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"O Estado ladrão"

por Daniel Oliveira

No mesmo momento em que promete retirar aos cidadãos todos os direitos essenciais, Passos Coelho assalta-lhes a carteira sem qualquer pudor. Mas faz muito mais do que isso: todos os que, por o Estado nunca os ter defendido, não recebem subsídio de Natal vão pagar impostos como se recebessem. Ou seja: para os direitos, não existem; para os deveres, lá estão eles. Para receber, não são trabalhadores por conta de outrem e por isso não recebem subsídio de Natal; para pagar, vamos todos fingir que o recebem.
A minha pergunta, neste momento, é simples: se Passos Coelho promete reduzir o Estado ao mínimo, privatizar tudo o que mexe, que argumento moral pode usar para pedir aos portugueses para pagarem impostos? Quando uma parte razoável do empréstimo que pedimos vai direito para o reforço da banca, como se convencem os contribuintes a serem cumpridores? Se vai privatizar empresas que dão lucro, que argumento tem na manga para nos pedir sacrifícios? Se o seu papel se resume a leiloar o Estado e a cobrar impostos, como espera pedir sacrifícios aos portugueses?

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