Da série: 'coisas que valem os dias...'

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Leio no Mais Futebol:

A fase final do Campeonato do Mundo de 2018 vai decorrer na Rússia. A candidatura ibérica, com Portugal e Espanha, a inglesa e a organização conjunta Bélgica/Holanda foram as derrotadas na votação do Comité Executivo realizada esta quinta-feira.
O anúncio foi feito por Sepp Blatter na sede da FIFA, em Zurique.
O Qatar foi a sede escolhida para o Mundial de 2022, derrotando as candidaturas de Austrália, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul.
A cerimónia foi transmitida em directo por 70 emissoras de televisão, tendo a cobertura de mais de mil representantes dos «media» de todo o mundo.

Até que enfim, portanto, uma boa notícia para Portugal. Se este não foi um dos melhores acontecimentos de 2010, fica pelo menos entre os passíveis de figurar no ralo 'Top Ten' que o ano nos reservou.Gilberto Madaíl diz que «saímos de consciência tranquila». Eu, por minha parte, mais do que tranquila, diria que saio aliviada: profundamente aliviada. Nunca, aliás, uma derrota de Portugal me provocou tamanha felicidade ou deixou tão grata. Só mesmo num país insano e suicidário se poderia conceber que a gravidade real da crise económica e social vivida quotidianamente pela mais que maioria da população portuguesa ainda se poderia ver a braços com um tal encargo. Como é que alguma vez nos atravessou a ideia delirante de que nós – "NÓS", que não temos emprego nem capacidade para garantir apoios sociais, que mal vamos arranjando o que comer e continuamos sem vislumbre de dinheiro para mandar cantar um cego – nos poderíamos permitir custear uma empreitada como a implícita na organização de um Campeonato Mundial de Futebol...??!
Além de gritar "hurras" e "vivas" de pé, a notícia de que a candidatura conjunta de Portugal e Espanha foi declinada pela FIFA só me deixa uma enorme vontade de cantar em uníssono com a tal Sasha, escolhida pelos russos para o seu videoclip oficial: «Wake up!» Portugal! «Wake up!».