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Cadilhe: a direita conta o Governo

Leio no Expresso:
Com um ano de plano da troika a vigorar, o Expresso pediu um balanço a Miguel Cadilhe, ex-ministro de Cavaco, por sinal com as cores do actual Governo de coligação do PSD. 
E não é que até ele Miguel Cadilhe encontra sinais positivos e ameaças preocupantes. O antigo ministro das Finanças recomenda uma tribução excecional sobre riqueza ( "imposto one shot") destinada a abater a dívida pública, reconhece que a situação financeira do sector privado se degradou e receia uma explosão social.
(...) Do lado negativo, encontra a "diminuta tomada de medidas estruturais" ao nível do corte das despesas públicas e reformas de fundo", a omissão de um plano estruturante contra o défice externo; o desemprego, "que as vistas da troika não alcançam" e a "fraqueza da justiça social".
Miguel Cadilhe reconhece que a situação do défice e da dívida pública melhoraram, de facto, mas sobretudo, com medidas transitórias e algumas extraordinárias, não recorrentes. "Ora, isso não nos tranquiliza", refere. E "piorou muito a situação financeira do sector privado". Segundo Cadilhe, a situação social ainda resiste, "mas ameaça abrir brechas cuja iminência é difícil de avaliar". A escalada do desemprego "vai prosseguir". A equidade e a justiça social "estão subalternizadas".
É neste quadro que o ex-ministro das Finanças insiste na recomendação um "imposto one shot" sobre a riqueza "cuja receita seria  aplicada na totalidade à amortização de divida publica". A tributação poderia funcionar, além do mais, "como um contrapeso social".

Nada que

Mário Soares diz que os mais favorecidos têm escapado à austeridade


Leio no jornal i
O coordenador do Bloco de Esquerda afirma que o Governo está "numa voragem em que todos os dias anuncia novas medidas de austeridade". "Mas o que está a fazer na Segurança Social não é outra coisa do que começar o segundo pacote de resgate a Portugal. As medidas sobre a idade da reforma, sobre a privatização da Segurança Social, que o Governo no fundo pretende, é o anúncio do segundo resgate financeiro que o ministro das Finanças [Vítor Gaspar] anuncia na Áustria e o primeiro-ministro [Pedro Passos Coelho] anuncia na Alemanha, mas que em Portugal mentem e desmentem", atacou Francisco Louçã.

http://www.tvi24.iol.pt/opiniao/antonio-capucho-antonio-filipe-opiniao-comentario-politica-mesmo-tvi24/1340763-5339.html
Ontem, no programa Política Mesmo da TVI24, António Capucho (PSD) lembrou que o corte dos subsídios de Natal e de Férias até 2015, bem como o congelamento das reformas são medidas de austeridade muito «expressivas». Criticou a forma como o Governo as comunicou ao país e considerou que «É um grave erro». À semelhança de Louçã, António Filipe (PCP) tem outra visão:  «o Governo prepara o caminho para reconhecer que a este resgate se sucede outro».



Medina Carreira, ex-ministro das Finanças disse no programa Olhos nos Olhos da TVI24, que tomar decisões sobre as reformas antecipadas de forma isolada «é um erro» e defendeu que tudo o que tem a ver com o «estado social» deve ser analisado em conjunto.
 
Para juntar, por exemplo, aos recados de Marcelo Rebelo de Sousa. Ou às críticas de Rui Rio à violência da austeridade sobre os mais desfavorecidos (Cf. vídeo aqui ao minuto 26:17 - 34:19). E às de Pacheco Pereira que, além de ter sido contra o tratado europeu e em defesa de um referendo, também não vê cortes nas "gorduras do Estado", nem sombra das prometidas reformas estruturantes, apenas uma «má fé» inaceitável do Governo na justificação apresentada para os cortes sociais que continuam a pesar sobre os mais pobres. Ou às de Marques Mendes (Cf. aqui) e de António Capucho (Cf. aqui), ambos considerando que o corte dos subsídios de Natal e de Férias até 2015, bem como o congelamento das reformas são medidas de austeridade muito «expressivas». Criticou a forma como o Governo as comunicou ao país e considerou que «É um grave erro».
 

Posted by por AMC on 20:53. Filed under , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response

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