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O trabalho doméstico é a ocupação mais frequente das mulheres negras e indígenas da América Latina

Nota publicada pela Organização Internacional do Trabalho sobre o trabalho doméstico, com dados como salário médio e taxa de prevalência por país, mostra que 14 em cada 100 mulheres da América Latina que trabalham fora de casa são empregadas domésticas. Os dados também revelam que esta profissão, precisamente a mais comum entre as mulheres latino-americanas, é uma das que apresenta o maior nível de incumprimento das leis do trabalho.
Na realidade os números são maiores do que os mencionados porque só menos de um terço destas trabalhadoras são registadas, sendo que - não obstante a proibição do trabalho infantil - muitas são raparigas e crianças menores de idade, o que dificulta a precisão dos dados sobre esta actividade.
No geral, estas mulheres são de origem indígena e afro-descendente, possuem uma baixa escolaridade, têm vedada qualquer possibilidade de outra qualificação específica, não possuem experiência de trabalho, nem acesso a redes sociais feministas. Grande parte delas são migrantes de áreas rurais. Por norma, a extensão das jornadas de trabalho a que estão sujeitas impossibilita-as de melhorar as suas condições materiais ou intelectuais. Acresce a precariedade do ofício.
Para combater esta realidade, a OIT iniciou discussões sobre a adopção de um instrumento internacional capaz de garantir os direitos das trabalhadoras domésticas. A proposta de uma Convenção e/ou Recomendação sobre o tema será debatida em Junho deste ano, na próxima conferência internacional do trabalho.

Para ler o documento na íntegra: aqui.

Cf. também: aqui e aqui.

Posted by por AMC on 15:57. Filed under , , , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response

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