|

III Fórum Mundial de Sustentabilidade: de 22 a 24 de Março, em Manaus


via Jornal da Band (edição de 22/03/2012)

O III Fórum Mundial de Sustentabilidade foi aberto nesta quinta-feira, em Manaus. Este ano o encontro representa, acima de tudo, uma preparação para o Rio+20, a mega conferência sobre meio ambiente que vai acontecer em Junho.

Cf.


[EM ACTUALIZAÇÃO]




SOBRE O EVENTO

O LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, presidido pelo empresário João Doria Jr., promove, com realização da XYZ LIVE, liderada por Bazinho Ferraz, o 3º Fórum Mundial de Sustentabilidade, de 22 a 24 de março, no hotel Tropical, em Manaus (AM). Cerca de 900 lideranças empresariais, políticas, pesquisadores e organizações socioambientais trocarão experiências de gestão durante o evento que tem como tema central “Economia Verde e Desenvolvimento Sustentável”, fortalecendo o conceito de sustentabilidade para a preservação socioambiental e o desenvolvimento sustentável mundial.
No Fórum serão debatidos temas como economia verde, Rio+20, desenvolvimento sustentável e humano, agricultura de baixo carbono, entre outras propostas de sustentabilidade para o planeta.
“A economia verde está presente na vida comum do ser humano, bem como nas empresas privadas e instituições públicas, e depende de uma consciência coletiva”, declara Bazinho Ferraz, presidente da XYZ Live. João Doria Jr., presidente do LIDE, reforça: “O FÓRUM MUNDIAL é uma grande oportunidade de conscientizar o planeta e demonstrar o valor econômico e ambiental das florestas em pé e suas implicações para o Brasil e o mundo”. “Criar um compromisso político e empresarial com o desenvolvimento sustentável das empresas com o planeta é uma forma de conscientização desse setor”, conclui.

Participações internacionais

O evento terá a presença de nomes internacionais como o da ativista social e política, fundadora e presidente da Fundação Bianca Jagger pelos Direitos Humanos, Bianca Jagger; a primeira mulher a ser primeira-ministra da Noruega, Gro Brundtland; o consultor, escritor e jornalista norte-americano, Mark London; o ex-primeiro ministro da França, Dominique de Villepin; o diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo; o coordenador executivo da Rio+20, Brice Lalonde; o chefe do Grupo de Mercados Sustentáveis do IIED (Instituto Internacional para Ambiente e Desenvolvimento), Steve Bass; e uma das mais conhecidas oceanógrafas do mundo, Sylvia Earle.

Participações brasileiras

Entre os brasileiros estão o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso; o ex-ministro da Agricultura e presidente do LIDE Agronegócios, Roberto Rodrigues; o cacique e líder maior do povo Suruí, Almir Suruí; o superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável, Virgílio Viana; o diretor de estilo e criação da marca Osklen e fundador do Instituto-E, Oskar Metsavaht; o senador da República Eduardo Braga; o deputado Arnaldo Jardim; o presidente do SOS Mata Atlântica e do LIDE Sustentabilidade, Roberto Klabin; diretor do programa marinho da Conservação Internacional (CI) no Brasil, Guilherme Dutra; o biólogo, docente do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo Laboratório de Manejo, Ecologia e Conservação Marinha, Alexander Turra; o deputado Federal (PV/MA), José Sarney Filho; além de diversos especialistas na área.

Parceiros

AMBEV, BRADESCO e COCA-COLA serão patrocinadores do evento.
Apoiadores são GOODYEAR, NATURA e VIDEOLAR. GRUPO FLEURY, HONDA MOTOS, MAPFRE, TETRAPAK e YAHAMA entram com a participação e BANCO DA AMAZÔNIA, EDP, FABER CASTELL, FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, HOSPITAL ALBERT EINSTEIN, JBS-FRIBOI e JOHNSON & JOHNSON atuam como colaboradores. CDN, CENTRAL DE EVENTOS, HOTEL TROPICAL DE MANAUS, PR NEWSWIRE e WIZARD são os fornecedores oficiais. Os mídia partners são as redes RECORD e RECORD NEWS, os portais R7 e TERRA, os jornais BRASIL ECONÔMICO e PROP&MARK, as rádios BAND e BAND NEWS e a revista AMÉRICA ECONOMIA. GRUPO PÃO DE AÇÚCAR, NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO e SABESP patrocinam os workshops.

BALANÇO DAS EDIÇÕES ANTERIORES

A preservação da floresta amazônica, seguida da realização de um pacto global, foi o ponto principal dos debates que fizeram parte da primeira edição do Fórum Mundial de Sustentabilidade, realizado em Manaus, em 2010, e que registrou presenças de peso como o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, e o cineasta James Cameron, diretor do blockbuster “Avatar”. O evento, que teve como tema principal “A Preservação da Floresta Amazônica e as Mudanças Climáticas”, contou com a presença de 560 empresários e teve o governador do Amazonas, Eduardo Braga, como anfitrião.
Já em 2011, com o tema “Sustentabilidade Econômica, Ambiental e Social da Amazônia e do Planeta”, o Fórum reuniu, durante os três dias do encontro, aproximadamente 800 líderes empresariais, autoridades, políticos, ambientalistas e convidados do Brasil e do exterior, que debateram o uso consciente dos recursos naturais, a adoção de formas alternativas de energia e outras iniciativas sustentáveis para o século XXI. O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton; o ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger; o diretor de cinema James Cameron; o presidente do Grupo Virgin, Richard Branson; o governador do Amazonas, Omar Aziz, além de diversos especialistas na área marcaram presença na segunda edição do evento.

SOBRE A XYZ LIVE
A XYZ Live é uma empresa que reúne um time de talentos e experts nas áreas de entretenimento e esportes e atua em oito frentes de negócios: Entretenimento; Conhecimento/Relacionamento; Cultura; Esportes; Futebol; Moda; Exposições e Feiras. A empresa proporciona as melhores soluções de comunicação em “BrandedEntertainment”, gerando conexão emocional entre marcas e pessoas. A XYZ Live oferece produtos como festivais e turnês; espetáculos e exposições; desfiles e fashion shows; eventos esportivos; fóruns e seminários; e eventos de relacionamento. Entre os seus serviços destacam-se projetos customizados; consultoria em leis de incentivo à cultura e ao esporte; comercialização de ingressos (LivePass); licenciamento de produtos e marcas; management/gerenciamento de carreiras artísticas e esportivas; gestão de projetos culturais; assessoria de imprensa; e comercialização de patrocínios.
A empresa conta com cerca de 160 funcionários, dois mil colaboradores e uma estrutura completa de atendimento, planejamento, criação, mídia, comercialização, assessoria de imprensa, cenografia, produção e pós-venda. Equipes integradas trabalhando com um único objetivo: construir marcas. Informações sobre os próximos projetos em www.xyzlive.com.br.

SOBRE O LIDE 
Fundado em junho de 2003, o LIDE - Grupo de Líderes Empresariais possui oito anos de atuação, registrando crescimento de 700%. Atualmente são 920 empresas associadas (com os braços regionais e internacionais), que representam 46% do PIB privado nacional. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

via CDN - Comunicação Corporativa

[CONCLUSÕES]
Em Resumo

Cerca de 900 lideranças empresariais e políticas, pesquisadores e organizações socioambientais estiveram reunidos em Manaus (Amazonas) nos dias 22 e 24 de março, onde participaram do terceiro Fórum Mundial de Sustentabilidade. O evento, que teve como tema principal “Economia Verde e Desenvolvimento Sustentável”, destacou o papel das florestas e o valor socioambiental agregado, além de outros assuntos que serão abordados na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), marcada para junho, no Rio de Janeiro.
O principal resultado do fórum, que reuniu nomes como Gro Bruntland (uma das precursoras do conceito de desenvolvimento sustentável), Brice Lalonde (coordenador executivo da Rio+20) e Kumi Naidoo (diretor executivo do Greenpeace), foi a elaboração da Carta do Amazonas, documento formado por dez metas referentes à sustentabilidade, que incluem a aprovação de um acordo internacional para implementar o Redd+ como mecanismo de conservação das florestas nativas, o estabelecimento de metas para a universalização do acesso à energia limpa até o ano de 2030 e a o desenvolvimento de uma plataforma ambiental em nível municipal como prioridade, que explicite compromissos a serem assumidos por governantes locais, com especial atenção à universalização do saneamento básico, ao incentivo à construção sustentável e à promoção da educação ambiental e do consumo consciente.
A ativista social e ambiental Bianca Jagger abordou o tema “Desenvolvimento sustentável e direitos humanos” no evento. Embaixadora da Boa Vontade do Conselho Europeu, ela lembrou que a Amazônia é um tesouro extraordinário, o lar de várias espécies e que já perdemos 754 km2da floresta amazônica. A também idealizadora da fundação Bianca Jagger defendeu o investimento em energias sustentáveis. “Dizem que as energias renováveis são caras, mas veja quanto está custando a construção de Belo Monte”, questionou, em uma referência a usina no Rio Madeira que, segundo ela, irá afetar negativamente a população local. “Não podemos sacrificar as gerações atuais e futuras em prol do desenvolvimento. Temos que ter governança”, defendeu.

Pagamento por Serviços Ambientais
 
Para Virgilio Viana, superintendente da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), o desafio é parar o desmatamento da Amazônia. “Ninguém desmata porque é burro, mas porque são inteligentes, racionais e porque querem melhorar de vida. A lógica é fazer com que o desenvolvimento econômico seja a favor da floresta e não contra”, sugeriu. Viana apresentou informações sobre o Programa Bolsa Floresta, que investe em programas de geração de renda que evitam o desmatamento.
Steve Bass, chefe do Grupo de Mercados Sustentáveis do IIED (Instituto Internacional para o Ambiente e Desenvolvimento), falou sobre PSA (Pagamento por Serviços Ambientais), durante o painel que teve também a participação do senador Eduardo Braga e do deputado Arnaldo Jardim. O PSA é um mecanismo que estabelece pagamento àqueles que protegem as florestas nativas ou pratica iniciativas amigáveis ao meio ambiente, em benefício da sociedade.
Segundo Bass, a Costa Rica é pioneira no PSA, tendo conseguido consolidar a modalidade como política pública, por meio de legislação específica e um fundo público-privado. “O Brasil tem todas as cartas na manga para desenvolver um modelo de negócios nesse sentido, pois tem a Floresta Amazônica, com toda a sua biodiversidade. Por isso, precisamos muito da liderança mundial de vocês nesse sentido”, enfatizou.
Já Almir Suruí, chefe do povo indígena Paiter Suruí (Rondônia), falou sobre “A economia verde e os povos da floresta”. Ele lembrou que a Amazônia possui 200 povos indígenas e outros 60 sem contato. “Até agora as políticas públicas e privadas não chegam às comunidades em que deveriam”. Suruí conclamou os empresários para participar da criação de um modelo de desenvolvimento da Amazônia. “Para nós, economia verde é desenvolvimento sustentável com valorização da floresta e do seu povo”, finalizou.
Oskar Metsavaht, estilista e empresário, fundador e presidente da grife Osklen, abordou a “Sustentabilidade e a indústria do desejo”. Na visão dele, além de beleza e estética, a sociedade também tem valores socioambientais. “Somos um país com população que precisa melhorar de vida. O Brasil precisa se desenvolver economicamente e tem espaço enorme, aproveitando nossa biodiversidade, para se tornar um país desenvolvido, igualitário na renda e de maneira sustentável”, destacou. “Enquanto não tivermos valor agregado, vamos continuar apenas vendedores de commodities e falando apenas de caridade”. “Temos que mostrar que é mais interessante comprar produtos sustentáveis do Brasil do que de marcas famosas dos Estados Unidos, de mão de obra barata da China”, completou.
Para Brice Lalonde, diretor executivo da Rio+20, há uma falta de liderança hoje em várias partes do mundo. “Eu acho que este é o momento de o Brasil, um país tão entusiasta, liderar essas discussões mundialmente”, sustentou. Ele vê como necessária a criação de uma Agência Mundial de Meio Ambiente:”não podemos confrontar desenvolvimento e meio ambiente, por isso, temos que ter uma agência ambiental e um conselho para o desenvolvimento sustentável”.

Mudanças climáticas

O diretor executivo do Greenpeace, Kumi Naidoo, proferiu a palestra “A responsabilidade das empresas por sua pegada ambiental”. Ele fez um apelo aos empresários e governantes brasileiros para que atuem junto com os ambientalistas para encontrar soluções que permitam o desenvolvimento sustentável aliado a um crescimento econômico que permita oportunidades de empregos para todos. “Podemos quebrar as dicotomias que dividiram o mundo até hoje, pois as mudanças climáticas vão trazer consequências para todos. Precisamos agir como uma família global, pois, se errarmos, todos vamos sucumbir e os impactos serão devastadores, afirmou. Na opinião dele, o modelo de crescimento econômico atual é insustentável porque não promove a igualdade nem oportunidades de emprego.
“Os impactos climáticos estão ocorrendo agora e roubando 350 mil vidas anualmente. E quem paga primeiro são os que têm menos responsabilidade por isso” – Kumi Naidoo.
O diretor do Greenpeace criticou o Protocolo de Kyoto. “Ficamos esperando soluções e o que recebemos foi um acordo fraco e cheio de lacunas e metas que não serão alcançadas”, apontou. Naidoo convidou a todos os empresários presentes a visitarem o Rainbow Warrior, navio do Greenpeace que está atracado em Manaus. A embarcação tem como objetivo promover uma campanha por uma lei de desmatamento zero.
Ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues apresentou a palestra “Perspectivas para a agricultura de baixo carbono no Brasil”. Ele destacou as iniciativas da academia, particularmente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no sentido de melhorar a produtividade da agricultura brasileira com boas práticas ambientais. “Há empresas que só se preocupam com negócios, mas eu tenho confiança de que isso está mudando e de que os avanços que a academia brasileira está promovendo são muito positivos”, ressaltou.
Já o ex-primeiro ministro da França, Dominique Villepin, enumerou o papel de liderança mundial do Brasil nas questões ambientais e de sustentabilidade. “Vocês são o país do possível e a Amazônia pode se tornar um modelo de desenvolvimento sustentável para criar oportunidades econômicas”. Villepin elogiou iniciativas adotadas pelo país, como o programa Bolsa Família e a criação de parques nacionais, e defendeu as parcerias regionais entre Brasil e Europa.
No encerramento do evento, João Doria Jr., presidente do Grupo de Líderes Empresarias (Lide), leu a Carta do Amazonas. No documento, a organização que promoveu o fórum, (realizado pela XYZ LIVE) firma o compromisso de mobilizar a sociedade brasileira pela aprovação de uma legislação nacional de pagamentos por serviços ambientais, ao reconhecer este mecanismo como fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável, além de destacar outros nove itens.
 

# Para ler na íntegra: Carta do Amazonas  - (pdf)


publicado no EcoD

Posted by por AMC on 23:39. Filed under , , , , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response

0 comentários for "III Fórum Mundial de Sustentabilidade: de 22 a 24 de Março, em Manaus"

Leave a reply