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Passos Coelho em entrevista à 'Veja': crise portuguesa resulta de «más decisões internas» e não tem a ver com a política europeia

Em entrevista [Actualização: para ler na íntegra] à revista brasileira Veja, deste Sábado (edição nº 2265 de18 de Abril de 2012), Pedro Passos Coelho, afirmou que a actual situação da economia portuguesa foi gerada por «más decisões internas», que nada têm a ver com a política europeia. Diz o primeiro-ministro que «os desequilíbrios existentes em Portugal são resultado de más decisões tomadas por nós mesmos. Usámos mal o dinheiro, seleccionámos mal os projetos de obras públicas, aumentámos os impostos, não abrimos a economia. Os líderes europeus não agravaram os nossos problemas, pelo contrário, ajudaram-nos».

Sobre a probabilidade de o país ter de recorrer novamente a um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Passos Coelho não descartou a hipótese por completo, mas afirmou acreditar que não será necessário. «Creio que não. De qualquer modo, o FMI e a União Europeia comprometeram-se com uma nova ajuda em dinheiro se no futuro subsistir alguma dificuldade», ponderou.
A expectativa, de acordo com o primeiro-ministro, é de que o país volte a emitir títulos da dívida pública, a juros baixos, até setembro de 2013, conforme o prazo previsto.
Passos Coelho confirmou ao semanário que levará adiante o programa de privatizações, citando os setores de energia, transportes, aeroportos, além dos correios e um canal de televisão como os próximos da lista. «O objetivo é tirar o Estado da economia, acabar com o estado patrão, dono das empresas. Pretendemos atrair capital novo para Portugal», reforçou.
Questionado sobre como a opinião pública portuguesa estava a reagir ao programa de privatizações, o primeiro-ministro garantiu que «não tem havido resistência». «Os portugueses sentem que o Estado não foi um bom gestor de empresas. Os cidadãos também sabem que precisamos atrair dinheiro externo para movimentar a nossa economia», declarou.
O primeiro-ministro defendeu ainda que a crise deve ser encarada como uma «oportunidade» para corrigir, entre outros erros, os «desvios existentes nos serviços sociais». «Teremos de corrigir a rede assistencialista de tal modo que aqueles que realmente precisam de ajuda social possam recebê-la, sem abusos», concluiu.
Passos Coelho concedeu a entrevista no Palácio de São Bento, em Lisboa.

via TVI24

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