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Protestos em Brasília

foto: Elza Fiúza

No dia 2, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) reuniu na Esplanada dos Ministérios mais de 800 lideranças indígenas para discutir a violação aos seus direitos e reivindicar do Governo compromissos que permitam pôr termo à situação.

No dia 5 foi a vez de umm grupo de produtores rurais assentar protesto frente ao Congresso Nacional, em Brasília. O alvo: pressionar os parlamentares a votare as mudanças ao Código Florestal. Argumetam que a medida é importante para evitar que, a partir de Junho, uma grande parte dos proprietários rurais fiquem em situação de ilegalidade por não terem recomposto as áreas de preservação ambiental exigidas pela legislação actual. Acontece que o prazo para isso foi adiado reiteradas vezes, mas os manifestantes não se mostram nem um pouco lembrados do facto. O projecto em discussão na Câmara, de autoria de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), prevê a redução das áreas de preservação permanente - as chamadas 'APPs' -, especialmente nas proximidades de rios, um dos pontos mais polémicos da proposta. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), compareceram 25 mil pessoas.
Do outro lado da barricada, ambientalistas, pequenos agricutores e sem-terra prometeram responder ao protesto dois dias depois e no mesmo local: Brasília.


Na quinta-feira, dia 7, tal como garantido, os movimentos sociais e organizações ambientalistas responderam à manifestação organizada pela CNA e demais sectores do agronegócio, promovendo uma marcha e acto público, que culminaram com o lançamento da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida e protestar contra a alteração do Código Florestal e a aprovação das mudanças apresentadas pelo deputado Aldo Rebello (PCdoB-SP).
A "Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida" reúne entidades como o MST, o Movimento dos Atingidos por Barragens, a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), de Mulheres Camponesas (MMC), além de ambientalistas como o Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace, SOS Mata Atlântica, Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC). A CUT também está nos protestos.

 foto: Marcelo Casal




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Posted by por AMC on 20:52. Filed under , , , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response

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