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Expectativas sobre a visita oficial de Dilma aos EUA, que começa amanhã

Visita de Barack Obama ao Brasil em Março de 2011, logo após eleição de Dilma
A presidente Dilma Rousseff viaja nestas segunda e terça-feira para os Estados Unidos, onde visitará as cidades de Washington e Boston.
Brasil e EUA, os dois maiores países do continente americano, têm um relacionamento longo e amplo, mas segundo os analistas, "superficial": repleto de iniciativas conjuntas que ainda precisam mostrar ao que vêm. Às vésperas da visita oficial, que pretende retribuir a estadia de Obama no Brasil em Março de 2011, o cepticismo é geral e cobra aos dois presidentes resultados concretos durante o encontro. Para que isso se verifique, contudo, é necessário que Dilma e Obama ultrapassem este histórico e as desavenças recentes dos dois países, especialmente no plano internacional.
A crise económica internacional, a Conferência Rio+20 e o Programa Ciência Sem Fronteiras, são temas dados como certos à discussão. Dilma não faz segredo de que tenciona insistir na importância de políticas de incentivo dos EUA para as áreas da ciência, tecnologia e inovação
Na pauta do encontro estão ainda acordos de comunicação, aviação, carne suína e leis agrícolas, bem coo um interesse muito grande em reforçar as relações comerciais, tendo em conta que os EUA foram o segundo maior parceiro do Brasil em 2011.
Quase certo é também que Dilma aproveite a ocasião para conseguir uma maior facilitação dos vistos para brasileiros. Menos líquido, apesar dos rumores, é que a presidente aborde a delicada questão de trazer Cuba para a Cúpula das Américas – a decorrer no próximo fim de semana em Cartagena e onde Brasil e EUA voltarão a estar presentes e encontrar-se –, uma vontade partilhada com a maioria dos países integrantes, mas cuja receptividade deverá ser reduzida, especialmente com o cenário das eleições presidenciais no horizonte de Obama.

Clipping de artigos sobre as expectativas da visita de Dilma aos EUA, clicando no link em baixo.


 
Correspondente da BBC Brasil em Washington, Pablo Uchoa, comenta os principais pontos de fricção nas relações entre Brasil e EUA:
via BBC

Dilma viaja aos Estados Unidos para encontro com Obama

A presidenta Dilma Rousseff embarcou na manhã de hoje (8) para Washington, Estados Unidos, onde se encontra com o presidente Barack Obama, e cumpre agenda em que discutirá temas como a crise econômica internacional, a Conferência Rio+20 e o Programa Ciência sem Fronteiras. 
Hoje, em Washington, Dilma se reúne com empresários brasileiros que estão no país para participar, na segunda-feira (9), de seminário com empresários americanos e discutir alternativas de negócios.
O primeiro compromisso da presidenta, amanhã (9,) será a reunião com Obama, seguida de almoço na Casa Branca oferecido pelo mandatário americano. No início da tarde, os dois presidentes participam do encerramento do Foro de Altos Executivos e, em seguida, Dilma encerra o seminário empresarial Brasil-EUA: Parceira para o Século 21. O último compromisso do dia é um encontro com empresários norte-americanos.
Na terça-feira (10), a presidenta Dilma cumpre o último dia de agenda nos Estados Unidos. Ela vai à Universidade Harvard, uma das instituições educacionais mais prestigiadas do mundo. A visita faz parte da estratégia do programa do governo brasileiro Ciência sem Fronteiras cuja meta é enviar 100 mil pesquisadores brasileiros para o exterior até 2014.
A intenção da presidenta Dilma na viagem aos Estados Unidos é estabelecer uma relação mais equilibrada entre brasileiros e norte-americanos. Dilma pretende dizer a Barack Obama que as diferenças entre o Brasil e os Estados Unidos não afastam, mas garantem a consolidação de parcerias e acordos nos mais diversos setores.
A presidenta ainda ressaltará a importância das políticas de incentivo dos EUA para a ciência, tecnologia e inovação. Na ocasião, ela pretende citar o Programa Ciência sem Fronteiras. link  

Presidente da AEB: visita de Dilma aos EUA marca a retomada da relação comercial entre os dois países

Ao desembarcar hoje (9) em Washington, nos Estados Unidos, em sua primeira visita oficial ao país, a presidenta da República, Dilma Rousseff, leva na bagagem a consolidação econômica brasileira. A condição favorável de país emergente e a economia pujante, deixa o Brasil em posição vantajosa diante dos EUA.
Na avaliação do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto Castro, a visita presidencial marca a retomada da relação comercial entre os dois países. “Desde 2000, esta é a primeira viagem com finalidades comerciais. Antes só havia participações dos presidentes em reuniões da ONU (Organização das Nações Unidas) e do FMI (Fundo Monetário Internacional)”, disse.
Castro destacou que o atual momento de crise econômica mundial favorece ainda mais a posição brasileira no mercado internacional. “O Brasil tem hoje sólida saúde financeira e é isso que tem gerado interesse de outros países. Os Estados Unidos são o maior mercado do mundo, temos que estar lá e nos aproximar do país porque estamos muito distantes. Temos que aproveitar que os Estados Unidos têm interesse no mercado brasileiro que é grande e crescente”, declarou.
Em 2011, o óleo bruto de petróleo foi o principal produto brasileiro vendido aos Estados Unidos. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no período, as exportações brasileiras ao país somaram US$ 25,942 bilhões. O valor representou 10,1% de todos os embarques externos do Brasil, de US$ 256,040 bilhões. De janeiro a março deste ano, as vendas externas brasileiras aos Estados Unidos somam US$ 6,966 bilhões. Aumento de 7,5% ante o mesmo período do ano passado, US$ 4,940 bilhões.
Mesmo com o aumento, o Brasil continua com o saldo deficitário. Em 2011, as importações somaram US$ 34,225 bilhões. No acumulado dos três primeiros meses do ano, as compras dos EUA estão em US$ 7,735 bilhões. Déficit de US$ 769,5 milhões. O presidente da AEB acredita que a visita de Dilma é uma ótima oportunidade para aumentar a participação brasileira no mercado norte-americano. “A Dilma sabe bem que a relação de comércio exterior atual  são negócios e não mais ideologia”. link

# Para OUVIR AQUI: entrevista da CBN com Virgílio Arraes, doutor em História das Relações Internacionais e professor da Universidade de Brasília sobre as expectativas da viagem.

Cf. também: 


# Mais informação: AQUI.

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