. Carlos Fino, que foi recebido pelo arquiteto no seu ateliê na avenida Atlântica, no Rio de Janeiro, disse à Lusa que Niemeyer mostrou a disponibilidade de passar por Lisboa, se houver interesse das autoridades locais em retomar o projeto concebido no início dos anos 90.


O projeto prevê um edifício-sede, um anfiteatro, uma zona comercial, espaços para exposições e uma biblioteca, além de um instituto para formação de quadros dos países lusófonos.

"Toda a vida me chamaram de Niemeyer. Não sei porquê"

No mesmo encontro, conta Carlos Fino, Niemeyer recordou as suas raízes portuguesas. Filho de Oscar de Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro de Almeida, Óscar Niemeyer nasceu a 15 de dezembro de 1907 no Rio de Janeiro, na rua Passos Manuel, que mais tarde mudou para o nome de seu avô materno, Ribeiro de Almeida, durante muitos anos juiz do Supremo Tribunal Federal e por quem Niemeyer sempre nutriu grande admiração.
“Talvez por isso e até pela parecença, toda a vida sempre me senti mais Ribeiro de Almeida”, sublinhou o arquiteto no encontro com o conselheiro da Embaixada portuguesa, que tem um vídeo na internet em que justamente se interroga sobre o que teria levado as pessoas a chamá-lo pelo outro nome. “Toda a vida me chamaram de Niemeyer. Não sei porquê”, afirmou.
Carlos Fino disse que o arquiteto lhe falou do Brasil "como a continuação de Portugal", com "o mesmo espírito, as mesmas tendências – a bondade, o espírito de solidariedade, a simplicidade, o mesmo espanto perante a grandeza do Universo". A própria arquitetura brasileira antiga, sublinhou, "é a continuação da arquitetura portuguesa".
Além do avô, outra personagem que Niemeyer referiu na sua ligação a Portugal foi o advogado, jornalista e escritor brasileiro Rodrigo Melo Franco de Andrade, fundador e durante 30 anos diretor da instituição federal do património histórico e artístico nacional, atual IPHAN, que iniciou o arquiteto na literatura portuguesa, como Diogo do Couto, Camões e Eça de Queiroz. Essa profunda relação entre Portugal e Brasil, disse Niemeyer, aliás Ribeiro de Almeida, no encontro no seu ateliê, não vai perder-se: "Vamos continuar, como sempre, países irmãos e amigos.”

via Agência Lusa

Oscar Niemeyer recebe Conselheiro de Imprensa da Embaixada de Portugal

Oscar Niemeyer recebeu no seu ateliê na avenida Atlântica, no Rio de Janeiro, o Conselheiro de Imprensa da Embaixada de Portugal no Brasil. Carlos Fino, que era acompanhado pelo Secretário de Cultura do Distrito Federal, Silvestre Gorgulho, presenteou o arquiteto brasileiro com uma coleção completa em DVD dos 13 programas da série televisiva "Brasil, Portugal - Lá e Cá", uma coprodução da TV Cultura de São Paulo com a RTP2, de Portugal, em que participou, tendo convidado Oscar Niemeyer a integrar uma segunda série, atualmente a ser considerada.
Na ocasião, Oscar Niemeyer, 102 anos, afirmou continuar esperançado em ver terminada a sede da Fundação Luso-Brasileira, em Lisboa, o seu único projeto em Portugal continental, estando disponível para se deslocar à capital portuguesa para falar com as autoridades locais.
"Toda a vida sempre me senti mais Ribeiro de Almeida” - afirmou Niemeyer, referindo-se ao avô materno de origem portuguesa com quem mantinha uma forte ligação afectiva.
O arquiteto falou do Brasil "como a continuação de Portugal", com "o mesmo espírito, as mesmas tendências – a bondade, o espírito de solidariedade, a simplicidade, o mesmo espanto perante a grandeza do Universo". A própria arquitetura brasileira antiga, sublinhou, "é a continuação da arquitetura portuguesa". Por tudo isso - disse - "Vamos continuar, como sempre, países irmãos e amigos.”

via Embaixada de Portugal no Brasil

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