|

Camila Pitanga quebra protocolo de cerimónia oficial e pede: «VETA, DILMA!»

via NBR TV- 04.05.2012

A actriz Camila Pitanga acaba de demonstrar que não só deu a cara, como está de alma e coração na luta contra o novo Código Florestal. Agora há pouco, enquanto apresentava a cerimónia oficial da atribuição dos cinco honoris causa a Lula, ela quebrou o protocolo e, apanhando todos de surpresa, dirigiu-se à presidente Dilma com um pedido que a deixou desconcertada e fez a sala explodir em aplausos: «... VETA, DILMA!». Valeu!

"Veta, Dilma!": fenómeno nas redes sociais

A discussão sobre o novo Código Florestal brasileiro é árida, técnica e gera dúvidas até entre aqueles que acompanham o assunto pela mídia. Apesar disso, o esforço das equipas de comunicação de várias  ONGs empenhadas no seu debate público tem conseguido a façanha de fazer o assunto "bombar" nas redes sociais.
Se você usa o Facebook ou o Twitter, certamente já viu algum amigo compartilhar alguma imagem bem-humorada da campanha "VETA, DILMA!".
Tudo começou em Agosto do ano passado, quando as ONGs, começaram a usar a web para informar o público leigo sobre o projecto que altera o Código Florestal. Durante as votações, faziam vigília e colocavam especialistas para explicar, online, os pontos polémicos dos textos, como a questão da amnistia aos desmatadores.
Em Outubro, foi lançada a campanha "Floresta Faz a Diferença" (#florestafazadiferenca), encabeçada pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, uma coligação formada por 163 organizações da sociedade civil. Com a participação do cineasta Fernando Meirelles, a campanha juntou celebridades como Wagner Moura, Gisele Bündchen, Alice Braga e Rodrigo Santoro dispostas a alertar as pessoas, por meio de vídeos e fotos, sobre os prejuízos que os termos da revisão do Código Florestal poderia causar ao Brasil . Foi o primeiro passo para popularizar o tema, até então restrito a políticos, ambientalistas e gente politizada.

O movimento com os dizeres "Veta, Dilma!" começou logo depois, em dezembro. "O texto que saiu do Senado era tão ruim, que começamos a campanha desde então", conta Bazileu Margarido, integrante do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), uma das organizações que ficou responsável pelo trabalho nas redes sociais.
Mas a repercussão só aumentou em abril deste ano, com um grande movimento organizado para o dia 22 (Dia da Terra) e, logo em seguida, no dia 25, quando a Câmara dos Deputados aprovou uma nova versão do texto, com as alterações propostas pelo relator Paulo Piau (PMDB-MG). Como ironiza Margarido, em vez de ficar com o "texto ruim" do Senado, os deputados optaram pelo "horroroso, péssimo".
A discussão entrou para o rol de assuntos mais abordados do Twitter e continuou em alta mesmo quando as ONGs decidiram modificar os dizeres para "Veta tudo, Dilma!". "Por uma questão técnica, não é mais possível corrigir o texto com vetos parciais; não é possível recuperar o que foi suprimido, como o Art. 1º", explica Margarido, justificando a leve mudança de estratégia. O objetivo das ONGs, agora, é mobilizar a opinião pública para que a presidente vete o projeto por inteiro e o debate seja recomeçado do zero (argumentos: AQUI).
"Achamos que o assunto ia esfriar no feriado, mas só cresceu", comemora Carolina Stanisci, assessora de comunicação do IDS. Além das peças postadas pelas ONGs, o público começou a fazer suas próprias montagens, creditando a frase "Veta, Dilma" a personagens como Spock (de "O Caminho / A Jornada nas Estrelas") e Mafalda (do cartunista Quino).
Resta saber qual a influência disso tudo na decisão da presidente. link

Posted by por AMC on 17:20. Filed under , , , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response

0 comentários for "Camila Pitanga quebra protocolo de cerimónia oficial e pede: «VETA, DILMA!»"

Leave a reply