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O que saiu da reunião do G20 no México, este fim de semana


Devem ser acalorados os debates neste sábado e domingo na Cidade do México na reunião dos ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais das dezenove maiores economias do mundo mais a União Europeia (G-20). Segundo os especialistas ouvidos pelo site de VEJA, o principal assunto da cúpula será a crise da zona do euro e a possibilidade de que as turbulências na região continuem afetando a economia mundial. Soluções práticas, no entanto, não devem ser obtidas na cúpula.
Ainda que tenha havido um acordo recente para ajudar a conter a crise aguda na Grécia, impedindo um calote em março, a evolução da dívida soberana do país ainda preocupa (veja infografia). O risco mais urgente, contudo, é que outros países europeus sucumbam, o que espalharia a crise a outras economias do continente e do mundo. Diante deste quadro, as discussões vão focar a busca de soluções. Como não há saída fácil, não devem surgir do México grandes novidades. “O encontro vai trazer cartas de intenções muito vagas. Não haverá resoluções práticas”, disse o economista Marcelo Fonseca da gestora de recursos M. Safra.

Divisão – A retomada da atividade na Europa, os problemas que a crise tem gerado às outras economias globais e as perspectivas de ajuda por parte de nações de fora da zona do euro devem ser outros pontos a serem discutidos. Neste contexto, cada bloco deve assumir uma posição. Enquanto os líderes europeus pedirão mais ajuda e justificarão que um aprofundamento das turbulências no continente afetará o mundo inteiro, os Estados Unidos – em ano eleitoral – não querem garantir apoio além do que já foi anunciado. As grandes nações emergentes, por sua vez, até se dispõem a ajudar, mas mediante um comprometimento maior da União Europeia a solucionar a crise.
Com cada bloco econômico defendendo seu ponto-de-vista, e pouco disposto a ceder a outrem, as discussões correm o risco de se resumir a diagnósticos. “Deve haver mais uma avaliação dos desequilíbrios da economia internacional. Eventualmente eles podem trabalhar numa agenda para que os países acabem cooperando na busca de um maior equilíbrio”, afirmou o economista da consultoria Tendências Raphael Martello.
No tocante à crise europeia, avanços significativos serão impossibilitados, na avaliação dele, porque os instrumentos para agir seguem concentrados nas mãos dos líderes da Europa. Só restará às outras nações pressionar. Exclusivamente dentro da UE, Fonseca aponta duas questões que deverão ser alvo das pressões do G-20: a expansão de fundos de estabilização financeira da Europa e a tentativa de conciliar medidas de austeridade fiscal com políticas de incentivo ao crescimento.


Fundos europeus – Com o intuito de impedir que países da UE com problemas mais graves atinjam uma situação crítica, como foi o caso da Grécia, alguns membros do G20 defenderão a ampliação dos recursos aos fundos de estabilização. No entanto, a principal potência do bloco, a Alemanha, posiciona-se contra a medida com medo de ter de comprometer ainda mais recursos próprios para a região. Apesar de as expectativas com este tema serem positivas, até porque existe pressão pesada de países como Japão, China, Reino Unido, Brasil, entre outros, a solução definitiva não virá no G-20. “No médio prazo, a Alemanha vai ceder e o fundo será expandido em parte por causa da situação da Grécia. Mas isso não será definido agora”, disse Fonseca.
Outro alvo de divergência é o balanceamento entre políticas de austeridade com medidas para o crescimento. “Um tema muito bonito de se falar, mas quase impossível de se conciliar”, afirmou o economista do M. Safra. A principal explicação para o pessimismo é o fato de Alemanha, França, Noruega e Suíça continuarem a exigir novos cortes das nações mais endividadas. A expectativa, portanto, é que essa discussão perdure no médio prazo.

FMI – Outro tema a ser discutido, mas sem aparente novidade para este fim de semana, é o aumento dos aportes de recursos no Fundo Monetário Internacional (FMI) para apoiar nações em apuro. As destinações podem chegar a 600 bilhões de dólares. Também neste tema há muitos interesses conflitantes. O próprio FMI mostra-se desconfortável em ficar excessivamente exposto a um reduzido número de países, no caso os próprios europeus. Tal postura reticente é apoiada pelas nações de fora do bloco. Há ainda a tentativa dos emergentes, como China e Brasil, de aproveitar o momento para ampliar seus aportes e, assim, conseguirem maior participação no organismo.
A expectativa é que a crise da Grécia seja abordada durante o encontro, mas, diante dos acordos alcançados nesta semana, com o acerto de um segundo empréstimo para o país saldar parte de suas dívidas, ela deixa de ser o centro das atenções. “Esse não é mais um problema de curto prazo, mas vai ajudar a trazer para discussão a situação de outros países com problemas no bloco”, disse Martello.

via AFP

Cf. Entenda a crise da dívida da Grécia


Brasil insiste em Brics para aumentar fundos  

O Brasil insistirá com seus sócios dos BRICS, (grupo de economias emergentes - Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) para uma ação coordenada visando elevar os fundos do FMI (Fundo Monetário Internacional) e ajudar os países em crise, apesar de a decisão final só poder ser adotada depois que os europeus esgotarem todos os meios para resolver seus problemas.
"A posição do Brasil é a de ajudar a reforçar o FMI, desde que a Europa faça a sua parte", declarou sob anonimato uma fonte da delegação brasileira sobre a reunião de ministros da Fazenda e chefes dos bancos centrais do G20, anterior à cúpula presidencial de junho.
Este sábado, os representantes dos BRICS se reuniram para tratar do assunto à margem das discussões do G20. Os cinco países representam cerca de 18% do Produto Interno Bruto mundial e 40% das reservas monetárias do planeta.
"A ideia do Brasil é que se atue de forma coordenada e que a ajuda, além das condições à Europa, seja acompanhada de reformas na governança do FMI" acordadas, declarou a fonte.
Desde meados de 2011, o Brasil, a maior economia da América Latina e a sexta do mundo, propôs ajudar os países europeus em crise através do FMI, em troca de aumentar seu poder de decisão dentro do organismo e sob a condição de que a UE (União Europeia) esgote as possibilidades de resolver os problemas por seus próprios meios.
Isto implica em que a UE reforce seus fundos de resgate para apoiar os países atingidos pela crise. Os líderes europeus preveem se reunir dia um e dois de março para tomar uma decisão a respeito.
O FMI e os Estados Unidos, entre outros, exortaram os europeus a combinar o atual Fundo Europeu de Estabilidade Financeira ao Mecanismo Europeu de Estabilidade, que deve ser criado em julho, passando a contar no total com cerca de 750 bilhões de euros.

Encontro – A expectativa diante do que pode ocorrer no encontro de março "anula a possibilidade" de que o G20 defina antes o montante de desembolsos para o FMI, destacou há alguns dias um funcionário do Ministério da Fazenda do Brasil.
"Talvez nada aconteça neste fim de semana. Estes encontros nos permitem nos focar, nos disciplinar e aos encarregados de tomar decisões, estabelecer algumas datas limite para alcançar acordos", destacou o secretário geral da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o mexicano Angel Gurría.
O organismo busca cerca de 500 bilhões de dólares para enfrentar a crise da dívida na zona euro e suas eventuais repercussões em outras regiões do mundo. Até agora recebeu o compromisso da zona euro de contribuir com cerca de 200 bilhões de dólares.
Junto ao Brasil - que aspira estar entre os 10 países que mais emprestam ao FMI -, Estados Unidos, Canadá, México e Japão seguem em compasso de espera.
"Ainda é cedo para começar a discutir pontualmente sobre modalidades e quantias", disse José Antonio Meade, secretário da Fazenda do México, país que exerce atualmente a presidência do G20 de economias industrializadas e emergentes.
Em 2005, o Brasil pagou de forma antecipada sua dívida com o FMI e em 2009 se transformou, pela primeira vez, em credor desse organismo, com um desembolso de 10 bilhões de dólares provenientes de suas reservas em troca de mais direitos de voto na instituição.

via AFP


Brasil insiste em acção dos Brics para 'turbinar' o FMI

O Brasil insistirá com seus sócios dos BRICS – grupo das maiores economias emergentes do mundo mais a África do Sul – para uma ação coordenada visando elevar os fundos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ajudar os países em crise, apesar de a decisão final só poder ser adotada depois que os europeus esgotarem todos os meios para resolver seus problemas.
"A posição do Brasil é a de ajudar a reforçar o FMI, desde que a Europa faça a sua parte", declarou sob anonimato uma fonte da delegação brasileira sobre a reunião de ministros da Fazenda e chefes dos bancos centrais do G20, anterior à cúpula presidencial de junho.
Neste sábado, os representantes dos BRICS – Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul – reuniram-se para tratar do assunto em paralelo às discussões do G20. Os cinco países representam cerca de 18% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e 40% das reservas monetárias do planeta. "A ideia do Brasil é que se atue de forma coordenada e que a ajuda, além das condições à Europa, seja acompanhada de reformas na governança do FMI", declarou a fonte.
Desde meados de 2011, o Brasil, a maior economia da América Latina e a sexta do mundo, propõe ajudar os países europeus em crise através do FMI, em troca de aumentar seu poder de decisão dentro do organismo e sob a condição de que a União Europeia (UE) esgote as possibilidades de resolver os problemas por seus próprios meios. Isto implica que a UE reforce seus fundos de resgate para apoiar os países atingidos pela crise. Os líderes europeus preveem se reunir em 1º e 2 de março para tomar uma decisão a respeito.

Definição só em março – O FMI e os Estados Unidos, entre outros, exortaram os europeus a combinar o atual Fundo Europeu de Estabilidade Financeira ao Mecanismo Europeu de Estabilidade, que deve ser criado em julho, passando a contar no total com cerca de 750 bilhões de euros. A expectativa diante do que pode ocorrer no encontro de março "anula a possibilidade" de que o G20 defina antes o montante de desembolsos para o FMI, destacou há alguns dias um funcionário do Ministério da Fazenda do Brasil. "Talvez nada aconteça neste fim de semana. Estes encontros nos permitem nos focar, nos disciplinar e aos encarregados de tomar decisões, estabelecer algumas datas limite para alcançar acordos", destacou o secretário geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o mexicano Angel Gurría.
O FMI busca cerca de 500 bilhões de dólares para enfrentar a crise da dívida na zona euro e suas eventuais repercussões em outras regiões do mundo. Até agora recebeu o compromisso da zona euro de contribuir com cerca de 200 bilhões de dólares. Junto ao Brasil, que aspira estar entre os dez países que mais emprestam ao FMI, Estados Unidos, Canadá, México e Japão seguem em compasso de espera. "Ainda é cedo para começar a discutir pontualmente sobre modalidades e quantias", disse José Antonio Meade, secretário da Fazenda do México, país que exerce atualmente a presidência do G20 de economias industrializadas e emergentes.
Em 2005, o Brasil pagou de forma antecipada sua dívida com o FMI e em 2009 se transformou, pela primeira vez, em credor desse organismo, com um desembolso de 10 bilhões de dólares provenientes de suas reservas em troca de mais direitos de voto na instituição.

via AFP


Brasil condiciona ajuda à Europa a mais poder no FMI

O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, afirmou que os países em desenvolvimento poderiam prover mais recursos para ajudar os países da zona do euro em dificuldades, mas desde que ganhem como contrapartida mais poder dentro do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Os comentários de Mantega foram feitos durante um encontro de ministros das Finanças do G20 na Cidade do México.
O ministro brasileiro também pediu que os países da própria zona do euro contribuam mais com seus próprios fundos para a ajuda.
"Os países emergentes somente ajudarão sob duas condições: primeiro que eles (os países da zona do euro) reforcem sua rede de proteção (o fundo europeu de ajuda aos países em dificuldades) e segundo, que a reforma do FMI seja implementada", afirmou.
"Eu vejo a maioria dos países compartilhando opiniões semelhantes de que os europeus têm que fortalecer seu fundo de proteção", disse.
Outros ministros presentes no encontro no México também manifestaram o desejo de que as nações europeias destinem mais fundos para o Fundo Europeu de Estabilização Financeira, o fundo criado no ano passado para ajudar os países da região com dificuldades para pagar suas dívidas.


"Cor do dinheiro"


O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, afirmou que as nações da zona do euro avaliarão no mês que vem a possibilidade de aumentar o tamanho do fundo.
George Osbourne, ministro das Finanças da Grã-Bretanha, país que não faz parte da zona do euro, fez cobranças parecidas às de Mantega.
"Estamos preparados a considerar (aumentar) os recursos do FMI, mas apenas depois de vermos a cor do dinheiro da zona do euro, que ainda não vimos", afirmou.
"Apesar de haver muitas coisas a discutir nesta conferência do G20, não acho que veremos nenhum recurso a mais prometido aqui, porque os próprios países da zona do euro não se comprometeram com recursos adicionais. Esse problema vai ser claramente estabelecido aqui no México", afirmou

via BBC News


G20: Países querem reunir fundo de US$ 2 tri até Abril

As principais economias do mundo, entre desenvolvidas e emergentes, reunidas na Cidade do México para o encontro dos ministros das finanças do G20, trabalharam neste domingo para alinhar um acordo que diponibilize, em abril, 2 trilhões de dólares para o combate à crise europeia - e para impedir que seus efeitos se alastrem.
Isso significa, na prática, aumentar em um terço o montante de recursos do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e dobrar os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI). O MEE, que contaria a partir de julho com 750 bilhões de dólares, se vê ampliado, segundo a proposta, para 1 trilhão de dólares. O FMI também passaria a dispor de 1 trilhão de dólares para empréstimos, graças a novos aportes de seus países membros.
As propostas apresentadas defendem a reunião de recursos internacionais até o final de abril – quando acontece a próxima reunião do G20. Se o fato se concretizar, seria o mais ousado esforço de resgate desde 2008, quando o grupo reuniu 1 trilhão de dólares para ajudar a economia mundial.
Uma surpresa nesse debate foi o posicionamento da Alemanha, que acatou, ainda que com ressalvas, a ideia de fortaler o MEE. O país sempre relutou em aumentar recursos para as nações em crise, alegando que isso prejudicaria os esforços para impor a disciplina fiscal entre eles.
Segundo o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, se os mercados financeiros continuarem a melhorar, Berlim irá rever a necessidade do financiamento extra. "Falemos claramente", disse Schäuble. "Não há sentido em injetar dinheiro continuamente em fundos de estabilidade, nem em acionar as prensas de dinheiro do Banco Central Europeu."
Quanto à ampliação de reservas do Fundo Monetário Internacional, o ministro das Finanças britânico, George Osborne, disse que não haveria recursos adicionais para o FMI até que os países da zona do euro reforcem ações para impedir o contágio interno. "Estamos preparados para aumentar os recursos do FMI, mas depois de vermos a cor do dinheiro da zona do euro que ainda não vimos", disse ele.
Representado pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, o Brasil defendeu tese semelhante. Mas, além de dizer que a Europa tem de fazer sua parte, o Brasil manobra para conquistar maior poder na gestão FMI.

Crescimento moderado em 2012 –  Os participantes do G20 acreditam que a economia global ainda sofre ameaças. A alta nos preços do petróleo, condicionada por confrontos geopolíticos no Irã, por exemplo, deve constar do comunicado final como ameaça para 2012.  A expectativa é de crescimento moderado neste ano. "Problemas estruturais, equilíbrio global insuficiente, altos níveis de endividamento público e privado e incerteza continuam pesando sobre perspectivas de médio prazo de crescimento global", disse um dos participantes do encontro.


via Reuters


Lagarde: há unanimidade no G20 sobre aumento de recursos do FMI

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI),Christine Lagarde, disse neste domingo que existe unanimidade no Grupo dos Vinte (G20) para fortalecer os recursos da instituição perante possíveis impactos na economia global.
"Não escutei nem um só não", disse Lagarde sobre a colocação de contribuir para o fortalecimento da capacidade de empréstimo do FMI, em entrevista coletiva depois de uma reunião de dois dias de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 na Cidade do México.
"O descarrilamento da recuperação econômica global, que era um risco claro e tangível há poucos meses, foi evitado por enquanto graças às fortes medidas, particularmente do Banco Central Europeu, a uma governança fortalecida na zona do euro, e às reformas e ajustes em países como Itália, Espanha e Grécia", declarou.
Acrescentou que também há sinais encorajadores de aumento da atividade econômica em outras regiões, especialmente nos Estados Unidos. "A economia mundial ainda não está fora da zona de perigo, e os países do G20 devem fortalecer sua resistência a futuras comoções derivadas de sistemas financeiros ainda frágeis, elevada dívida pública e privada, e preços do petróleo mais elevados. Igualmente preocupante é o desemprego, que continua alto demais em muitos países", expôs.
Perante este cenário de fundo, acrescentou, "também discutimos a construção de bloqueios globais mais fortes, incluindo reforçar os recursos do Fundo".
A francesa lembrou que o FMI sugeriu um aumento de US$ 500 bilhões na capacidade de empréstimo da instituição, "que estaria combinado com um bloqueio igualmente crível, de alta qualidade e de tamanho apropriado em nível europeu".
Lagarde disse se sentir encorajada pela reafirmação do G20 sobre a necessidade de avançar no reforço dos mecanismos anticrise europeus, para abrir passagem a um fortalecimento dos recursos do FMI.
No entanto, ela assegurou não estar "obcecada" com os US$ 500 bilhões, e assinalou que esse número constitui uma linha base apropriada, que poderia elevar-se ou descer dependendo das medidas que os europeus acertarem para fortalecer seus próprios instrumentos de resgate.
Enquanto isso, disse, houve nesta reunião um amplo acordo em que um aumento dos fundos do FMI poderia conseguir mediante créditos bilaterais, que constituem "um recurso que usamos antes, e sabemos que pode funcionar rapidamente".
Apesar disso, a chefe do FMI enfatizou que a principal fonte de recursos do Fundo são as contribuições dos países-membros, e a respeito deu as boas-vindas ao apoio do G20 ao acordo de 2010 sobre a reforma do sistema de cotas.
Finalmente, Lagarde pediu aos países para "ratificar rapidamente as medidas necessárias para aplicar este importante acordo em 2012".

via EFE


Fundo maior não resolve crise, diz ministro alemão

A zona do euro não conseguirá resolver sua crise da dívida colocando mais capital nos fundos de resgate ou imprimindo dinheiro para financiar governos, afirmou neste sábado o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble. "Não faz sentido em termos econômicos colocar dinheiro em fundos de resgate nem usar as impressoras do Banco Central Europeu", disse Schaeuble, em discurso durante reunião do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo).
O ministro alertou que o crescimento com base em estímulos acabará logo "frente a problemas estruturais." Ele disse ainda que uma estratégia de crescimento baseada em uma dívida eterna só irá impedir o crescimento a longo prazo. Em vez disso, os governos da zona do euro têm de consolidar seus Orçamentos e implementar reformas estruturais visando a reconquistar a confiança do mercado, disse.
Schaeuble destacou que os alemães estão consumindo mais e poupando menos de forma voluntária. Ele também afirmou que o novo pacote de resgate da Grécia coloca o país "no caminho certo."

Grécia fora da eurozona – O ministro do Interior da Alemanha, Hans-Peter Friedrich, defendeu que a Grécia deixe a zona do euro, em uma entrevista à revista Der Spiegel que será publicada nesta segunda-feira. Essa foi a primeira vez que um ministro alemão fala sobre tal ação. "As chances da Grécia de se regenerar e se tornar mais competitiva são com certeza maiores fora da união monetária do que se o país permanecer na zona do euro", disse.
"Não estou dizendo que a Grécia deve ser expulsa, mas que sejam criados incentivos que ela não pode recusar", completou Friedrich. A revista divulgou um resumo da entrevista neste sábado. O Parlamento alemão deverá votar nesta segunda-feira sobre um pacote de resgate à Grécia de 130 bilhões de euros.

via Agência Estado


Na saída do G20, Mantega se envolve em polêmica

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se envolveu em confusão disse neste domingo ao conceder entrevista para o jornal britânico Financial Times. À publicação, ele teria dito que alguns países deveriam abandonar a zona do euro. Em seguida, o brasileiro anunciou que foi mal interpretado. "Não propus saída de ninguém", disse. Segundo Mantega, sua declaração foi no sentido de que alguns países poderiam considerar sair do bloco uma vez que a atual tormenta econômica amaine.
Balanço - Em seu balanço do encontro, Mantega ressaltou o aporte ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que pode sair em abril, quando será realizada a reunião de Primavera do FMI, em Washington. Segundo o ministro, no entanto, a medida depende das ações dos europeus no sentido de frear a crise na zona do euro.
"Se até lá os europeus tiverem reforçado o seu firewall, ou muro de proteção financeira, e se houver continuidade nas reformas, poderemos aumentar os recursos do fundo", disse Mantega. Ele afirmou que, por não haver certeza sobre os mecanismos de defesa da UE, não houve discussão sobre valores. Sabe-se, no entanto, que um número foi colocado na mesa: 1 trilhão de dólares, o dobro da atual capacidade de empréstimo do FMI.
Mantega declarou que a medida não beneficia apenas as nações europeias, mas também o conjunto de países emergentes, que podem ser afetador por uma desaceleração na economia mundial. No entanto, o ministro ressaltou que o Brasil só apoia esse aporte caso a Europa também libere mais recursos e a reforma nas cotas de controle no FMI seja levada adiante.
Os demais Brics - Rússia, índia, China e África do Sul - seguem na mema linha e só concordam em dar mais dinheiro ao FMI caso ganhem mais poder de decisão.
Otimismo com reservas - Segundo Mantega, houve um aumento na confiança dos mercados de que o pior não vai acontecer. "Os bancos estão mais capitalizados, têm mais recursos", disse ele.
Contudo, o ministro ressaltou o problema de alta taxa de desemprego nos países avançados e o fato de que nem todos possuem armas para criar mais postos de trabalho. A condição dos Estados Unidos, que mostram queda na taxa de desemprego, foi comparada por ele à das nações europeias, tão endividadas - e comprometidas com programas de austeridade fiscal - que não podem adotar medidas de estímulo.
A declaração final do encontro também deu destaque à questão do emprego. Segundo o documento, "o emprego e a inclusão social estão no centro das atenções". 


via Agência Estado e revista Veja


G20 exige mais “poder de fogo” da zona euro antes de reforçar ajuda 

Reunião do G20 no México aumenta pressão para que a Alemanha ceda e aumenta o “poder de fogo” da zona euro. Sem isso, os líderes mundiais não reforçam os mecanismos de combate à crise. Os países ricos deram este fim-de-semana novos passos para criar um “muro de protecção” mundial, mas deixaram claro que aquela que é maior ameaça à economia global - a crise da dívida europeia - tem de ser resolvida primeiro dentro de portas, o que implica cedências da parte da Alemanha. Os líderes mundiais vão esperar para ver o que sai da cimeira europeia desta semana, atirando para Abril um possível acordo para reforçar o combate à crise.
A reunião dos ministros das Finanças e dos governadores dos bancos centrais do Grupo dos Vinte (G20) este fim-de-semana, na Cidade do México, terminou sem grandes avanços quanto à sua matéria principal - a criação de um mecanismo de protecção mundial, com uma capacidade financeira de quase 2 milhões de milhões de euros, que impedisse a crise da dívida de se espalhar a outros países e de pôr em causa a recuperação da economia internacional.
As grandes economias deixaram claro que só irão reforçar os meios do Fundo Monetário Internacional (FMI) se a zona euro fizer a sua parte, aumentando o “poder de fogo” dos seus fundos de resgate – o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE). No comunicado final, o G20 diz que um acordo ao nível da zona euro é “um contributo essencial” para se passar à fase seguinte: a discussão sobre a mobilização dos recursos do FMI.
Contudo, para isso, é preciso vencer a resistência da Alemanha, que voltou a mostrar-se contra o reforço dos mecanismos de combate à crise. O ministro das Finanças do país, Wolfgang Schäuble, disse este fim-de-semana que os líderes europeus vão analisar se o “poder de fogo” da zona euro é ou não adequado durante o mês de Março, mas refreou as expectativas de que possa haver uma decisão a esse nível na próxima cimeira europeia, esta quinta e sexta-feira em Bruxelas. Isto significa que, antes de Abril, na próxima reunião do G20, não deverá haver acordo quanto ao reforço do FMI para ajudar ao combate da crise europeia.

via Público

Posted by por AMC on 08:38. Filed under , , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response

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