Disco | Novo CD de Herbie Hancock

Oh! Acho que quem canta, dança, rebola E BATE UM BOLO nessa história toda é a Michele Prado. Que ecletismo é esse meu Brasel? Hein? Conta para o Bob! Já passamos por um surf music, entramos numa levada cool, já chegamos a dançar até forró. E hoje o espaço é do Jazz! Portas sempre abertas para o Jazz – com letra maiúscula porque merece. E merece muito. Que vitrolinha danada hein?

Prometi de uns tempos para cá que não iria ficar lotando o blog com meus bordões cotidianos, mas preciso dizer: Herbie Hancock é SURREAL! Fiquei acrílico quando o conheci, e agora então com esse novo álbum recém lançado. Deixa para lé ne? É pegar o vinho, chamar o amor eterno de sua vida, e curtir as músicas – e todas – desse álbum. Partiu em buscar desse amor. RISOS.

Todo mundo um pouco triste hoje. Compreensível. Não são todos que sabem escalar um time vitorioso. Escolher quem te acompanha é uma arte e poucos tem esse talento. Meu “muso”, Herbie Hancock, tem.

E ele começou cedo. Aos 11 anos já embelezava o mundo com sua música. Depois de já ter tocado com Donald Byrd e lançado seu primeiro disco pela gravadora Blue Note (aos 22 anos), Miles Davis o convidou para seu quinteto e, desde então, onde Herbie Hancock toca, tudo de mais maravilhoso musicalmente poderá acontecer.

Ao longo de sua carreira, e põe longa nisso, Hancock lançou 40 discos (sem contar as coletâneas) sempre testando todas as possibilidades da música e, especialmente, do Jazz. Em 2005 gravou um disco com vários convidados, de Christina Aguilera a John Mayer (Possibilities), provocou e provou que o Jazz pode e deve ser popular.

Em 2008, o pianista novamente se rodeou de excelentes músicos e, ainda explorando diversas possibilidades musicais, gravou um disco em homenagem à sua amiga de longa data, Joni Micthel. O cd Rivers é perfeito. Tanto que foi agraciado com um Grammy de Melhor Álbum do Ano. Sim, melhor álbum do ano, e não melhor álbum de Jazz. Herbie Hancock conseguiu ultrapassar a barreira do estilo e pela segunda vez na história do Grammy, um álbum de Jazz ganhou o prêmio máximo da música mundial.

Pianista inigualável, apesar de muitos tentarem, Herbie Hancock não pára. Nada de aposentadoria. Sorte a nossa, pois agora temos o álbum The Imagine Project.

O mundo inteiro em um disco. Uma mensagem de paz através da música. Enquanto a bola está rolando na Copa do Mundo e todas a nações se unem em celebração, ele roda o mundo e escala um time impecável. A brasileira Céu foi uma das convocadas. E fez bonito. Gravaram a belíssima música de Baden Powell, Tempo de Amor. 1X0 para o Brasil. Ou melhor, 3X0, pois o disco também conta com os talentos de Curumim e Paulinho da Costa.

A canção Imagine, de John Lennon, que provavelmente é a segunda música mais cantada do mundo (acho que só perde para o Parabéns Para Você), é interpretada por : Pink, Jeff Beck, Seal, Oumou Sangare, India.Arie, Konono e Hancock (tá bom pra vocês?), e o resultado é surpreendente.

O som do piano de Hancock é único. Sublime. Encantador. E acompanhando qualquer um dos seus convidados, você sempre fica com vontade que ele toque mais um pouco. Mas Herbie Hancock toca só o necessário para beleza. Seus convidados sabem disso. James Morrison sabe disso. E a versão de “A Change is Gonna Come” (Sam Cooke) é um retrato perfeito da beleza.

John Legend, Dave Matthews, Chaka Khan, Wayne Shorter, Marcus Miller, Anoushka Shankar, Los Lobos, Céu, Seal, Pink, Jeff Beck, India.Arie, Konono, Toumani Diabate, Juanes, Susan Tedeschi e Derek Trucks. Todos eles sabem que devem fazer o que seu mestre mandar. E o mestre merece muito respeito já que 70 anos de boa música não é pra qualquer um.

The Imagine Project. Podem preparar o vinho para acompanhar este disco. O meu vinho eu já tenho. É ele. Herbie Hancock. Quanto mais o tempo passa, melhor.

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Posted by por AMC on 23:12. Filed under MUSICA . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response