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Observatório Nacional descobre indícios de rio subterrâneo ao Rio Amazonas

Pesquisadores da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional apresentaram um estudo que revela indícios da existência de um rio subterrâneo correndo sob o Rio Amazonas, a uma profundidade que pode chegar a 4 mil metros. A extensão do rio subterrâneo ainda está sendo avaliada. O estudo foi divulgado no 12º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, encerrado no dia 18, no Rio de Janeiro. A descoberta faz parte de um trabalho de doutorado da geofísica Elizabeth Tavares Pimentel, sob orientação do pesquisador Valiya Hamza.
As informações são do Observatório Nacional. A pesquisadora se baseou na análise de dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, na Amazônia. A área de estudo abrange as bacias sedimentares de Acre, Solimões, Amazonas, Marajó e Barreirinhas.
Pelos resultados obtidos, foi possível identificar a movimentação das águas subterrâneas em profundidades de até 4 mil metros. Conforme os resultados das simulações feitas por Elizabeth Pimentel, o fluxo de águas subterrâneas é predominantemente vertical e atinge cerca de 2 mil metros de profundidade, mas muda de direção e torna-se quase horizontal em profundidades maiores.
Segundo Hamza, que coordenou as pesquisas, essas características são semelhantes às de um rio subterrâneo localizado na região do Rio Amazonas. De acordo com essa interpretação, a região Amazônica pode ter dois sistemas de descarga de água: a drenagem fluvial na superfície, pela bacia hidrográfica do Rio Amazonas, e o fluxo oculto das águas subterrâneas, através de camadas sedimentares profundas.
Os integrantes do Laboratório de Geotermia do Observatório Nacional nomearam esse fluxo subterrêneo de Rio Hamza, em homenagem ao professor Valiya Hamza.
A largura do Rio Amazonas varia de 1 quilômetro (km) a 100 km, na área de estudo. Já a do rio de fluxo subterrâneo varia de 200 a 400 quilômetros. A velocidade da água no Rio Amazonas varia de 0,1 metro a 2 metros por segundo, dependendo das condições hidrológicas locais. No subsolo, o rio oculto corre de forma muito mais lenta: as águas avançam, no máximo, 100 metros por ano.
De acordo com Hamza, as águas provenientes do fluxo subterrâneo da Região Amazônica emergem nas partes profundas do mar, na margem continental adjacente à Foz do Rio Amazonas. Segundo ele, é provável que as descargas deste fluxo subterrâneo sejam as responsáveis pelos extensos bolsões de baixa salinidade do mar, encontrados nas proximidades da Foz do Amazonas.

Observatório Nacional descobre indícios de um Rio Subterrâneo debaixo do Rio Amazonas

Em agosto de 2011, os pesquisadores da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional – ON apresentaram um trabalho no 12o Congresso Internacional da Sociedade Brasiliera de Geofísica, no Rio de Janeiro, apontando indícios da existência de um rio subterrâneo debaixo do Rio Amazonas.
Esta fantástica descoberta faz parte de um trabalho de doutorado da aluna Elizabeth Tavares Pimentel, sob orientação do pesquisador Valiya Hamza. O trabalho é baseado na análise de dados de temperaturas de 241 poços profundos perfurados pela PETROBRAS, nas décadas de 1970 e 1980, na região Amazônica. A área de estudo abrange as bacias sedimentares de Acre, Solimões, Amazonas, Marajó e Barreirinhas.
Os resultados obtidos permitiram identificação de movimentação das águas subterrâneas em profundidades de até 4000 metros nesta região. A metodologia utilizada baseia-se na identificação de sinais térmicos típicos de movimentos de fluidos em meios porosos.
Conforme os resultados das simulações computacionais, apresentadas pela doutoranda Elizabeth Pimentel, o fluxo de águas subterrâneas é, predominantemente, vertical até cerca de 2000 metros de profundidade, mas muda de direção e torna-se quase horizontal em profundidades maiores. O sentido deste fluxo lateral é de oeste para leste, iniciando na região de Acre, passando pelas bacias de Solimões, Amazonas e Marajó e alcançando as profundezas do mar, nas adjacências de Foz de Amazonas.
Segundo Prof. Hamza, essas características são semelhantes a de um rio subterrâneo debaixo de Rio Amazonas. De acordo com essa interpretação, a região Amazônica possui dois sistemas de descargas de fluidos: a drenagem fluvial na superfície que constitui o Rio Amazonas e o fluxo oculto das águas subterrâneas através das camadas sedimentares profundas.
Os integrantes do Laboratório de Geotermia do Observatório Nacional nomearam este fluxo subterrêneo de Rio Hamza, em homenagem ao professor Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional.
Ambos os rios têm o mesmo sentido de fluxo, de oeste para leste. Contudo, existem diferenças marcantes na vazão, nas larguras das áreas de drenagem e nas suas velocidades de escoamentos. A vazão média do Rio Amazonas é estimada em cerca de 133.000 m3/s, enquanto a vazão do fluxo subterrâneo (Rio Hamza) é estimada em 3090 m3/s. Esse valor é pequena em relação à vazão do Rio Amazonas, mas é indicativo de um sistema hidráulico subterrâneo, gigantesco, na face terrestre. Para se ter uma idéia da importância deste sistema, basta notar que a vazão subterrânea na região Amazônica é superior à vazão média do Rio São Francisco.
A largura do Rio Amazonas varia de 1 a 100 quilômetros, na área de estudo, enquanto a do fluxo subterrâneo (Rio Hamza) varia de duzentos a quatrocentos quilômetros. As velocidades das águas no Rio Amazonas variam de 0,1 a 2 metros por segundo, dependendo das condições hidrológicas locais. Por outro lado, as velocidades do fluxo subterrâneo são relativamente pequenas, estando na faixa de 10 a 100 metros por ano.
Ainda, segundo Prof. Hamza, as águas provenientes do fluxo subterrâneo da região Amazônica, eventualmente, emergem nas partes profundas do mar, na região da margem continental
adjacente à Foz do Rio Amazonas. É provável que as descargas deste fluxo subterrâneo sejam as responsáveis pelos extensos bolsões, de baixa salinidade do mar, encontrados nas adjacências da Foz do Amazonas.
A figura abaixo ilustra o esquema de fluxos de águas fluviais, na superfície, e das águas
subterrâneas, nas camadas sedimentares profundas.

fonte: Observatório Nacional do Brasil

Em actualização: AQUI.

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