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A propósito dos 148, 2 milhões recuperados pelo ministro da Segurança Social

Depois de ter sido obrigado, primeiro a reformular e depois a recuar, no seu ímpeto justiceiro de reformar a Segurança Social [Cf entrevista a partir do minuto 16:45] e a livrar de todos os doentes, desempregados, idosos, grávidas, crianças, estudantes, desvalidos e afins, o ministro Pedro Mota Soares, atrapalhado com o peso que a sua pasta tem nesta actualização do saldo das contas do Estado, vem hoje lembrar que a cobrança de dívidas à Segurança Social rendeu 148,2 milhões de euros aos cofres públicos. E, para que o atenuante não caia em saco roto, sublinha com a mesma pressa que esse valor representa um crescimento de 35% face aos 109,8 milhões arrecadados no período homólogo de 2011.
Importava escrutinar com outro aprumo de onde vem, exactamente, cada cêntimo dos milhões reembolsados. É alto, sabe-se (muito alto) o valor em dívida à Segurança Social. Acontece que os contribuintes e as empresas não são os únicos em falta. Uma parte considerável do calote vem de entidades públicas e do próprio Estado. Por uma questão de «equidade» e «justiça» – palavras tão caras no discurso do ministro Mota Soares – interessava (e muito!) que tivesse detalhado o total dos 148, 2 milhões recuperados. Para se ter uma ideia das portas a que foi bater na hora de fazer a cobrança.

Posted by por AMC on 11:57. Filed under , , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response

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