Franceses em estado de choque com o «tratamento» americano a DSK
das que se fizeram nos restantes países:
video:
Images de DSK menotté : c'est la "sidération" por lemondefr
Os franceses não aceitam que a Justiça americana trate Dominique Strauss-Khan como «um bandido qualquer». Insistem que o presidente do FMI está a ter um tratamento «desumano» e dizem que ele foi «humilhado» por ter sido filmado algemado e apresentado com ar de «desgraçado». Estão chocados pela diferente consideração que a figura jurídica da presunção de inocência merece nos EUA: «Nem barbeado estava!».
por Daniel Ribeiro *
Diversos políticos e jornalistas franceses criticaram esta noite, duramente, a Justiça americana pela forma como está a tratar Dominique Strauss-Khan, até agora favorito das sondagens para as presidenciais francesas do próximo ano e, como diretor-geral do FMI, um dos homens mais influentes do mundo.
Salvo raras exceções, ninguém gostou de ver DSK, primeiro, humilhado e algemado no meio de dois polícias e, depois, com ar de "um desgraçado e de um bandido qualquer", na audiência que esta tarde decidiu a sua prisão preventiva.
"Estou chocada com as imagens, são horrorosas, a presunção de inocência e a dignidade não foram respeitadas, no nosso país a Justiça funciona melhor nesta fase do processo, estou muito chocada, repito", declarou Martine Aubry, líder do PS.
"Ele não é uma pessoa qualquer, não ia fugir, a Juíza nem aceitou que ele fosse libertado sob fiança!", exclamaram em síntese diversos dirigentes socialistas e jornalistas.
"Nem barbeado estava!"
Os franceses, tal como os portugueses, não estão habituados a ver poderosos a ser tratados como qualquer outro cidadão acusado dos mesmos crimes - no caso, de tentativa de violação de uma mulher, entre outros. Nem, sobretudo, a vê-los filmados, quase em permanência.
Completamente atarantados, alguns jornalistas tentaram encontrar explicações para as imagens e as decisões que, vindas da América, chocaram a França inteira. "Eles vingaram-se por Paris não ter extraditado o cineasta Roman Polanski (acusado de pedofilia nos Estados Unidos e refugiado em França e na Suíça há vários anos)", disse um editorialista no canal I-Telé, do grupo Canal Plus.
Quase todos, comentadores e políticos, denunciaram uma "justiça mediática". "Tenho a impressão que, em vez de um processo judicial, estou a ver uma má série americana", declarou Jean-Jacques Urvoas, deputado socialista e amigo pessoal de DSK. "DSK nem barbeado estava!", realçaram diversos enviados especiais das televisões.
Marine le Pen nem fala
Do ponto de vista político, parece consensual que DSK é um homem sem futuro em França, deixando o PS a braços com um problema complicado para a escolha de um candidato credível para eleições presidenciais do próximo ano.
Na direita, os principais tenores mantiveram-se calados, tentando não desbaratar a "benesse" que representa o afastamento da corrida presidencial do homem que ameaçava a reeleição de Nicolas Sarkozy para o Eliseu.
Já Marine le Pen, da extrema-direita, só falou uma vez, logo depois da notícia da prisão do diretor-geral do FMI, para denunciar uma sua alegada "patologia". "Ele tem um problema com as mulheres, toda a gente sabe isso", disse.
A seguir, Marine calou-se. Diversos comentadores sublinharam, esta noite, que será ela que, finalmente, vai capitalizar, nas eleições este "deslize" de um dos mais altos representantes da elite francesa.
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Galeria de fotos: AQUI
Judge Melissa Jackson presides at the arraignment of Dominique Strauss-Kahn, head of the International Monetary Fund, in New York, Monday, May 16, 2011. Strauss-Kahn was arraigned on charges he sexually assaulted a hotel maid on Saturday, and must remain jailed at least until his next court hearing for attempted rape and other charges.
Dominique Strauss-Kahn, head of the International Monetary Fund, with his attorney Benjamin Brafman, is arraigned before Judge Melissa Jackson Monday, May 16, 2011, at Manhattan Criminal Court in New York, on charges he sexually assaulted a hotel maid on Saturday. Strauss-Kahn must remain jailed at least until his next court hearing for attempted rape and other charges, a judge said Monday
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ilustrações: Elizabeth Williams
This image taken from an electronic document provided by the Manhattan District Attorney's Office, Monday May 16, 201 shows the criminal complaint against the head of the International Monetary Fund Dominique Strauss-Kahn. Kahn has been charged with attempted rape, sex abuse, a criminal sex act, unlawful imprisonment and forcible touching. Strauss-Kahn is accused of attacking a maid who went in to clean his penthouse suite Saturday at the luxury Sofitel Hotel near Times Square. The top count is punishable by five to 25 years in prison
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Imprensa:
link
A combination photo of possible successors if Dominique Strauss-Kahn, the head of the International Monetary Fund, leaves the IMF. They are (top L-R) Mohamed El-Erian, Stanley Fischer of Israel, Gordon Brown of Britain, Kemal Dervis of Turkey, Peer Steinbrueck of Germany, (bottom L-R) Montek Singh Ahluwalia of India, Christine Lagarde of France, Agustin Carstens of Mexico, Trevor Manuel of South Africa and Axel Weber of Germany. Strauss-Kahn may be forced to leave his post after being accused of trying to rape a maid in his New York hotel room on May 15, 2011.« Read less
REUTERS/Staff (BUSINESS POLITICS)
L'affaire DSK fait-elle les affaires de Nicolas Sarkozy?
Posted by por AMC
on 12:32. Filed under
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