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Fernando Henrique Cardoso em lisboa - 13 maio

Portugal incutiu nos demais povos lusófonos a capacidade de adaptação, de plasticidade (flexibilidade), de pragmatismo, qualidades que podem ser muito importantes neste atual mundo globalizado, sobretudo se forem usadas em conjunto por estes países, disse hoje o ex-presidente do Brasil.
Lembrando o académico brasileiros Gilberto Freire, Cardoso disse que “os portugueses criaram um mundo, que tem uma série de elementos em comum” e no mundo da globalização, esses elementos podem voltar a ser bastantes importantes.
http://conexaolxmanaus.blogspot.com/2011/05/13-de-maio-o-triangulo-virtuoso.html
 

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Fernando Henrique Cardoso na conferência do SOL: 'O futuro depende da criatividade'


O ex-Presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso afirmou hoje em Lisboa que as economias vencedoras da crise serão aquelas capazes de propor novas áreas de investimento, apelando ao aproveitamento de uma criatividade inata aos países lusófonos.
Na conferência Triângulo Virtuoso Portugal - Angola - Brasil, o ex-Presidente defendeu que as nações lusófonas são caracterizadas por uma «plasticidade» e uma «capacidade de adaptação e de compreensão do outro» que conferem a estes países uma vantagem competitiva para enfrentar os desafios da globalização. Esta, segundo Fernando Henrique Cardoso, é «a marca mais importante da cultura portuguesa».
Durante a intervenção, FHC, como é popularmente conhecido no Brasil, pôs em causa a liderança do processo de globalização por parte dos Estados Unidos e da China num novo século multipolar. «Será que o dólar é assim tão forte? Serão os americanos capazes de escapar ao seu endividamento brutal?», questionou o antigo chefe de Estado.
Já os chineses «copiam, e muito bem», mas ainda não inovam, sentenciou, apontando contudo os avultados investimentos de Pequim nas áreas das energias alternativas e dos transportes não poluentes como a principal frente da batalha para a sua afirmação global. «Se conseguirem criar algo, serão donos do mundo», afirmou.
Para Portugal, Brasil e Angola, «a capacidade de criar breakthroughs, caminhos novos, será fundamental», disse FHC, que apelou ao incremento das políticas públicas para as indústrias de ponta e das novas tecnologias.
Na passagem por Lisboa, o antigo chefe de Estado aludiu à actual situação da economia portuguesa apenas por breves instantes, afirmando confiar que o país será capaz de se «ajustar», como fez em relação «à descolonização e à Europa». No entanto, FHC defendeu que a recuperação portuguesa, tal como a afirmação de um bloco lusófono, dependerá também da capacidade da Europa se «reconsturir de forma sólida e estável».

publicado no Sol

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Em Portugal, FHC poupa Dilma e critica postura de Lula



Oito anos depois de deixar o Palácio do Planalto, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ainda mantém uma intensa agenda de palestras pelo mundo.
Nesta sexta-feira (13/5), ele foi o coadjuvante de luxo na conferência "Triângulo Virtuoso Portugal-Angola-Brasil", organizada pelo jornal português "Sol".
Bem a vontade diante de uma palestra praticamente sem brasileiros, ele disse em tom de brincadeira que o ex-presidente Itamar Franco "enganou-se" ao indicá-lo para o cargo de ministro da Fazenda.
Segundo FHC, o ex-presidente Fernando Collor foi "ousado" ao abrir a economia. Na parte séria de sua fala, o ex-presidente afirmou que os países lusófonos são caracterizados pela "plasticidade" e "capacidade de adaptação e de compreensão do outro". Isso, segundo ele, confere a estes países "uma vantagem competitiva para enfrentar os desafios da globalização".
FHC questionou, ainda, a liderança do processo de globalização dos Estados Unidos no que chamou de século multipolar. "Será que o dólar é assim tão forte? Serão os americanos capazes de escapar ao seu endividamento brutal?".
Em relação a crise portuguesa, o ex-presidente disse que o país será capaz de se "ajustar," como fez em relação "à descolonização e à Europa". No entanto, defendeu que a recuperação portuguesa, tal como a criação de um bloco lusófono, dependerá também da capacidade da Europa se "reconstruir de forma sólida e estável".
Em entrevista à edição portuguesa da revista Foreign Policy, que chegou às bancas essa semana, FHC foi mais ousado. Ele afirmou que a presidente Dilma Rousseff "é mais comedida nas palavras e no gesto que o antecessor" e deu "mais atenção a questão dos direitos humanos".
FHC preservou Dilma, mas não perdeu a chance de criticar Lula: "O que piorou foi o recrudescimento do clientelismo e da incrustação de interesses partidários e sindicais na máquina pública no último governo."

publicado no Brasil Económico

Posted by por AMC on 12:19. Filed under , , , , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response

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