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No Amazonas existem 648 mil pessoas a viver na miséria

 foto: Euzivaldo Queiroz - 25.03.04


No Amazonas, 648,6 mil pessoas recebem até R$ 70 mensais e estão incluídas na faixa de extrema pobreza definida pelo governo federal. O universo dos miseráveis corresponde a 18,6% do total dos 3,48 milhões de habitantes do Estado, segundo o novo levantamento preliminar do Censo 2010 divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice de pobreza do Amazonas é mais que o dobro da média do País e ficou acima até do Nordeste, que liderou o indicador da pobreza, com 18,1% do total da população, segundo o recorte feito pelo IBGE nos dados do último censo.

Pouco mais da metade dessa fatia da população no Amazonas mora na área rural e concentra uma população indígena de 87,9 mil indivíduos, ou 13,5% do total morando nas áreas rurais. O grupo de extrema pobreza na zona rural é liderado pelos habitantes que afirmaram ser pardos, com 218,5 mil pessoas, que representam 33,6% do total da população. Os amarelos na zona rural são minoria, com 2 mil pessoas. Os negros totalizaram 13 mil pessoas e os brancos, 28,3 mil.

O Amazonas concentra a maior população indígena vivendo em estado de miséria  no País. São 97,9 mil pessoas, equivalente a  15% do total em situação de extrema pobreza no Estado. Assim como a maioria da população brasileira, os pardos lideram a fatia de habitantes nessa faixa de renda, totalizando 440,7 mil pessoas, ou  68% do total.

Os dados do IBGE mostram que do universo de extremamente pobres 68,4 mil pessoas, ou 10,5% dessa população, não possuem banheiro em casa. Do universo de 648,6 mil, 115,9 mil informaram ter banheiro de uso exclusivo. 

Os dados do IBGE mostram que do universo de extremamente pobres 68,4 mil pessoas, ou 10,5% dessa população, não possuem banheiro em casa . Do total de 648,6 mil pessoas, só 115,9 mil informaram ter banheiro de uso exclusivo.

O esgoto atinge a 95 mil habitantes dessa fatia da população e apenas 16,7 mil estão ligados à rede enquanto  78,3 mil têm outro tipo de esgotamento sanitário. Na zona rural, somente 1,2 mil têm fossa séptica.

Outros 57,6 mil habitantes vivendo em situação de miséria do universo disseram ter água regular em casa, sendo 39,2 mil com ligação à rede pública.

A coleta de lixo em caçambas do serviço de limpeza só chega a 7,8 mil domicílios dessa fatia de habitantes. Outros 41,2 mil são levados por serviço de limpeza.



publicado no Diário do Amazonas

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