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Merkel diz entender preocupações de Dilma Rousseff

Leio no Jornal i:

A chanceler alemã Angela Merkel disse hoje em Bruxelas entender as preocupações da presidente brasileira, Dilma Rousseff, que na quinta-feira reclamou que o Brasil está a sofrer com a política monetária "inconsequente" dos países desenvolvidos.
"Posso entender as suas interrogações. É por isso que lhe direi [em encontro bilateral, marcado para a próxima semana] que certamente não implementaremos medidas similares novamente", afirmou Merkel, citada pelo diário brasileiro "Estado de São Paulo".
Em discurso público na quinta-feira, Dilma Rousseff acusou os países desenvolvidos de recorrerem a uma política monetária expansionista, que cria condições desiguais de concorrência internacional e cria o risco do surgimento de novas "bolhas".
De acordo com a imprensa brasileira, Merkel reforçou ser "justamente isso" o que se pretende evitar.
As duas líderes terão um encontro bilateral na próxima semana, durante a visita que Dilma Rousseff fará à Alemanha para visitar a Feira Internacional de Tecnologia da Informação, Telecomunicações, Software e Serviços (Cebit), de Hannover.

Eis, portanto, Merkel a reagir com 'pézinhos de lã' a isto.

[ACTUALIZAÇÃO]

Depois das críticas de ontem ao «tsunami financeiro», Dilma vai hoje à Alemanha discutir crise

A presidenta Dilma Rousseff viaja hoje (3) por volta das 23 horas para a Alemanha, onde fica até terça-feira (6). Ela participa da inauguração da Feira Internacional de Tecnologia de Informação, Telecomunicações, Software e Serviços (Cebit) e tem reuniões com a chanceler (o equivalente ao cargo de primeira-ministra) Angela Merkel. A presidenta estará acompanhada por ministros e uma delegação de empresários, em um total de 200 pessoas.
A conversa de Dilma com Merkel está marcada para segunda-feira (5) à noite, quando há um jantar e uma reunião privada. A chanceler é a principal líder das negociações na União Europeia (UE) em busca de soluções para evitar o agravamento da crise econômica internacional. Ambas examinarão o aprofundamento do acordo de parceria estratégica – definido em 2002.
Dilma e Merkel  vão discutir, entre outros assuntos, educação, ciência, tecnologia e inovação, além de desenvolvimento sustentável, energia e infraestrutura, temas centrais na cooperação bilateral.
A presidenta deve ressaltar ainda as expectativas em torno da Conferência Rio+20, em junho, no Rio de Janeiro, a atuação do G20 (que reúne os países mais ricos do mundo) e a reforma das instituições políticas e econômicas de governança global.
Paralelamente a Alemanha vive um momento delicado na sua política interna. No dia 17, o então presidente da Alemanha Christian Wulff renunciou ao cargo, após ser denunciado pelo Ministério Público por corrupção. O nome de consenso para sucedê-lo é Joachin Gauck, pastor luterano candidato da coligação.
A presidenta também participa da Cebit, cujo tema neste ano é o Brasil. São mais de 4.200 expositores de 70 países. A estimativa é que cerca de 350 mil pessoas visitem a feira. A expectativa é que a Cebit abra oportunidades de negócios para empresas produtoras de tecnologias de informação e comunicação. O Brasil é o sexto maior mercado consumidor dessas tecnologias no mundo.
Para o Ministério das Relações Exteriores, a visita da presidenta à Alemanha contribui para intensificar o relacionamento econômico bilateral, ampliando as oportunidades de parcerias, especialmente entre pequenas e médias empresas.
A Alemanha é o quarto principal parceiro comercial do Brasil. O volume de comércio entre os dois países superou US$ 24 bilhões em 2011, o que corresponde a um aumento de 17,6% em relação ao ano anterior.
Os alemães estão entre os principais parceiros do programa Ciência sem Fronteiras. O programa põe em prática a busca pela convergência das vertentes econômica e científico-tecnológica das relações bilaterais. Até 2014, mais de 10 mil bolsistas brasileiros estudarão em instituições alemãs, segundo os cálculos do governo.

publicado na Agência Brasil


Às vésperas da visita de Dilma à Alemanha, a chanceler alemã tenta obter apoio no Parlamento

Às vésperas da visita da presidenta Dilma Rousseff à Alemanha, a chanceler alemã, Angela Merkel, esforça-se para obter apoio no Parlamento e aprovar o orçamento, que ela própria exigiu aos parceiros da zona euro e da União Europeia. Pelo acordo firmado com os demais europeus, a Alemanha concede aos parceiros o direito de processá-la no Tribunal Europeu de Justiça, caso os alemães violem as suas regras.
Para ser aprovado, o acordo precisa do apoio da maioria parlamentar – o equivalente a dois terços dos parlamentares presentes. O governo alemão conseguiu aprovar o item que exige que o déficit orçamental não ultrapasse 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), a partir de 2016.
Os analistas políticos dizem que Merkel terá de fazer acordos com a oposição para obter o número necessário para aprovar o novo tratado. No caso ela terá de negociar com os  sociais-democratas e  ambientalistas, que têm restrições às regras.
Ontem (2) foi assinado o novo Tratado Orçamental, em Bruxelas, por 25 dos 27 países da União Europeia - as exceções foram o Reino Unido e a República Checa. O objetivo é que entre em vigor dentro de um ano. Por enquanto é um acordo intergovernamental entre alguns dos países da União Europeia.
O tratado impõe mais disciplina na condução dos orçamentos e coordenação das políticas econômicas de todos os integrantes da União Europeia. A ideia é aperfeiçoar os sistemas de  competitividade dos países financeiramente mais frágeis.

com Agências Lusa e Brasil - 03.03.2012

Cf. também: "The curse of success: Brazil suffers with high currency and knows not what to do" – The Guardian

Mais informações: AQUI.

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