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Entretanto, no Porto: a Es.Col.A. da Fontinha foi reocupada


Eles tinham prometido: cumpriram... e passou em directo na TV. Relata a repórter:
A antiga escola do Alto da Fontinha, no Porto, foi reocupada cerca das 17:45 por centenas de pessoas. Centenas de pessoas solidarizaram-se com o movimento ES.COL.A, ultrapassaram as barreiras impostas pela polícia, cortaram os cadeados e reentraram nas instalações.
No pátio grita-se, agora, «a Escola é nossa».

Esteve bem a TVI, que não dormiu na Praça da Liberdade, enquanto cobria a celebração do 25 de Abril no Porto. Atenta à movimentação das pessoas, percebeu que o colectivo Es.Col.A tomava a direcção do local, de onde a Câmara Municipal o despejou à força no dia 19. Percebeu que os populares se iam juntando à marcha e engrossando uma multidão que as ruas mal conseguiam conter. Seguiu atrás e caçou, em directo, o momento em que o cadeado foi cortado e as portas de novo franqueadas [ACTUALIZAÇÃO: ver vídeo].

Fotogalerias: Público | Jornal de Notícias | TVI24 

Para acompanhar AQUI.

[ACTUALIZAÇÃO]

Ativistas saíram e escola da Fontinha voltou a ser entaipada
A escola da Fontinha, no Porto, voltou a ser entaipada, depois de na quarta-feira ter sido reocupada pelos ativistas do coletivo Es.Col.A, que se mantiveram nas instalações até cerca das 23 horas e prometeram regressar, esta quinta-feira, para uma assembleia-geral.
De acordo com fonte policial, citada pela agência Lusa, "tudo decorreu de forma tranquila, apesar dos ativistas terem afirmado ser sua intenção regressar hoje à Fontinha" para a realização de uma assembleia-geral.
Milhares de pessoas - ativistas do coletivo Es.Col.A, populares e participantes das comemorações do 25 de Abril no Porto - ocuparam na quarta-feira, cerca das 17.45 horas, a antiga escola primária da Fontinha, quebrando o cadeado de proteção do portão e entrando no espaço de onde tinham sido expulsos pelas autoridades há uma semana.
Durante toda a tarde, os ativistas retiraram as várias chapas de metal pregadas nas portas e janelas da escola que tinham sido colocadas por trabalhadores da Câmara do Porto.
Às 22 horas de quarta-feira, a música foi desligada e as luzes da escola começaram a ser apagadas, tendo as pessoas arrumado as coisas e começado a abandonar a antiga escola primária da Fontinha para "não incomodar o bairro".
Em declarações aos jornalistas, Ana Afonso, elemento do movimento, explicou que a escola "nunca foi um espaço onde as pessoas ficassem a morar ou a dormir", com a exceção de alguns dias no pré-desalojo devido à "tensão", mas realçando que esta foi uma situação "pontual".
"Eu creio que o que estará em discussão na assembleia-geral é como vamos limpar, reorganizar, recuperar as nossas coisas e voltar às atividades", disse, acrescentando que isso será feito "independentemente do que decidir a Câmara do Porto".
O movimento Es.Col.A ocupou a escola do Alto da Fontinha em abril de 2011, para dinamizar diversas atividades, desde hortas a teatro, passando por ioga e cinema, mas em maio desse ano foi despejado pela Câmara do Porto.
A autarquia acabaria por ceder a escola ao movimento até dezembro de 2011, com o argumento de que a autarquia teria "em fase de negociação" um projeto municipal para aquele edifício, abandonado há cerca de cinco anos.
O movimento revelou em fevereiro ter recebido uma carta da Câmara do Porto "a comunicar o término da cedência" e fonte oficial da autarquia revelou na altura ter autorizado o Es.Col.A a permanecer na escola até ao final de março, enquanto decorriam negociações sobre a ocupação do espaço.


publicado no JN

Cf. também:

Água e luz cortadas na escola da Fontinha
Os trabalhos que estão a decorrer no edifício da antiga escola da Fontinha, no Porto, de onde foi despejado o colectivo Es.Col.A há uma semana, levaram à retirada de todo o equipamento sanitário do espaço, bem como ao corte definitivo da luz e água. A informação foi avançada pelo blogue do próprio movimento e confirmada pelo PÚBLICO.
Sanitas e lavatórios encontravam-se “partidos” e foram já retirados do local, disse ao PÚBLICO fonte ligada ao processo. A luz e a água também foram cortadas por, alegadamente, estar a ser feito um “uso abusivo” das mesmas.
O resumo que o blogue do Es.Col.A faz da operação – que ainda está a decorrer no edifício – é diferente. “Canalização destruída, sanitas e lavatórios para o lixo, haveres da Es.Col.A retirados, mobiliário destruído, instalação eléctrica propositadamente estragada”, pode ler-se no post intitulado “Antes emparedado do que ocupado”.
O edifício foi ontem reocupado por apoiantes do Es.Col.A, durante algumas horas, depois do despejo ordenado pela Câmara do Porto, há uma semana. Nesta quarta-feira, a Polícia Municipal e funcionários camarários regressaram ao local e têm estado a limpar e retirar vários objectos do local.
O novo processo de selagem do edifício deve estar concluído a meio da tarde. Pelas 18h30, o Es.Col.A tem uma nova assembleia popular, no Largo da Fontinha, para decidir o que fazer a seguir.
O Es.Col.A foi criado com o objectivo de prestar apoio à comunidade da Fontinha e organizou, no último ano, várias actividades para crianças (incluindo apoio escolar) e restantes moradores.


publicado no Público

Cf. também:


Prédio devoluto, em Lisboa, ocupado em solidariedade com movimento Es.Col.A

“Sim, o prédio foi ocupado ontem [quarta-feira] à noite e ainda estão lá”, disse o comandante André Gomes à Agência Lusa, não precisando o número de participantes.
Segundo o comandante, os jovens vão ser notificados pela Polícia Municipal para sair do edifício e terão 10 dias a partir daí para o fazer livremente.
“Se não saírem, temos de os tirar de lá coercivamente”, afirmou.
Segundo André Gomes, isso só não acontecerá se a Câmara Municipal de Lisboa, proprietária do edifício, permitir que os jovens lá permaneçam.
A ocupação do prédio em Lisboa já está a ser divulgada no Facebook, rede social em que foram colocadas fotografias, e num manifesto divulgado na Internet em que se afirma que o edifício foi ocupado por cerca de 50 pessoas.
Hoje, pelas 18h realizou-se uma assembleia em Lisboa e para as 21:00 está marcado um jantar na casa ocupada em São Lázaro “em solidariedade com a Es.Col.A”, refere o manifesto.
O movimento Es.Col.A ocupou a antiga escola do Alto da Fontinha em Abril de 2011, para dinamizar diversas actividades, desde hortas a teatro, passando por ioga e cinema, mas em Maio desse ano foi despejado pela Câmara do Porto.
A autarquia acabaria por ceder a escola ao movimento até Dezembro de 2011, com o argumento de que a autarquia teria “em fase de negociação” um projecto municipal para aquele edifício, abandonado há cerca de cinco anos.
O movimento revelou em Fevereiro ter recebido uma carta da Câmara do Porto “a comunicar o término da cedência” e fonte oficial da autarquia revelou na altura ter autorizado o Es.Col.A a permanecer na escola até ao final de Março, enquanto decorriam negociações sobre a ocupação do espaço.
Na semana passada, o movimento foi despejado pela polícia e a Câmara do Porto revelou que estava disponível a permitir a ocupação do espaço até ao fim de Junho, desde que fosse formalizado um contrato de cedência e se fizesse o pagamento de uma renda simbólica de 30 euros. Três activistas do movimento foram nessa altura detidos pela polícia e são julgados em 2 de Maio.
Na quarta-feira, 25 de Abril, milhares de pessoas ocuparam a antiga escola primária, quebrando o cadeado de protecção do portão e entrando no espaço. Durante toda a tarde, os activistas retiraram as várias chapas de metal pregadas nas portas e janelas da escola que tinham sido colocadas por trabalhadores da Câmara do Porto.
Hoje, funcionários municipais entaiparam as entradas do edifício.

publicado no Público

[ANTECEDENTES]

Clipping de notícias sobre o caso, que o blog do Movimento vem compilando na sidebar:

Crónicas do abandono



Posted by por AMC on 18:33. Filed under , , , , , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response

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