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Sugestão cultural | Exposição "Jorge, Amado e Universal" inaugura hoje no Museu da Língua Portuguesa

foto de Eder Chiodetto
A  exposição Jorge, Amado e Universal abriu hoje as portas no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, integrada nas comemorações oficiais pelos cem anos do escritor.
O acervo contém fotografias, objectos, folhetos de cordel, filmes, entre outras preciosidades, sendo que o grosso do conteúdo da mostra nunca foi exposto e visto pelo público. O conjunto de obras pertence à Fundação Casa de Jorge Amado e à família do escritor.
Jorge Amado e Universal fica até 22 de Julho na capital paulista, seguindo depois para o Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador, onde chega a tempo de inaugurar na data de nascimento do escritor,  10 de Agosto, e permanecerá até 14 de Outubro. Oito capitais brasileiras - entre elas Recife e Brasília - bem como outras cidades estrangeiras - como, por exemplo, Buenos Aires - receberão igualmente a exposição.

Exposição Jorge, Amado e Universal, em São Paulo
Local: Museu da Língua Portuguesa
Morada: Praça da Luz, s/nº
Tel.: 0/xx/11/3326-0775
Horário: : de ter. a dom., das 10h às 18h; até 22/7
Data: 17 de abril a 22 de julho de 2012
Entrada gratuita

Exposição Jorge, Amado e Universal, em Salvador

Local: Museu de Arte Moderna da Bahia
Data: 10 de agosto a 14 de outubro de 2012


De quebra, para assistir no sofá, fica o programa De Lá Pra Cá, da TV Brasil, dedicado à vida e obra de Jorge Amado, emitido em Agosto do ano passado, por altura do 99º aniversário do escritor. Com o cineasta Bruno Barreto, o embaixador Alberto da Costa e Silva, a directora da Fundação Casa de Jorge Amado, Myriam Fraga, e apresentação de Ancelmo Góis e Vera Barroso.

Clipping

Jorge Amado e Universal
MLP recebe a exposição “Jorge Amado e Universal”: Um olhar inusitado sobre o homem e a obra
Museu da Língua Portuguesa recebe a exposição “Jorge Amado e Universal”: Um olhar inusitado sobre o homem e a obra.
Parte do calendário oficial em comemoração ao centenário do autor, a mostra que estreia em abril no Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, é uma realização da Grapiúna e da Fundação Casa de Jorge Amado em parceria com o Governo do Estado de São Paulo.
Após SP, Museu de Arte Moderna de Salvador receberá a exposição
A partir de 17 de abril, estará aberta ao público, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, a exposição Jorge Amado e Universal, que faz parte das comemorações oficiais pelos cem anos do escritor chancelada pela Fundação Casa de Jorge Amado.
A mostra trará fotografias, objetos, folhetos de cordel, filmes, entre outros itens, sendo que parte do conteúdo nunca foi vista pelo público.
A realização é da Grapiúna e da Fundação Casa de Jorge Amado, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura do Governo de São Paulo e o Museu da Língua Portuguesa, e o desenvolvimento e organização da Nacked & Associados Mercado Cultural. A direção geral é de William Nacked. Ana Helena Curti responde pela coordenação geral de conteúdo, e Daniela Thomas e Felipe Tassara pela expografia.
Com acervo pertencente à Fundação Casa de Jorge Amado e à família do célebre escritor, entre outros, Jorge Amado e Universal fica até 22 de julho na capital paulista, seguindo para o Museu de Arte Moderna da Bahia – de 10 de agosto a 14 de outubro de 2012. A exibição nestas cidades conta com patrocínio do Banco Santander.
“Essa exposição é um desafio prazeroso de cumprir, tendo em vista a importância e alcance do homenageado e de sua obra. Buscamos elementos para que o público mergulhe em um vasto repertório de conteúdos sobre o homem, o escritor e a obra”, relata William Nacked, diretor geral da iniciativa.
Estão previstas ainda montagens de Jorge Amado e Universal em mais oito capitais no Brasil, como Recife, Rio de Janeiro e Brasília, e pelo menos duas cidades no exterior – Buenos Aires está na rota da exposição.

Sobre a exposição

A mostra será dividida em módulos distintos, cada um deles dedicado a um aspecto marcante na vida do autor. “Não tivemos a pretensão de esgotar nem a biografia, nem a criação ficcional de Jorge Amado. A ideia é fornecer pistas, sugerir caminhos, para que o visitante fique instigado, tenha vontade de ler e de descobrir mais depois da exposição”, explica William Nacked.
O primeiro módulo será dedicado aos personagens – dentre mais de mil nomes, nove foram escolhidos por representar a diversidade e abrangência da obra em diversos períodos: Gabriela e Nacib (Gabriela Cravo e Canela, 1958), Dona Flor (Dona Flor e seus Dois Maridos, 1966), Os capitães da areia (Capitães da Areia, 1937), Pedro Arcanjo (Tenda dos Milagres, 1969), Antonio Balduíno (Jubiabá, 1935), Guma e Lívia (Mar Morto, 1936), O Menino Grapiúna (O Menino Grapiúna, 1981), Santa Bárbara (O Sumiço da Santa, 1988) e Quincas (A Morte e a Morte de Quincas Berro d’Água, 1961).
Eles terão destaque em materiais audiovisuais que ajudam a contextualizar os personagens e os livros. São datiloscritos com correções feitas à mão por Jorge Amado, ilustrações das obras, fotos que remetem ao universo dos romances e algumas curiosidades, como produtos e restaurantes que levam nomes dos personagens. Cada monitor terá também um trecho locutado da obra em questão.
Na mesma sala, uma instalação passa a ideia da verdadeira multidão de personagens principais e figurantes criados: milhares de fitas similares à tradicional do Senhor do Bonfim estarão afixadas, trazendo nomes de outros cem personagens – sejam fictícios, como Tieta (de Tieta do Agreste), Florzinha (de Tocaia Grande) e Ana Mercedes (de Tenda dos Milagres); ou pessoas reais que Jorge Amado inseria na ficção, como Getúlio Vargas, Hitler e Lampião.
O segundo espaço apresentará a faceta política do autor, que chegou a ser eleito Deputado Federal por São Paulo e era comunista. O terceiro discutirá as misturas que, segundo Jorge Amado, caracterizam o Brasil – sobretudo a miscigenação e o sincretismo religioso.
Outro módulo será dedicado à malandragem e à sensualidade presentes em sua obra. Em seguida, uma seção apresentará a Bahia tal como foi ‘(re)inventada’ por Jorge Amado, com suas belezas e suas mazelas.
Haverá ainda espaço para depoimentos de amigos, artistas e críticos, para uma cronologia sintética da vida do escritor e para destacar sua presença internacional, entre outros aspectos.
Entre os depoimentos, falas de amigos ilustres e anônimos de Jorge Amado, pois essa era uma de suas marcas a capacidade de transitar entre o universo erudito e o popular, entre o terreiro de candomblé e a Sorbonne.
Os áudios e vídeos mostram também a esposa Zélia Gattai e a filha Paloma Amado contando sobre o processo de criação de Jorge, explicando que os personagens mandavam nele - em Dona Flor, o autor pretendia que ela fosse embora com Vadinho, mas a protagonista decidiu ficar com os dois maridos aqui na Terra. Outro destaque é o próprio Jorge Amado contando que, no curto período em que foi Deputado Federal, em 1946, conseguiu aprovar lei que garante a liberdade de culto no Brasil.
Na área dedicada ao alcance internacional, o objetivo é dimensionar para o público a imensidão de Jorge Amado no mundo com a exibição de livros publicados em diversos países – de uma capa finlandesa de Tocaia Grande a uma edição de bolso francesa de Dona Flor.
O espaço expositivo foi concebido a partir da utilização de símbolos
presentes não só na cultura baiana, mas, sobretudo, na vida e obra de Jorge Amado. A cenografia está estruturada em armações metálicas, numa referência indireta às grades de ferro que embelezam muitas casas e espaços públicos de Salvador – entre eles o Solar do Unhão e a Praça Castro Alves.
Nessa estrutura, que têm ao mesmo tempo papel construtivo e narrativo, serão inseridos símbolos e objetos em sua forma original, como garrafas de dendê, fitinhas do Bonfim com frases especiais impressas, cacau torrado, azulejos brancos e azuis à moda baiana, entre outros elementos que remetem a Jorge Amado e à Bahia.
Fotografias, objetos, folhetos de cordel, filmes, jornais históricos, charges, documentos, ilustrações, correspondências, depoimentos, objetos de uso pessoal entre outros elementos, estarão presentes.
Entre eles, foto captada por Zélia Gattai de Jorge Amado com sua mãe Eulália Leal Amado, a Dona Lalu; datiloscrito original de Tieta do Agreste com anotações do autor; ilustração do artista plástico Poty (Napoleon Potyguara Lazzarotto) para Capitães da Areia; camisas floridas características de Jorge Amado.
“Propomos um diálogo entre cultura material e cultura digital, havendo a convivência de peças originais com linguagens fílmicas e reproduções”, conta Ana Helena Curti.
A mostra ocupará o primeiro andar inteiro, dedicado às exposições temporárias, e também parte do segundo andar, com um espaço com livros de Jorge Amado e terminais com muito conteúdo sobre o autor para o público consultar calmamente.

Ficha Técnica da Exposição “Jorge Amado e Universal”
Realização: Grapiúna e Fundação Casa de Jorge Amado
Organização: N&A Mercado Cultural e AMCCB – Associação de Museus e Casas de Cultura do Brasil
Direção Geral: William Nacked
Concepção e Produção Executiva: arte3
Direção de Produção: Ana Helena Curti
Conteúdo: Ana Helena Curti, Fernando Lion, Ilana Goldstein
Produção Executiva: Angela Magdalena, Fernando Lion
Equipe de Produção: Cássia Campos, Dea Marcia de Almeida Federico, Mariana Chaves, Paula Garcia, Renata Moura
Expografia: T+T Projetos - Daniela Thomas e Felipe Tassara
Projetos Multimídia: 02 filmes
Projetos Editoriais: Cia. Das Letras
Direitos Autorais: Copyrights Advogados

Fonte: Assessoria de imprensa do Museu da Casa Brasileira
Data: 13/04/2012

Exposição Jorge, amado e universal em São Paulo


A mostra será dividida em módulos distintos, cada um deles dedicado a um aspecto marcante na vida do autor.
O primeiro módulo será dedicado aos personagens. Eles terão destaque em materiais audiovisuais que ajudam a contextualizar os personagens e os livros. São datiloscritos com correções feitas à mão por Jorge Amado, ilustrações das obras, fotos que remetem ao universo dos romances e algumas curiosidades, como produtos e restaurantes que levam nomes dos personagens. Cada monitor terá também um trecho locutado da obra em questão.
Na mesma sala, uma instalação passa a ideia da verdadeira multidão de personagens principais e figurantes criados: milhares de fitas similares à tradicional do Senhor do Bonfim estarão afixadas, trazendo nomes de outros cem personagens - sejam fictícios, como Tieta, Florzinha e Ana Mercedes; ou pessoas reais que Jorge Amado inseria na ficção, como Getúlio Vargas, Hitler e Lampião.
O segundo espaço apresentará a faceta política do autor, que chegou a ser eleito Deputado Federal por São Paulo e era comunista. O terceiro discutirá as misturas que, segundo Jorge Amado, caracterizam o Brasil - sobretudo a miscigenação e o sincretismo religioso.
Outro módulo será dedicado à malandragem e à sensualidade presentes em sua obra. Em seguida, uma seção apresentará a Bahia tal como foi (re)inventada por Jorge Amado, com suas belezas e suas mazelas.
Haverá ainda espaço para depoimentos de amigos, artistas e críticos, para uma cronologia sintética da vida do escritor e para destacar sua presença internacional, entre outros aspectos.
Entre os depoimentos, a coordenadora de conteúdo destaca o que a esposa Zélia Gattai e a filha Paloma Amado contam sobre o processo de criação de Jorge, explicando que os personagens mandavam nele. Em Dona Flor, o autor pretendia que ela fosse embora com Vadinho, mas a protagonista decidiu ficar com os dois maridos aqui na Terra. 
Na área dedicada ao alcance internacional, o objetivo é dimensionar para o público a imensidão de Jorge Amado no mundo com a exibição de livros publicados em diversos países - de uma capa finlandesa de Tocaia Grande a uma edição de bolso francesa de Dona Flor.
O espaço expositivo foi concebido a partir da utilização de símbolos presentes não só na cultura baiana, mas, sobretudo, na vida e obra de Jorge Amado. A cenografia está estruturada em armações metálicas, numa referência indireta às grades de ferro que embelezam muitas casas e espaços públicos de Salvador - entre eles o Solar do Unhão e a Praça Castro Alves.
Nessa estrutura, que têm ao mesmo tempo papel construtivo e narrativo, serão inseridos símbolos e objetos em sua forma original, como garrafas de dendê, fitinhas do Bonfim com frases especiais impressas, cacau torrado, azulejos brancos e azuis à moda baiana, entre outros elementos que remetem a Jorge Amado e à Bahia.
Fotografias, objetos, folhetos de cordel, filmes, jornais históricos, charges, documentos, ilustrações, correspondências, depoimentos, objetos de uso pessoal entre outros elementos, estarão presentes.
Entre eles, foto captada por Zélia Gattai de Jorge Amado com sua mãe Eulália Leal Amado, a Dona Lalu; datiloscrito original de Tieta do Agreste com anotações do autor; ilustração do artista plástico Poty (Napoleon Potyguara Lazzarotto) para Capitães da Areia; camisas floridas características de Jorge Amado.
A mostra ocupará o primeiro andar inteiro, dedicado às exposições temporárias, e também parte do segundo andar, com um espaço com livros de Jorge Amado e terminais com muito conteúdo sobre o autor para o público consultar calmamente. (ler mais)

via Centenário Jorge Amado

Exposição celebra cem anos de Jorge Amado
A partir de amanhã, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, será tomado por dona Flor, Gabriela, Quincas, Pedro Bala e companhia.
Em parceria com a Fundação Casa de Jorge Amado, o museu inaugura exposição em homenagem ao centenário do escritor, nascido em 10 de agosto de 1912 e morto em 6 de agosto de 2001.
"Jorge Amado e Universal" fica em cartaz em São Paulo até 22 de julho e depois segue para o Museu de Arte Moderna da Bahia. Mais oito capitais (entre elas Recife, Rio e Brasília) e cidades do exterior (como Buenos Aires) também podem receber a mostra.
"Ele é um escritor superlativo. Foi muito lido e traduzido. A intenção foi contemplar os aspectos que marcam a obra e a vida dele", conta Ana Helena Curti, coordenadora-geral de conteúdo da mostra.
Para isso, o público terá acesso a fotografias, manuscritos, filmes, jornais históricos, charges, documentos, ilustrações, correspondências e objetos de uso pessoal do escritor espalhados por diferentes módulos do museu.
O projeto cenográfico é assinado pela dupla Daniela Thomas e Felipe Tassara.
O primeiro módulo da exposição reúne informações sobre alguns dos principais personagens do universo amadiano. Contudo, a organização evitou utilizar as imagens das diversas adaptações das obras do autor para teatro, cinema ou TV.
"Achamos que seria desnecessário. O imaginário já faz parte do público. Queremos é somar", diz a coordenadora. Como exemplo, explica que "os mais velhos têm a Sonia Braga na cabeça; os mais novos terão agora Juliana Paes. Nós queremos, então, somar a Gabriela desenhada por Di Cavalcanti".
Os temas comumente associados a Jorge (a sensualidade, a cultura negra, o cenário baiano) estarão presentes, é claro, mas outros, às vezes pouco citados, também serão representados.
Nessa tentativa de surpreender os visitantes com uma imagem mais rica e complexa, a mostra dará destaque à trajetória política de autor.
Um dos módulos do museu trará o cartaz da campanha de Amado para deputado federal de São Paulo pelo Partido Comunista Brasileiro (1945), trechos de jornais sobre sua atuação parlamentar e fotos de viagens por países comunistas. 

publicado na Folha de S. Paulo

Exposição sobre Jorge Amado começa nesta terça (17), no Museu da Língua Portuguesa 

foto de Alessandro Shinoda
As fitinhas da foto acima parecem aquelas de Nosso Senhor do Bonfim, que se tornaram um símbolo baiano se não fosse por um detalhe: trazem impresso nomes de personagens criados por Jorge Amado (1912-2001), como Afrânio Portela, de "Farda, Fardão, Camisola de Dormir", e Kirsi, de "Tenda dos Milagres". A peça integra a exposição "Jorge Amado e Universal", que será aberta ao público nesta terça-feira (17), no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
Com expografia de Daniela Thomas e Felipe Tessara, a mostra é dividida em módulos, cada um voltado a algum aspecto da vida e da obra de Amado. O primeiro aborda os personagens criados por ele, com destaque para Gabriela e Nacib ("Gabriela Cravo e Canela"), Dona Flor ("Dona Flor e Seus Dois Maridos"), Pedro Arcanjo ("Tenda dos Milagres"), Antonio Balduíno ("Jubiabá"), Guma e Lívia ("Mar Morto"), Santa Bárbara ("O Sumiço da Santa"), Quincas ("A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água"), o Menino Grapiúna e os capitães da areia, de livros homônimos. A instalação das fitinhas fica na mesma sala, com nomes de outros cem personagens.
O segundo módulo é dedicado à atuação política de Jorge Amado, que foi deputado federal por São Paulo, e o terceiro aborda dois temas caros ao escritor: a miscigenação e o sincretismo religioso. Há ainda um espaço dedicado à malandragem e à sensualidade, aspectos frequentemente presentes em seus livros, e outro que aborda as belezas e os problemas da Bahia, tais como retratados pelo autor.
A mostra traz ainda uma seleção de depoimentos de familiares, artistas, amigos e críticos - entre eles está o do atual dono do Bar Vesúvio, em Ilhéus, que conta que Nacib e Gabriela foram inspirados em personagens reais. A popularidade internacional de Jorge Amado também será contemplada na exposição, que apresentará edições publicadas em diversos países de seus livros.
A exposição, que ocupa o primeiro andar do museu e parte do segundo, reúne fotografias, documentos, cartas e ilustrações, como a que o artista plástico Poty fez para "Capitães da Areia". E traz também as típicas camisas floridas do escritor, garrafas de dendê, cacau torrado e armações metálicas que remetem ao Solar do Unhão, à praça Castro Alves e a algumas residências soteropolitanas.
A curadoria é de Ana Helena Curti e a direção geral, de William Nacked. Parte das comemorações oficiais do centenário, chanceladas pela Fundação Casa de Jorge Amado, a mostra fica em São Paulo até 22/7 e depois vai para o Museu de Arte Moderna da Bahia. Lá, ficará em cartaz de 10/8 a 14/10. 


publicado no Valor Econômico

Brasilidade de Jorge Amado é tema de exposição em SP
Em uma noite de tempestade, Quincas Berro D´Água desapareceu no mar da Bahia. Com esse final, o personagem concretizava sua proposta enigmática -“Cada qual cuide de seu enterro, impossível não há”. Presentes não só em A Morte e a Morte de Quincas Berro D´Água, como em tantos outros livros de Jorge Amado, a mística e a beleza do mar que banha as praias baianas estão ilustradas por 1,8 mil garrafas de azeite de dendê na exposição que começa hoje no Museu da Língua Portuguesa, na capital paulista.
“O dendê acaba decantando dentro dessas garrafas de 2 litros. Como é trifásico, então ele forma de fato algumas ondas”, explica a diretora de produção da exposição Jorge Amado e Universal, Ana Helena Curti, sobre os recipientes que contêm ainda citações de obras do escritor sobre o mar.
O coração da exposição, no entanto, está no grande acervo disponibilizado pela mulher do escritor, Zélia Gattai. São imagens que mostram o escritor em diversas fases e em encontros com personalidades como Tom Jobim e Fidel Castro. Também estão disponíveis cartas originais que o escritor, morto em 2001, recebeu de amigos como Carlos Drummond de Andrade e François Mitterrand.
Uma sessão da mostra é dedicada à temática do erotismo e da malandragem. Nessa parte, o visitante encontra excertos da obra de Jorge Amado que vão versar sobre a malandragem e o jeitinho brasileiro. Ao conceito do [historiador] Sérgio Buarque de Hollanda da cordialidade [brasileira]”, ressalta Ana Helena.
Lembranças a personagens específicos do ficcionista baiano estão, entretanto, em outra parte da exposição. Em fitas do Senhor do Bonfim estão escritos os nomes de cada um dos mais de 5 mil personagens criados pela imaginação de Amado. Além disso, foram eleitos nove personagens que foram detalhados para o público.
As traduções para 49 línguas das obras escritas ao longo de 89 anos estão representadas em uma sala “onde as pessoas podem ter contato com essa amplitude, essa quase geografia expandida da edição da obra. Ali, tomam contato ainda com as primeiras edições ilustradas”, destaca a diretora.
Não faltam referências aos 25 anos de militância política (comunista) do escritor.  Em uma instalação que lembra as máquinas rotativas de jornais, estão  fotos de viagens a países comunistas e são mostrados trechos das obras escritas nesse período.
A exposição pode ser vista até 22 de julho. O museu fica ao lado da Estação da Luz, no centro de São Paulo.


publicado na Agência Brasil

Jorge,superlativo

MEMÓRIA. Os números que cercam Jorge Amado impressionam. São cerca de cinco mil personagens distribuídos em 39 obras.
Dos autores brasileiros, Jorge Amado talvez seja o mais local, universal e internacional. Escrevia a partir da Bahia, sobre coisas da sua terra e sua gente, e seus livros encantavam leitores do mundo todo. Pelas contas da Fundação Casa de Jorge Amado, a obra do escritor baiano foi traduzida para 49 idiomas e premiada em lugares tão diversos quanto a ex-União Soviética, a Itália e a França, sem contar o Brasil.
Gabriela Cravo e Canela, Tocaia Grande, Capitães da Areia, Dona Flor e seus Dois Maridos, Os Subterrâneos da Liberdade, Bahia de Todos os Santos, Mar Morto e Navegação de Cabotagem são apenas alguns dos livros que escreveu em seus 89 anos de vida. Vida essa que será apresentada a partir de hoje (17) para o público, na exposição Jorge Amado e Universal. Ela fica em cartaz até o dia 22 de julho no Museu da Língua Portuguesa, na capital paulista, de onde segue para Salvador. Chega em 09 de agosto, um dia antes da festa do centenário de nascimento do escritor.
A ideia da organização é que a mostra não fique restrita a essas cidades, embora os R$ 3,2 milhões captados pela Lei Rouanet devam ser usados exclusivamente nessas duas iniciativas. Já está quase certa uma temporada no Recife. Rio, Brasília, Lisboa e o Porto também demonstraram interesse, conta William Naked, diretor-geral da exposição, que sonha até com uma ida à Feira do Livro de Frankfurt em 2013, quando o Brasil será o país homenageado e exposições como esta serão bem-vindas.

Destaques da mostra

>> Fitas do Nosso Senhor do Bonfim: cinco mil personagens criados por Jorge Amado têm seus nomes registrados nas tradicionais fitinhas da Bahia, amarradas em um grande painel

>> A política: grandes rolos em movimento mostram jornais e documentos com dados sobre o lado político de Jorge Amado. O escritor era comunista e foi eleito deputado federal, em São Paulo, em 1945

>> Casa dos Milagres: reúne objetos pessoais do autor, como o seu passaporte, emitido em 1959

>> Sensualidade: passagens eróticas retiradas de livros de Amado são projetadas por trás de uma parede. Para vê-las, o visitante precisa espiar através de buracos

>> Jorge Universal: exibe livros de Jorge Amado lançados no exterior

>> A Bahia: mais de 900 garrafas com azeite de dendê representam o mar da Bahia, e, nas paredes, estantes armazenam cacau – fruto cultivado no sul daquele estado

>> Biblioteca do Jorge Amado: o visitante pode manusear os livros preferidos do escritor, como As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift

>> Produções: no segundo andar do museu, estão disponíveis obras do autor para consulta

publicado na Agência Estado



Mar da Bahia é 'recriado' com 900 garrafas de óleo de dendê

Um mural de 9m de comprimento por 4m de altura, com azulejos brancos pintados com frases de Jorge Amado e imagens de objetos encontrados na Casa do Rio Vermelho, recebe o visitante na mostra Jorge Amado e Universal.
A segunda sala é dedicada aos personagens clássicos do autor. Como não daria para nomear todos os mais de mil criados por ele, a exposição apresenta aqueles cujo DNA foi emprestado aos outros. Todos os demais são representados por uma instalação com oito mil fitinhas vindas da Bahia. Em cada uma delas constam o personagem e o livro em que ele habita. Nove instalações multimídia transmitem entrevistas e áudios.
Saindo do ambiente em que reencontrou Gabriela, Nacib, Dona Flor e Vadinho e seus companheiros, o visitante conhece o lado político de Jorge Amado. Compõem a cenografia mais sóbria dessa sala uma instalação que representa as rotativas da imprensa alternativa em movimento, trechos de obras escritas nesse período de maior engajamento, documentos e imagens – como a foto dele recebendo o Prêmio Stalin da Paz, em 1951, em Moscou, além de cartazes da campanha para deputado pelo PCdoB e a ata de sua eleição.


publicado na Gazeta do Alagoas

Exposição lança comemorações do centenário de Jorge Amado
Para assinalar o centenário do nascimento do autor de "Gabriela", o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, inaugura terça-feira a exposição "Jorge Amado e Universal". Filme "Capitães da Areia" estreia em Portugal quinta-feira.

"Jorge Amado e Universal". Com esta exposição, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, homenageia a partir de terça-feira e até ao dia 22 de julho, um dos mais prestigiados escritores brasileiros. O autor de "Gabriela, Cravo e Canela" nasceu a 10 de agosto de 1912 e faleceu a 6 de agosto de 2001.
A exposição, em parceria com a Fundação Casa de Jorge Amado, segue depois para o Museu de Arte Moderna da Bahia e, ainda este ano, para oito capitais, entre as quais Recife, Rio de Janeiro e Brasília, além de Buenos Aires, a capital argentina. 
Entretanto, em Portugal, e no âmbito das comemorações do aniversário de nascimento do escritor, estreia dia 19 nos cinemas o filme "Capitães da Areia" - baseado na sua obra homónima-, da realizadora Cecília Amado.

"Escritor superlativo"



A exposição inclui fotografias, manuscritos, filmes, jornais, cartoons, documentos, correspondência e objetos de uso pessoal do escritor.
Jorge Amado "é um escritor superlativo. Foi muito lido e traduzido. A intenção foi contemplar os aspectos que marcaram a sua obra e a sua vida", disse Ana Helena Curti, coordenadora da exposição.
A mostra dará destaque à trajetória política do autor.
Comunista convicto até ao fim da vida, Jorge Amado foi deputado federal de São Paulo pelo Partido Comunista Brasileiro (1945). A sua filiação ao partido e a sua postura política, principalmente,  fê-lo um dos escritores mais visados pela censura no Brasil e em Portugal, durante a ditatura nos dois países. A exposição inclui  trechos de jornais sobre a sua atuação parlamentar e fotografias das suas viagens por países comunistas. {Cf. vídeos aqui]

publicado no Expresso


Cf. também: Museu da Língua Portuguesa tem exposição sobre Jorge Amado (Globo TV)


Mais informação: aquii, aqui e aqui. 

EXPOSIÇÃO
Exposição “Jorge Amado e Universal”: Um olhar inusitado sobre o homem e a obra
De 17 de abril a 22 de julho
Museu da Língua Portuguesa
Praça da Luz, s/nº, Centro
Tel.: (11) 3326-0775
www.museudalinguaportuguesa.org.br
Ingresso: R$ 6,00 (pagamento somente em dinheiro).
Estudantes pagam meia-entrada. Crianças com até 10 anos e idosos a partir de
60 anos não pagam ingresso, bem como professores da rede pública.
Aos sábados a entrada é franca. 
Calendário oficial
Centenário de nascimento de Jorge Amado, promovido pela Fundação Casa de Jorge Amado:


novembro/2011
- Lançamento A luz no túnel (Os subterrâneos da liberdade, vol. 3), Companhia das Letras
dezembro/2011
- Caixa comemorativa As mulheres de Jorge Amado (Tieta do Agreste, Dona Flor e seus dois maridos, Gabriela, cravo e canela eTereza Batista cansada de guerra)
janeiro/2012
- Instalação de totem informativo em Salvador e cidades do interior
fevereiro/2012
- Jorge Amado tema da escola de samba do Rio de Janeiro Imperatriz Leopoldinense
- Jorge Amado tema do carnaval de Salvador e O país do Carnaval tema de camarote do circuito Barra – Ondina
março/2012
- Navegação de cabotagem (edição especial ilustrada), Companhia das Letras
- Mostra de cinema – Jorge CineAmadoGráfico, Bahia
abril/2012
- Exposição Jorge, Amado e Universal no Museu da Língua Portuguesa (São Paulo)
- Mar morto (edição de bolso), Companhia das Letras
maio/2012
- Infanto-juvenil, selecionado por Heloísa Prieto, Companhia das Letras
junho/2012
- O compadre de Ogum (edição econômica), Companhia das Letras
julho/2012
Bahia de Todos-os-Santos, Companhia das Letras
agosto/2012
- Exposição Jorge, Amado e Universal no Museu de Arte Moderna da Bahia (Salvador)
- Os velhos marinheiros (edição comemorativa em capa dura e ilustrada), Companhia das Letras
- Jorge & Zélia, correspondência, organizado por João Jorge, Companhia das Letras
- Curso Jorge Amado, II Colóquio de Literatura Brasileira, Salvador
setembro/2012
Culinária de Jorge Amado
- “A Comida baiana de Jorge Amado”, festival de gastronomia baiana, com palestra de Paloma Amado, Salvador
dezembro/2012
- Caixa com Capitães da Areia + DVD
Segundo semestre de 2012
- Lançamento dos espetáculos teatrais O Sumiço da Santa, direção de Fernando Guerreiro e Novos Capitães, direção geral de Cecília Amado, Salvador
- Musical Gabriela, cravo e canela, direção João Falcão, Rio de Janeiro

Site oficial: Fundação Casa de Jorge Amado | Facebook | Twitter
Outros: Museu da Língua Portuguesa | IBahia Especial Jorge Amado | Centenário de Jorge Amado | Biografia completa |

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