Estado do Pará gerou mais de 80 mil novos empregos em 2010
Nem de propósito, e em tudo relacionado com este programa de TV, o gabinete do Idesp afecto ao Pará acaba de revelar um relatório sobre a empregabilidade gerada naquele Estado da região norte, onde se lê o seguinte:
O Pará alcançou, no ano passado, um estoque de 951.235 trabalhadores com emprego formal, o que representou um incremento de 9,2% em relação aos postos de trabalho gerados em 2009. A percentagem representa a geração de 80.366 novos empregos no Estado, o melhor desempenho registrado desde o início da década, ano 2000. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) - que abrange todos os vínculos formais de emprego (celetistas e estatutários) -, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e analisados pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp).
O bom desempenho, que coloca o Pará em primeiro lugar na Região Norte e em 12º no Brasil, é resultado da variação positiva de vários indicadores conjunturais, como o aumento da produção física industrial (10,5% em relação ao ano anterior), assim como o das vendas do setor Comércio, que registraram expansão de 12,7%, ou mesmo o expressivo crescimento de 53,8% nas exportações paraenses, conforme dados divulgados pelo Serviço do Comércio Exterior (Secex), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Considerando dados referentes a rendimentos verifica-se que o Pará, ainda que tenha apresentado o segundo maior incremento entre os Estados brasileiros, na ordem de 7,54%, abaixo apenas da Paraíba (8,41%), tem um rendimento médio no valor de R$ 1.494,51, em 2010, que correspondeu a 86% do rendimento médio nacional e coloca o Pará em última posição na Região Norte, onde a remuneração média alcançou o valor de R$ 1.623,77 com variações que vão de R$ 1.528,27 (Estado do Tocantins) a R$ 2.137,53 (Estado do Amapá).
Tipo de vínculos
Analisando os dados por tipo de vínculos - celetistas e estatutários - verifica-se que a dinâmica do mercado de trabalho em 2010, seguindo uma tendência nacional, foi impulsionada pelo comportamento do emprego celetista, que apresentou variação positiva de 10,6% em relação a 2009, frente ao incremento de 6,7% do emprego estatutário, percentuais acima da média brasileira que, segundo o MTE, em 2011, foram da ordem de 7,87% e 3,26%, respectivamente.
Em termos absolutos, os empregos com vínculo celetista gerados no Pará, no ano passado, totalizaram 624.520 - 59.819 empregos a mais que em 2009 -, elevando sua participação em relação ao total de vínculos do Estado de 65% para 66%, enquanto os de vínculo estatutário, registraram proporcionalmente uma queda de 35% para 34% ainda que tenha ocorrido um aumento de 20.547 empregos neste segmento, em relação a 2009.
Tendência histórica
Dos 951.235 empregos formais existentes em 2010 no estado do Pará, 581.024 eram ocupados por homens, correspondendo a 61% do total, cabendo às mulheres, 39%, o equivalente a 370.211 vínculos, confirmando uma tendência histórica de maior participação masculina. Em comparação aos dados de 2009, as taxas de crescimento foram de 10,1% para os homens e de 7,9% para as mulheres, acima daquelas registradas em nível nacional, que alcançaram 6,70% e de 7,28%, respectivamente.
Ensino médio na frente
Quanto ao grau de instrução da mão-de-obra empregada, os dados indicam o predomínio de trabalhadores com ensino médio completo (44% do total), cuja participação cresceu dois pontos percentuais em relação ao ano de 2009, enquanto que os classificados como analfabetos registraram a menor participação, com 0,6%, e uma tendência de queda, considerando a participação de 0,7% em 2009. Convém destacar que nos graus mais elevados (nível superior completo e incompleto), com a terceira maior participação no total do estoque de empregos em 2010, a presença feminina é mais que o dobro da masculina, numa proporção de 24,4% para 11.5%.
Faixa etária
Considerando a composição por faixa etária, observa-se uma expansão generalizada, destacando-se as obtidas entre os trabalhadores de 16 a 17 anos (24,67%) e entre os de 65 anos e mais (20,71%), embora em termos absolutos sejam as de menor expressão, com estoques de 2.663 e de 7.473 respectivamente. A maior representatividade de trabalhadores situou-se na faixa etária de 30 a 39 anos registrando 32,5% do total, o equivalente a 308.688 vínculos empregatícios. Em relação a 2009 foi a que apresentou a maior variação absoluta com a incorporação de 26.748 vínculos formais.
A participação mais expressiva de trabalhadores adultos pode ser analisada sob o ponto de vista de que a população de 16 a 17 anos deve priorizar o aumento da escolaridade retardando o seu ingresso no mercado de trabalho, enquanto que a população mais velha, num caminho inverso e natural, passa pelo processo de retirada da vida laboral.
via Yvana Crizanto - Ascom IDESP do Pará
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